terça-feira, 22 de maio de 2012

E SE ELES AINDA ESTIVESSEM NO COMANDO?

Tucanos chateados por terem as urnas evidenciado e reprovado suas incompetências ortodoxas

Cabeçalho do “Carta Maior”

“Em 31 de agosto do ano passado, o governo Dilma, ancorado numa percepção correta de agravamento do quadro mundial, cortou a taxa de juro pela primeira vez em seu mandato. O dispositivo midiático-tucano reagiu entre 'indignado e estupefato', como disse então o economista Luiz Gonzaga Belluzzo em debate promovido por “Carta Maior”.

Um mês depois, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ecoava as avaliações dos “think tanks” demotucanos, a exemplo da “Casa das Garças”, e dizia ao jornal “Valor Econômico” que considerava a decisão do BC 'precipitada'. Expoentes menores, mas igualmente aplicados na defesa dos mercados autorreguláveis, como o economista de banco Alexandre Schwartzman, já haviam se manifestado na mesma linha da abalizada percepção tucana das coisas.

Em sua douta análise dos fatos, veiculada em 4-09-2011, Alexandre Schwartzman, também conhecido como 'o professor de Deus' pontificava em pedra e cal: "não há indícios de que a crise econômica global de 2011 seja tão grave quanto a de 2008". Outros sábios de bico longo e o mesmo olhar de lince, como Luis Carlos Mendonça de Barros, "o Mendonção", ex-presidente do BNDES e expoente das privatizações no sistema de comunicações, advertiam então que o BC brasileiro ficara refém de um agravamento da crise mundial que justificasse a sua decisão. "O BC passou a torcer pela crise", diziam, arguindo a estratégia brasileira de priorizar o enfrentamento da crise ao combate à inflação.

As linhas acima recuperam uma nota publicada em “Carta Maior” em 11-11-2011. Seis meses depois, alguns milhares de desempregados à mais e quase uma Grécia a menos no euro, o governo brasileiro --corretamente-- anunciou [ontem] 2ª feira novas medidas contracíclicas para afrontar a caleidoscópica reprodução da crise financeira mundial --que a sapiência demotucana avaliava como miragem heterodoxa. É forçoso arguir: e se eles ainda estivessem no comando da Nação?”

FONTE: cabeçalho do site “Carta Maior” em 21/05  (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm) [Imagem do google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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