quinta-feira, 21 de março de 2013

PETROBRAS DETALHA PLANO DE NEGÓCIOS E GESTÃO 2013-2017


“A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, e a diretoria da empresa apresentaram o ‘Plano de Negócios e Gestão 2013-2017’ (PNG 2013-17) a investidores e analistas de mercado, na última terça-feira (19/03). O Plano prevê investimentos de US$ 236,7 bilhões para o período, sendo US$ 207,1 bilhões referentes à carteira de projetos em implantação.

Confira os principais destaques:

- As metas de produção da Petrobras estão mantidas no “Plano de Negócios e Gestão” (PNG) 2013-2017, em relação ao PNG 2012-2016. A meta de produção para 2013 também é a mesma: 2.022 milhões de barris por dia, com possibilidade de variação de 2% para cima ou para baixo.

- A produção chegará a 2,5 milhões de barris de petróleo em 2016, 2,75 milhões em 2017 e 4,2 milhões em 2020. Já a produção em barris de óleo equivalente (petróleo e gás) atingirá 3 milhões em 2016, 3,4 milhões em 2017 e 5,2 milhões em 2020.

- O índice de sucesso exploratório no pré-sal alcança 82%. O índice no Brasil, incluindo todas as descobertas, é de 64%.

- Nos últimos nove meses, houve quatro reajustes nos preços do diesel, totalizando aumento de 21,9%, e dois na gasolina, com alta acumulada de 14,9%.

- A produção de derivados cresce ano a ano e será impulsionada com a entrada em operação das novas refinarias. Sucessivos recordes de processamento de petróleo têm sido batidos.

- A realização dos investimentos em 2012 foi de R$ 84,1 bilhões, que representou 101% do previsto no PNG 2012-2016.

- A geração termelétrica, própria e de terceiros (onde a Petrobras tenha participação ou forneça combustível), superou o patamar de 10.000 MW em outubro de 2012. A Companhia bateu sucessivos recordes de geração de energia em 2012 e 2013.

- Os pressupostos de financiabilidade do PNG 2013-2017 são: a manutenção do Grau de Investimento da Companhia junto a agências de risco, a não emissão de novas ações, a convergência dos preços praticados internamente aos preços internacionais de derivados, e os desinvestimentos no Brasil e no exterior.

EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO

- A Petrobras fez 53 descobertas de petróleo e gás natural nos últimos 14 meses (de janeiro de 2012 a fevereiro de 2013). Dessas, 25 foram feitas no mar, sendo 15 no pré-sal.

- Os investimentos na construção de poços (exploratórios e de desenvolvimento da produção) somam US$ 75 bilhões. Isso representa 32% dos investimentos do PNG 2013-2017 e 51% dos investimentos em E&P no Brasil. Em função dessa relevância, foi criado o “PRC-Poço”, “Programa de Redução de Custos de Poços”.

- A Petrobras utiliza, atualmente, 69 sondas flutuantes para construção e manutenção de poços no Brasil.

- O Plano 2013-2017 prevê 24 plataformas já contratadas e 15 a contratar. Das contratadas, três já estão em operação.

- No período 2013-2017, 25 novas plataformas de produção entrarão em operação. No período 2013-2020, serão 38 novas plataformas de produção.

PRÉ-SAL

- A produção de petróleo operada pela Petrobras atingiu 300 mil barris por dia (bpd) no pré-sal. A parcela da Petrobras desta produção é de 249 mil barris por dia, sendo 43% do total com origem na Bacia de Santos e 57% na Bacia de Campos.

- A marca de 300 mil barris por dia no pré-sal foi atingida com apenas 17 poços produtores, seis na Bacia de Santos e 11 na Bacia de Campos.

- Essa produção (300 mil barris por dia no pré-sal) foi atingida apenas sete anos após a descoberta de petróleo na região. Para atingir a mesma produção na Bacia de Campos, foram necessários 11 anos. Na porção norte-americana do Golfo do México, foram necessários 17 anos. No Mar do Norte, nove anos.

- A marca de 1 milhão de bpd operada pela Petrobras no pré-sal será superada em 2017 e atingirá 2,1 milhões de bpd em 2020.

- Houve redução do tempo de perfuração de poços de 134 dias em 2006 para 70 dias em 2012.

ABASTECIMENTO

- A expansão do refino tem grande importância para o equilíbrio da oferta e demanda de derivados.

- Ampliação do parque de refino em implantação, com destaque para a RNEST (Pernambuco) e o primeiro trem do COMPERJ (Rio de Janeiro).

- Ampliação do parque de refino em projeto, com destaque para refinarias Premium I (Maranhão), Premium II (Ceará) e o segundo trem do COMPERJ (Rio de Janeiro).

- Carteira de adequação de diesel e gasolina: REPLAN, RPBC, REGAP, REFAP e RLAM.

- Ampliação da frota de navios. dentro do PROMEF (Programa de Modernização e Expansão da Frota), quatro navios já foram entregues. Entre 2013 e 2017, serão mais 45 navios de transporte de petróleo e derivados.

- A demanda brasileira por derivados deve crescer 4,2% ao ano entre 2012 e 2020. Sem as refinarias Premium I, Premium II e o segundo trem do COMPERJ, o Brasil importará 29% da demanda de derivados. A estimativa é de déficit de 972 mil barris por dia. Com as novas refinarias, esse déficit seria suprido.

GÁS E ENERGIA

- Na área de Gás e Energia, os principais projetos em implantação, para o período 2013-2017, são a “Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III” (UFN III), em Três Lagoas (MS), a “Unidade de Processamento de Gás Natural” (UPGN) de Cabiúnas (Rio de Janeiro), a “Usina Termelétrica (UTE) Baixada Fluminense” (Rio de Janeiro) e o “Terminal de Regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) da Bahia”.

- Em fase de avaliação estão as UFN IV (Espírito Santo) e UFN V (Minas Gerais).

OTIMIZAÇÃO

- O INFRALOG – programa de otimização do investimento por meio da gestão integrada dos projetos de logística – prevê reduções de investimento que somam US$ 2,2 bilhões. Oportunidades adicionais para reduzir até US$ 2,8 bilhões no horizonte 2018-2020 também foram mapeadas.

- O PROCOP, programa de otimização das atividades operacionais para maior produtividade e redução de custos unitários, permitirá, até 2016, economia de R$ 32 bilhões.

FINANÇAS

- O PNG prevê o preço do Brent em US$ 107 por barril em 2013, diminuindo para US$ 100 no longo prazo.

- A taxa de câmbio média (R$/US$) utilizada para o plano é de R$ 2 em 2013, chegando a R$ 1,85 no longo prazo.

- Os desinvestimentos previstos para o período somam US$ 9,9 bilhões.

- Os recursos adicionais necessários para o financiamento do plano serão captados exclusivamente através da contratação de novas dívidas e não é contemplada a emissão de novas ações.

- A necessidade de captações líquidas é 50% inferior à do plano anterior devido à contribuição da produção em 2017, desaceleração dos investimentos em abastecimento e preço do Brent de longo prazo de US$ 100 (ante US$ 90), bem como taxa de câmbio de longo prazo de R$ 1,85 (ante R$ 1,73).

BIOCOMBUSTÍVEIS

- A “Petrobras Biocombustível” mantém investimentos em relação ao plano anterior. A empresa investirá US$ 2,9 bilhões para ampliar produção de etanol e biodiesel, ante os US$ 2,5 bilhões previstos no PNG 2012-2016.”

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