segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SERRA LEVA O SUPREMO (STF) A (FRAGOROSA) DERROTA

Gilmar Mendes (STF) e José Serra (PSDB)
Do portal “Conversa Afiada”:

“NENHUM, NENHUM candidato a prefeito manipulou o julgamento do STF como o “Cerra”.

Saiu na “Folha” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/74542-e-preciso-ter-propostas-e-principios.shtml). Trata-se de artigo do “Padim Pade Cerra”, também conhecido como "Zezinho Trinta", sobre por que pretendia ser prefeito de São Paulo.

Dois terços do artigo são dedicados ao "mensalão" (o do PT).

A hipocrisia tucana começa assim:

Além de propostas, para nós também é importante falar de princípios. Partidos precisam ter compromisso com a ética e com a decência. Não é slogan, é uma divisa para nortear a atividade cotidiana da política. A política existe para o bem comum. Quem entra na vida pública deve servir às pessoas, não se servir delas. Sem esse compromisso, a democracia é deturpada, virando instrumento de abusos que a comprometem.”

Não é um “jenio”, amigo navegante ?

O que diria Aristóteles depois disso ?

E aí começa a catilinária moralista.

Não trata da Privataria, do Paulo Preto, das ambulâncias superfaturadas, do AREF, da Lista de Furnas, do mensalão tucano, nem menciona o Flavio Bierrembach.

Ele se considera, de fato, inimputável.

NENHUM, NENHUM candidato a prefeito manipulou o julgamento do STF como o “Cerra”.

Nem o STF trabalhou tanto, e com tanta precisão, para ajudar outro candidato, que não, o “Cerra”.

Foi um “timing” perfeito.

Só faltou, por culpa do Presidente Ayres Britto, que pagará caro por isso no PiG (Partido da imprensa Golpista), algemar o Dirceu na sexta-feira antes do segundo turno, diante das câmeras da Globo.

Foi “Cerra” quem submeteu o Supremo à eleição.

Foi o “Cerra” quem levou o Supremo a TODOS os programas do horário eleitoral.

Foi o “Cerra” quem levou o Supremo a TODOS os debates do primeiro e do segundo turno.

“Cerra” foi quem enfatizou o caráter eminentemente político, excepcional, do julgamento do mensalão (o do PT).

O Supremo deve a ele a popularização do novo conceito do Direito Penal brasileiro: “em dúvida, pau no réu”.

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Na mesma página, Haddad explicou por que quer ser prefeito: (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/74539-um-novo-tempo.shtml):

UM NOVO TEMPO

Por Fernando Haddad [do PT], 49, mestre em economia, doutor em filosofia e professor licenciado da USP. Foi ministro da Educação (2005-2012, governos Lula e Dilma):

“De uns tempos para cá, nossa cidade ficou para trás, longe do ritmo geral da nação -a atual gestão não fez o que era preciso contra a desigualdade.

Eleito prefeito de São Paulo, meu objetivo central será diminuir a distância que separa a cidade rica da cidade pobre. Hoje, vivemos numa cidade desequilibrada. Sofremos com a falta de planejamento urbanístico. Não temos grandes obras gerando transformação e trabalho. Não temos soluções criativas.

Nos livros de urbanismo, São Paulo só aparece como referência negativa. E a verdade é que merecemos mais que isso. Quero recuperar a autoestima desta cidade cheia de energia e de criatividade, com sua extraordinária capacidade de sonhar e de realizar sonhos.

São Paulo como que carrega 31 cidades dentro de si. Cada subprefeitura tem mais de 300 mil habitantes. Mas, de uns tempos para cá, estamos ficando para trás. Não estamos acompanhando o ritmo geral da nação. Não estamos contribuindo como poderíamos para o desenvolvimento do país. Não estamos exercendo nossa liderança nem ativando nossas vocações de vanguarda.

Nossos indicadores sociais retratam uma realidade perversamente desigual. Falam de uma cidade com pontos altos no centro expandido, que vão declinando à medida que nos aproximamos dos bairros mais distantes.

As regiões central, oeste e o início das zonas sul e leste concentram os empregos, os melhores hospitais, as melhores universidades, a renda, a infraestrutura urbana e as oportunidades. Mas não são as mais populosas. As seis subprefeituras do centro expandido contam com 64,1% dos empregos e 17,1% dos habitantes do município. As demais têm 82,9% dos habitantes e só 35,9% dos empregos.

As regiões menos desenvolvidas são também aquelas em que a desigualdade gera mais violência. Embora o Plano Diretor Estratégico de Marta Suplicy já tivesse apontado essa realidade e indicado ações e instrumentos para enfrentá-la, a atual administração não fez o que era preciso em matéria de desenvolvimento regional.

Nosso modelo de desenvolvimento continua concentrador e excludente. Se a cidade vem acompanhando o crescimento econômico do país, o mesmo não se pode dizer da distribuição da riqueza e de nossa situação socioterritorial.

A dimensão social não tem recebido a atenção necessária. Com isso, as regiões ricas ficam mais ricas e as pobres permanecem pobres.

Esse desequilíbrio explica por que São Paulo enfrenta graves problemas de mobilidade, como ruas congestionadas e trabalhadores gastando horas no trânsito. Se não superarmos o desequilíbrio, a distância entre moradia e emprego, outros problemas também não terão solução.

Sei que o que me espera, caso eleito, é um tremendo desafio. E vamos enfrentá-lo. O prefeito de São Paulo tem de ser o catalisador de todos aqueles que querem caminhos novos e soluções. De todos os que estão dispostos a se engajar num grande projeto de transformação social.

Se vejo a prefeitura como instrumento dessa transformação, sei também que isso só será alcançado com uma administração baseada no planejamento e na definição de metas de resultados. Trago um plano de governo claro e viável, que nasceu de conversas e discussões com a cidade. Milhares de pessoas participaram dos seminários “Conversando com São Paulo”. Das caravanas e debates por vários bairros e comunidades, num belo exemplo de compromisso cívico e citadino.

A cidade mais humana que pretendemos construir será boa para ricos e pobres. Não aceitamos mais uma São Paulo partida, com baixa qualidade de vida e população amedrontada pela violência. Queremos uma São Paulo unida e à altura de sua grandeza.”

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