quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

CENÁRIO OTIMISTA PARA 2013

Por Luis Nassif, na “Coluna Econômica” do seu portal

“Nos últimos anos, sob comando do economista Otávio de Barros, o Bradesco constituiu a maior equipe de economia entre as empresas privadas brasileiras. Meticuloso com indicadores, Otávio montou um painel minucioso dos principais indicadores nacionais e internacionais, e - o diferencial – passou a trabalhar a enorme base de clientes do banco.

A partir dessa montanha de informações, o Departamento de Economia chegou ao seguinte consenso:

O pibinho de 2012 se deveu a um conjunto inédito de fatores negativos.

Os principais fatores (que não deverão se repetir) foram:

1. Seca no Nordeste e no sul, detonando o PIB agrícola.

2. Crise no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), devido aos escândalos, paralisando os investimentos em infraestrutura.

3. A implantação abrupta de novos padrões de motores, praticamente paralisando a venda de caminhões.

4. Endividamento do setor sucroalcooleiro, paralisando a produção de álcool.

5. Queda brutal na produtividade da Bacia de Campos que, de repente, passou a 70% da capacidade anterior.

6. Queda brusca das exportações para a Argentina.

7. Os apertos do Banco Central na SELIC, em 2011, somados às medidas macroprudenciais, que acabaram afetando 2012.

Tais fatores teriam “roubado” de 0,8% a 1% do PIB.

O segundo ponto é a metodologia adotada pelo IBGE (aparentemente, em revisão). Segundo Otávio, os mesmos dados, se colocados no sistema que roda o PIB da OCDE (o grupo de países mais avançados), haveria no mínimo um ponto a mais no PIB e outro nas taxas de investimento.

NOVO “NORMAL”

Em 2013 e, especialmente em 2014, se colherão os frutos do novo padrão de política econômica implantado a partir de agosto de 2011.

O “novo normal”, na economia mundial, seria constituído dos seguintes fatores:

1. Crescimento moderado do crédito. Moderado porque mais cuidadoso, ao contrário do porre de 2010 e 2011.

2. Maior intervenção do Estado.

3. Menores taxas de retorno sobre o capital.

4. Crescimento baseado na produtividade e no investimento, e não mais no consumo.

No caso brasileiro, a posição do governo Dilma, segundo Otávio, é a do território conquistado em batalha, portanto irreversível. O “território” em questão consiste na taxa SELIC civilizada, nos aportes no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), câmbio mais competitivo, redução dos impostos, do custo de energia e dos encargos trabalhistas.

O Bradesco trabalha com uma previsão de crescimento de 3,5% do PIB. Nas últimas semanas, os rumores [falsos] de racionamento de energia fizeram o mercado derrubar um pouco a projeção.

CENÁRIO INTERNACIONAL

Contribui para essa previsão a situação internacional. Os Estados Unidos já completaram as quatro etapas de entrada e saída da crise; a Europa estaria no terceiro quartil. O presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi, teria operado uma impressionante reversão na ortodoxia, principalmente, do Bundesbank alemão. E a economia alemã já estaria refletindo essa situação.

Além disso, com a redução do risco sistêmico, a enorme injeção de liquidez na economia internacional poderá, finalmente, refletir-se na economia real.”

FONTE: escrito por Luis Nassif, na “Coluna Econômica” do seu portal  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-cenario-otimista-para-2013) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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