quarta-feira, 24 de abril de 2013

DILMA FALA SOBRE O FARMÁCIA POPULAR, COMBATE AOS EFEITOS DA ESTIAGEM E SEGURANÇA NAS FRONTEIRAS


“Na coluna Conversa com a Presidenta’ de terça-feira (23), a presidenta Dilma Rousseff falou sobre o “Plano Estratégico de Fronteiras”, que envolve as Forças Armadas e as polícias federal e estadual; os instrumentos para proteger os rebanhos dos efeitos da estiagem; e o programa “Aqui Tem Farmácia Popular”, que já beneficiou, desde 2011, 17,9 milhões de pessoas, com 14 milhões recebendo medicamento gratuitamente.

Luciana Justino, 21 anos, estudante de Vitória/ES - Em quantos municípios brasileiros há “Farmácia Popular”?

Presidenta Dilma – Luciana, o programa “Aqui Tem Farmácia Popular” está presente em 3.779 municípios brasileiros, inclusive em 1.282 que têm percentual elevado de população extremamente pobre. O programa foi criado em 2004, mas em 2011 teve novo impulso, com a implantação da ação “Saúde Não Tem Preço”, que passou a distribuir remédios de graça também por meio de farmácias privadas conveniadas. Para você ter uma ideia da dimensão do programa “Aqui Tem Farmácia Popular”, hoje, Luciana, 14 medicamentos são oferecidos gratuitamente à população e outros 11 comercializados com até 90% de desconto. O número de farmácias cresceu de 15 mil em 2011 para 25,7 mil em 2013. No Espírito Santo, há 861 farmácias credenciadas, 67 delas aí em Vitória. Entre os remédios gratuitos, 11 são para diabetes e hipertensão e três para asma, que passaram a ser distribuídos no ano passado. Desde 2011, já foram beneficiadas pelo Programa 17,9 milhões de pessoas, das quais 14 milhões receberam medicamentos gratuitamente. Para retirar os medicamentos, basta apresentar a receita médica, dentro do prazo de validade, acompanhada de RG e CPF. A lista completa dos medicamentos disponíveis e os endereços das farmácias podem ser consultados no endereço: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=1095.

Magno Cerqueira, pequeno criador de caprinos e ovinos em Jerumenha (PI) – Com a maior seca dos últimos 80 anos no Nordeste, não se viu falar em saques, em pessoas morrendo de fome, graças aos programas sociais do Governo Federal. Mas, Presidenta, o nosso rebanho está sendo dizimado. Invista nas potencialidades do nosso semiárido de forma sustentável e economicamente viável. Por exemplo, num “Programa de Incentivo à Cultura da Palma Forrageira”.

Presidenta Dilma – Magno, sabemos que precisamos avançar na criação de instrumentos para proteger os rebanhos quando a seca chega. Neste momento, estamos dando apoio emergencial aos pequenos criadores do Nordeste, principalmente com a venda de milho subsidiado (a R$ 18 a saca). Encomendei à minha equipe um programa para apoiar a formação de estoques de alimentação animal na região para os períodos de estiagem. Vamos estimular a armazenagem de alimentação animal, ampliar a pesquisa agropecuária e a assistência técnica nessa área, e fomentar o cultivo de forragens nativas e exóticas adaptadas ao semiárido, para manter o rebanho. A palma forrageira é uma das melhores soluções já identificadas, e por isso teremos uma rede de multiplicação e distribuição de mudas forrageiras com qualidade genética e fitossanitária, para agricultores familiares do Nordeste. Vamos também compor uma reserva estratégica de alimento para animais no semiárido para que, quando a estiagem vier, possamos assegurar a sobrevivência dos rebanhos e preservar ao máximo a renda dos produtores.

Francisco Carlos Oliveira, 59 anos, funcionário público de Riacho Fundo/DF – Presidenta, já que as forças de segurança não dão conta de acabar com a maldição das drogas no nosso Brasil, por que a senhora não autoriza as Forças Armadas a vigiarem as fronteiras?

Presidenta Dilma – Francisco, desde agosto de 2011, quando lançamos o “Plano Estratégico de Fronteiras”, as Forças Armadas e as polícias federais e estaduais trabalham de forma coordenada para combater os crimes transfronteiriços, principalmente o tráfico de drogas. Esse Plano é realizado por meio de duas operações periódicas: a “Operação Ágata”, liderada pelo Ministério da Defesa, mobilizando as Forças Armadas e as demais forças civis de segurança em ações pontuais e de grande impacto; e a “Operação Sentinela”, coordenada pelo Ministério da Justiça, que reúne as polícias Federal, Rodoviária Federal, e a Força Nacional de Segurança, em ações de investigação e de inteligência continuadas.

Juntas, já desarticularam 65 organizações criminosas, apreenderam 360 toneladas de drogas, 8 mil carros e embarcações e inspecionaram 148 pistas de pouso. Em maio, Francisco, uma grande operação militar vai cobrir toda a nossa fronteira terrestre, cerca de 16 mil km, para coibir crimes e dar mais segurança para a Copa das Confederações. A segurança pública é responsabilidade constitucional dos Estados, mas o governo federal tem o dever de participar na sua área de atuação, e é o que estamos fazendo.”

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