quarta-feira, 24 de abril de 2013

LULA RECEBE PRÊMIO EM NOVA YORK POR “TRANSFORMAR O SIGNIFICADO DE PAZ E PREVENÇÃO DE CONFLITOS”


Ex-presidente Lula discursa durante entrega da premiação, em Nova York (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

“Prêmio reconhece o trabalho do ex-presidente em tirar milhões de pessoas da pobreza e construir uma política de parceria com países vizinhos e africanos.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na noite de segunda-feira (22) em Nova York, o prêmio “Em Busca da Paz”, conferido pelo “International Crisis Group”. Lula foi homenageado por ter “impulsionado seu país a uma nova era econômica e política”.

Para baixar fotos em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.

O prêmio reconhece o trabalho de Lula em tirar milhões de pessoas da pobreza e construir uma política de parceria com países vizinhos e africanos, o que transformou o Brasil em um “ator mundial crucial”.

Em seu discurso, Lula propôs o combate à fome e à miséria como caminho para transformar o século 21 em uma era de paz. “Combater a fome e a miséria em escala global é o passo mais importante que podemos dar no caminho para a paz. E depois do que conquistamos no Brasil, eu me recuso a duvidar da nossa capacidade de fazer um mundo melhor. Combatendo a fome e a miséria, promovendo o diálogo e o respeito entre os povos, podemos fazer do Século 21 a era da paz”.

O “Crisis Gorup” trabalha em mais de 60 países na prevenção e solução de conflitos. Seus relatórios e análises são respeitados globalmente por atores que vão de governos à imprensa, como documentos de referência sobre crises locais. “Nós acreditamos que, para acabar com os conflitos, é preciso entendê-los a fundo”, explica Louise Arbour. Entre os convidados do jantar de segunda em Nova York, estavam o megainvestidor e filantropo George Soros, o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz e Mo Ibrahim, empreendedor sudanês que foi o pioneiro da “revolução dos celulares” na África.

Javier Ciurlizza, diretor de programa para América Latina e Caribe do “Crisis Group”, diz que sem esperança não há paz, e que Lula colocou isso em prática. “Ele defendeu a UNASUL, que criou um espaço para as nações conversarem, no lugar de lutar. Ele trabalhou no coração da resolução de conflitos. Ele entende de maneira profunda que só erradicando a fome e a exclusão social, dando nova esperança às pessoas, a paz e a segurança são sustentáveis”.

DISCURSO

O ex-presidente falou durante pouco menos de 25 minutos e destacou que o compromisso dos governantes com a democracia e em melhorar a vida das pessoas é um passo fundamental para a paz. E voltou a defender que a crise deve ser combatida com desenvolvimento e distribuição de renda.

THEIN SEIN

Na noite de segunda-feira, o presidente de Mianmar, Thein Sein, também foi homenageado. O general Thein Sein iniciou um processo de democratização de uma ditadura militar que já dura meio século. Ele convocou eleições, libertou presos políticos e permitiu que a imprensa privada sem censura prévia voltasse a atuar no país. “Mianmar iniciou um conjunto de reformas notáveis e sem precedentes desde que o governo do presidente Thein Sein assumiu em março de 2011″, disse a presidenta do “Crisis Group”, Louise Arbour. No entanto, na avaliação do próprio “Crisis Group”, o país asiático ainda precisa dar seguimento ao processo de liberalização política ocorrido até agora.

Essa é a oitava edição do prêmio. Entre personalidades que já receberam a homenagem estão os presidentes dos EUA Bill Clinton e George W. Bush; os prêmios Nobel da Paz Martti Ahtisaari e Ellen Johnson Sirleaf, e o financista e filantropo George Soros.

O “CRISIS GROUP” - www.crisisgroup.org/en/about.aspx (em inglês)

Focado na prevenção de conflitos internacionais, o “International Crisis Group” foi fundado em 1995 com o objetivo de ser uma organização independente de governos e com equipe profissional especializada para “atuar como olhos e ouvidos no mundo para impedir conflitos e com um Conselho altamente influente, capaz de mobilizar formuladores de políticas públicas ao redor do planeta”.

Atualmente, a organização emprega mais de 150 pessoas em 10 escritórios regionais, que cobrem cerca de 60 países em situação de risco ou de conflito ativo. O “Crisis Group” combina a publicação de relatórios e análises técnicas respeitadas internacionalmente, com um Conselho de Administração capaz de mobilizar outros formuladores de políticas públicas ao redor do globo. No conselho, estão 10 ex-presidentes (dois deles norte-americanos), um ex-primeiro ministro europeu e um Nobel da Paz, entre outros líderes nos campos da política, diplomacia, negócios e mídia.”

FONTE: divulgado pelo “Instituto Lula” e transcrito no portal do PT  (http://www.pt.org.br/noticias/view/lula_recebe_premio_em_nova_york_por_transformar_o_significado_de_paz_e_prev).

COMPLEMENTAÇÃO:

LULA TERÁ COLUNA MENSAL NO "THE NEW YORK TIMES"

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimenta Michael Greenspon, diretor-geral do serviço de notícias do New York Times. (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Do portal UOL:


“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 67, assinou segunda-feira (22), nos Estados Unidos, um contrato com o "The New York Times" para escrever uma coluna mensal que será distribuída pela publicação. Segundo o portal UOL apurou, a coluna não deve ser publicada em veículos brasileiros por exigência do próprio Lula.

O petista se reuniu com Michael Greenspon, diretor-geral do serviço de notícias do jornal norte-americano, e foi decidido que o texto será distribuído pela agência do "New York Times".

A coluna tratará de "política e economia internacional, além de iniciativas para o combate à fome e à miséria no mundo", de acordo com informações divulgadas pelo ‘Instituto Lula’.”

FONTE DA COMPLEMENTAÇÃO: publicado no portal UOL e transcrito no portal de Luis Nassif  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/lula-tera-coluna-mensal-no-new-york-times).

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