segunda-feira, 9 de julho de 2012

QUEM DISSE QUE O JANGO ERA CORRUPTO ? O PIG...


Por Paulo Henrique Amorim

"Saiu na 'Folha' (**), que [sempre] dizia que o Jango “era corrupto”:

ÓRGÃO DA DITADURA INVESTIGOU BENS DE JK, JANGO E ULYSSES


Por Rubens Valente e João Carlos Magalhães, na “Folha”:

“Um dos mais bem guardados acervos da ditadura, os arquivos da ‘Comissão Geral de Investigações’, que investigou cerca de 25 mil pessoas, empresas e instituições, foram abertos pelo ‘Arquivo Nacional’ após três décadas.

Vinculada ao Ministério da Justiça, a CGI foi criada em 1968 e extinta em 1979.

Formada por oficiais das Forças Armadas, funcionou como um tribunal sumário, capaz de, por simples ofício, bloquear bens e quebrar o sigilo bancário e fiscal dos investigados sem passar por um juiz ou um procurador.

O ônus da prova, ao contrário do que ocorre hoje, cabia aos alvos das apurações.

A comissão montava os chamados PIS (Processos de Investigação Sumária), sempre sigilosos, que muitas vezes funcionaram, na prática, como máquina de perseguição política a opositores da ditadura militar (1964-1985).

Um “Sistema CGI”, que envolvia subcomissões nos Estados vinculadas ao órgão central, foi criado logo após a edição do AI-5 (Ato Institucional), o maior pacote de decisões da ditadura no sentido de tolher liberdades civis.

Foram investigados pela CGI os ex-presidentes João Goulart (1919-1976) e Juscelino Kubitschek (1902-1976), o ex-presidente da Câmara dos Deputados Ulysses Guimarães (1916-1992) e o ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola (1922-2004), dentre centenas de políticos.

O acesso irrestrito aos papéis da CGI, que desde 2006 está sob a guarda do ‘Arquivo Nacional’, em Brasília, sempre foi cobiçado pelos historiadores –que até hoje pouco escreveram sobre ela.
(…)

Nele, os militares se esforçam para apontar um suposto enriquecimento ilícito de Goulart. A principal suspeita dizia respeito a uma fazenda que teria sido adquirida por Goulart nos anos 50, mas só teria sido declarada ao Imposto de Renda oito anos depois.

O próprio estudo, entretanto, reconhece que, na época da compra da fazenda, havia uma lei segundo a qual apenas as propriedades rurais “efetivamente” exploradas deveriam ser declaradas ao IR. O processo acabou sendo arquivado em 1978, dois anos após a morte do ex-presidente.

O professor da Universidade Federal Fluminense Jorge Ferreira, autor da biografia “João Goulart” (Civilização Brasileira), disse que os documentos citados pela “Folha” são inéditos e representam “importante contribuição para se entender como os regimes autoritários investigam a vida das pessoas sem que elas tenham a menor ideia disso”.

Segundo Ferreira, “a ditadura fez vários processos contra Goulart, e nenhum deles foi comprovado”.
(…)

O Historialismo (porque não é História, nem Jornalismo) assegura que Jango caiu porque gostava de pernas: de cavalos e de coristas.

O PiG (*) do Lacerda, do Chateaubriand e do Roberto Marinho era mais consistente.

Acusava o Jango de “pelego comunista” e de ladrão.

Agora, o trabalho de Valente (cadê o livro sobre o Daniel Dantas, Valente ?) desmistifica o PiG (*).

Jango não era ladrão.

Era milionário.

É outra coisa.

Porque herdou uma fortuna do pai e tinha talento incomum para negócios relacionados ao comércio de gado, como mostra a biografia escrita por Jorge Ferreira.

O “comunismo” do Jango era um slogan “pigal”.

Assim como é ficção a versão historialista de que Jango estivesse para dar um Golpe – e por isso foi apeado.

Jango caiu num Golpe paraguaio, com o apoio direto dos Estados Unidos.

O mundo gira, a Lusitana roda e o PiG (*) não sai do lugar.

É a hipocrisia udenista de sempre.

O Lacerda saiu do Governo da Guanabara dono de um banco.

Não é isso, Braguinha ?


E o Merval fica obcecado com o mensalão – que está por provar-se.”

 (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.”

FONTE: postado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu portal “Conversa Afiada” (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/07/07/quem-disse-que-o-jango-era-corrupto-o-pig/).

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