quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

SIMULADOR NACIONAL DE GUERRA ELETRÔNICA


“Uma nova iniciativa para conter ameaças virtuais está em andamento no âmbito da Defesa Nacional. Na terça-feira, pela manhã, o Exército Brasileiro apresentou o “Simulador Nacional de Operações Cibernéticas” (SIMOC) – software que cria e planeja treinamentos em um ambiente de rede. A ferramenta está inserida nos pilares da “Estratégia Nacional de Defesa” no que diz respeito ao desenvolvimento de equipamentos e plataformas de guerra eletrônica.

O SIMOC foi produzido pela empresa de tecnologia da informação “Decatron” e custou R$ 5 milhões. Ele funciona a partir de acesso por login e senha. Depois dessa etapa, o usuário pode escolher reproduzir uma rede de computador já existente ou criar uma nova. Logo após, é necessário definir o comportamento da rede e estabelecer os treinamentos que serão realizados. O ‘software’ permite, ainda, a emissão de relatórios técnicos com o andamento de todas as operações realizadas no ambiente virtual.

De acordo com o comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica (CCOMGEX), general Antonino dos Santos Guerra, “este é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelo órgão”. Durante a apresentação, que aconteceu no auditório do centro, o general destacou que o simulador “é uma solução que promove a tecnologia nacional e ajuda a aumentar o PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil”.

O sócio-diretor da “Decatron”, Carlos Rust, explicou que o processo de desenvolvimento do SIMOC teve início há um ano e empregou, diretamente, 30 profissionais brasileiros. Para ele, é importante ter um simulador nacional que prepare o país para a defesa virtual e é “melhor do que os estrangeiros”.

Entre as diferenças com os ‘softwares’ do gênero no exterior, o simulador nacional é flexível, pois possibilita a criação de cenários de guerra eletrônica. Isso não acontece com os outros equipamentos do mercado, que trazem cenários já fixos.

O sistema foi criado com base em experiências internacionais, já que as Forças Armadas estão envolvidas nesse tipo de projeto “em muitos países do mundo”, destacou o general Santos Guerra.

Participaram do evento de hoje o comandante do “Centro de Instrução de Guerra Eletrônica” (CIGE), órgão interno do CCOMGEX, tenente coronel Márcio Ricardo Fava; o gerente executivo da “Decatron”, Bruno Mello; e demais autoridades militares.

TREINAMENTO

No ano passado, 24 oficiais superiores do CCOMGEX realizaram curso de seis meses onde operaram o “Simulador Nacional de Operações Cibernéticas” e estão, assim, capacitados para atuar contra as ameaças virtuais do país. Entre elas estão “hackers” e grupos que se organizam para atacar sites e chamar atenção para causas específicas, além de crimes, espionagem e guerra cibernética.

Para este ano, está previsto mais um curso, mas desta vez com uma turma de sargentos do Exército. No entanto, conforme explicou o general, o SIMOC pode ser utilizado de forma remota, aumentando seu escopo de atuação para outras instituições militares no país. “Só é preciso que um instrutor vá até o local a fim de coordenar as atividades do simulador”, afirmou.

A tecnologia está disponível para faculdades e centros de ensino interessados, mas “é necessário que se tenha cuidado com quem se treina”, ponderou o comandante do CCOMGEX.”

2 comentários:

  1. Só uma observação. Ao citar os criminosos virtuais não diga hacker, mas cracker. Há outras definições para criminosos virtuais. Hacker é o profissional de segurança, de hardware, software, projetista, programador... Cracker é aquele que comete fraude, roubo e outros crimes virtuais.

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  2. Ao D.Sergio G.Rosas,
    Muito obrigada pela informação. Passarei a adotar essa terminologia.
    Maria Tereza

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