segunda-feira, 2 de julho de 2012

GOVERNO ADIA OUTRA VEZ COMPRA DE CAÇAS PARA AERONÁUTICA



POSTERGAÇÃO OCORRE PORQUE PLANALTO ALEGA SER INOPORTUNO GASTO DE R$ 16 BILHÕES EM MEIO À CRISE

Por Eliane Cantanhêde, na “Folha”

“Apesar de o ministro Celso Amorim (Defesa) ter dito [no início do ano] no Congresso que o novo caça da Aeronáutica seria anunciado ainda neste semestre, o governo brasileiro [agora] enviou carta aos Estados Unidos, à França e à Suécia pedindo a extensão das propostas até 31 de dezembro.

O Brasil, representado pela Aeronáutica, solicita no texto que os três governos e as empresas concorrentes -a Boeing norte-americana, a Dassault francesa e a Saab sueca- mantenham, até a nova data, os termos, as condições e os valores das propostas concluídas ainda no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e já atualizadas ao menos duas vezes.

Enviado via embaixadas em Brasília no dia 20 de junho, o documento foi assinado pelo brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior, presidente da COPAC (Comissão Coordenadora do Programa de Aeronaves de Combate), responsável pela avaliação das propostas.

Conforme a “Folha” apurou, a nova postergação ocorre por ser inoportuno anunciar um gasto que pode chegar a ficar entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões (R$ 12 bilhões e R$ 16 bilhões) em cenário de crise internacional e baixo crescimento econômico.

Esse é mais um dos recuos do Brasil no processo de renovação dos aviões de caça da FAB (Força Aérea Brasileira). O primeiro programa, chamado de F-X, no governo Fernando Henrique Cardoso [não foi decidido por FHC e] foi suspenso por Luiz Inácio Lula da Silva em 2005.

PROGRAMA

Ao ser retomado, o programa ganhou o nome de F-X2 e, praticamente, começou do zero, até porque as próprias empresas já tinham atualizado sua oferta de aeronaves.

Após a eliminação do Sukhoi russo e do Eurofighter Typhoon europeu, sobraram na disputa o Dassault Rafale, o Boeing F-18 e o Saab Gripen.

O F-X2, porém, não teve melhor sorte do que o original F-X. Atravessou todo o segundo mandato de Lula, com direito a disputas entre empresas e governos e alguns “vexames” do Brasil ["vexame" segundo a tucana “Folha”, que talvez quisesse logo determinada escolha, provavelmente, como sempre o jornal trabalhou, pró-EUA].

Quando o então presidente francês Nicolas Sarkozy veio ao Brasil para uma solenidade do 7 de Setembro, o governo chegou a anunciar a opção pelo Rafale. Lula, porém, teve de recuar: o relatório final da FAB ainda estava sendo produzido [e porque Sarkozy logo demonstrou ser "não confiável", para dizer o mínimo (ou "mau caráter", como nos episódios do Acordo de Teerã e de ataque à Líbia)].

Quando concluído e revelado pela “Folha”, o Planalto e a Defesa foram surpreendidos com o resultado [segundo a colunista da "Folha", mas não confirmado pela Aeronáutica, nem pelo governo]: o sueco ficou em primeiro lugar, o norte-americano em segundo, e o preferido da área política, o francês Rafale, em terceiro e último.

O programa, então arrastou-se e foi postergado de vez com a eleição da presidente Dilma Rousseff."

FONTE: escrito por Eliane Cantanhêde e publicado na “Folha de São Paulo” [Imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

2 comentários:

  1. LILI faz LOBBY pra GALERA MAFIOSA e IMUNDA de SÃO BERNARDO do CAMPO, SÃO CARLOS e SÃO JOSÉ dos CAMPOS.

    LILI sempre estará do lado dos RAPINAS da FIESP e, contra o POVO BRASILEIRO.

    Eu acho tão engraçado os GENOCIDAS PIRATAS NORTE-Americanos... porque eles não nos oferecem o Boeing EA-18G Growler???

    COMPRA de OPORTUNIDADE já!!!!!!

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  2. Probus,
    Em geral, os textos da "Folha" [e da grande mídia em geral] e dessa colunista, sempre têm agenda oculta pró-direita, pró-EUA, pró-Israel. Procuro aproveitá-los inserindo pequenos trechos entre colchetes que desmascarem as "maldades" dos textos. Nem sempre consigo.
    Maria Tereza

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