domingo, 1 de abril de 2012

SOLDADOS ISRAELENSES MATAM UM E FEREM MAIS DE 100 “MANIFESTANTES” PALESTINOS EM GAZA


“Um ‘manifestante’ palestino morreu na sexta-feira em Gaza por causa dos disparos de soldados israelenses durante um protesto por ocasião do "Dia da Terra" na Passagem de Erez, informou Adnan Abu Salmiyeh, porta-voz dos serviços de emergência palestino.

O jovem, de 20 anos e identificado como Mahmoud Zakut, morreu em um hospital por causa dos ferimentos que sofreu no início da tarde. O porta-voz acrescentou que, nas últimas horas, o número de feridos foi elevado de seis [a 100].

PROTESTOS

Cerca de 10 mil pessoas participaram no norte de Gaza de uma manifestação [pacífica] por causa do "Dia da Terra", nas proximidades da passagem de Erez.

Dezenas de manifestantes conseguiram burlar as blitz levantadas pelo movimento islamita Hamas e chegar até a cerca de segurança [implantada por Israel nos territórios dos palestinos que ocupou], onde os soldados israelenses abriram fogo para impedir que [talvez] a ultrapassassem.

JERUSALÉM

Os “ativistas” palestinos haviam convocado uma "Marcha Global a Jerusalém" para marcar o dia em que os árabes de Israel protestam contra políticas governamentais israelenses que, segundo eles [e segundo todo o mundo, exceto Israel e EUA], lhes privaram das suas terras.

As forças israelenses foram colocadas em "alerta elevado" nas fronteiras com o Líbano e a Síria [onde também territórios foram invadidos e ocupados por Israel], mas não há relatos de que alguém teria se aproximado da cerca fronteiriça, ao contrário do que ocorreu no ano passado, quando vários manifestantes foram mortos em protestos separados.

Mas houve violência em postos de controle da Cisjordânia [também invadida e ocupada por Israel], ao norte e ao sul de Jerusalém. Testemunhas relataram distúrbios nos portões que levam à Cidade Velha, e a polícia limitou o acesso dos muçulmanos à sua reverenciada mesquita de al-Aqsa.

Um repórter da [agência norte-americana de notícias] Reuters viu dois homens, feridos, sendo retirados após confrontos na Porta dos Leões, e a polícia disse ter detido cinco pessoas na Porta de Damasco.

Jerusalém é um foco de conflitos porque os palestinos reivindicam sua parte oriental, invadida e capturada em 1967 por Israel, como capital do seu eventual Estado. Israel diz que Jerusalém é indivisível [agora, depois de Israel ter invadido e ocupado a parte palestina].

"Estamos determinados a marchar rumo a Jerusalém, e tomara que rompamos (o cerco) e cheguemos lá", disse um jovem mascarado, chamado Rimawi, diante dos soldados israelenses em Ramallah, cidade da Cisjordânia a curta distância de Jerusalém.

Agitando bandeiras, uma multidão se aproximou do posto fronteiriço [fronteira estabelecida sobre o território palestino invadido e ocupado] de Qalandiya, nos arredores de Ramallah, e alguns deles atiraram pedras nas forças [invasoras] de segurança israelenses , mas tiveram de recuar quando a polícia usou jatos de água para espalhar um líquido com cheiro ruim.

“militantes terroristas” palestinos atacam com perigosas pedras forças invasoras israelenses. “Em retaliação”, muitos deles foram mortos nos últimos meses

Houve confrontos também em Belém, onde os palestinos atiraram bombas caseiras numa torre de observação israelense [erguida em território palestino ocupado].

O “Dia da Terra” evoca a morte pelas forças israelenses de seis árabes em 1976, durante protestos contra planos do governo [israelense, já concretizados e ainda em expansão] para confiscar terras [palestinas] na região da Galileia, no norte de Israel.

Em anos anteriores, a data transcorreu de forma geralmente pacífica, mas neste ano Israel decidiu reforçar “suas defesas” depois de letais confrontos nas fronteiras com Líbano e Síria [inclusive no território sírio das colinas de Golã, que Israel invadiu e ocupou], que aparentemente apanharam os militares locais de surpresa.

Os organizadores palestinos haviam convocado manifestações pacíficas contra "as políticas e práticas do racista Estado sionista", e protestos de solidariedade estão programados em cerca de 80 países.”

FONTE: portal UOL/Folha  (http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1069495-soldados-israelenses-matam-manifestante-palestino-em-gaza.shtml)  [trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

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