segunda-feira, 15 de abril de 2013

MAÍLSON, O DA INFLAÇÃO DE 80%/mês, CRITICA INFLAÇÃO DE DILMA...


Zélia Cardoso (a do confisco da poupança), FHC (que em janeiro 2003 passou para Lula inflação apontando para 20%) e, à direita, o Maílson "80% ao mês" da Nóbrega

Do Portal “247”

MAÍLSON, QUE TEVE INFLAÇÃO DE 80%, CRITICA INFLAÇÃO DE DILMA

“É ou não cúmulo da cara de pau? O economista Maílson da Nóbrega, que comandou o Ministério da Fazenda no fim do governo Sarney e entregou ao País uma hiperinflação, tem a pachorra de condenar a atual política monetária e criticar a meta de inflação brasileira de 4,5% ao ano! Lobista do sistema financeiro, ele pede a combinação de recessão, desemprego e juros altos; o incrível é que esse personagem tenha espaço para comentar a economia com ares de guru.

O Brasil é um país surpreendente. Só aqui um economista que foi ministro da Fazenda e entregou ao País uma hiperinflação, com os preços subindo 80% ao mês, consegue se tornar consultor de sucesso e conquistar espaço na mídia para falar sobre todos os assuntos, com ares de guru. Esse personagem se chama Maílson da Nóbrega, que conduziu a economia brasileira no fim do governo Sarney. Dono da consultoria “Tendências” e colunista de “Veja”, ele vinha pontificando sobre tudo, mas, talvez por pudor, evitava comentar o tema inflação.

Nesta semana, no entanto, o assunto deixou de ser tabu para Maílson e ele escreveu, em “Veja”, o artigo "A inflação de Dilma", em que defende, com todas as letras, que o Brasil produza recessão para combater uma inflação que deve fechar o ano em 5,7% ao ano, segundo estimativas de analistas de mercado – e não em 80% ao mês, como ocorreu quando ele comandava a economia... Eis o que ele disse:

"Dilma parece prisioneira dessas visões. Dá a entender que acredita ser possível vencer a inflação sem reduzir a demanda. Além disso, em seu governo, o instrumento eficaz, a taxa de juros, se transformou em bandeira política. Até a oposição a elogia pela decisão de impor ao BC a queda da SELIC. Por isso, ela resiste à ideia de aumentar a taxa de juros e à sua natural consequência: a queda temporária do ritmo de crescimento (...) Como em qualquer doença, adiar o tratamento pode exigir doses maiores do remédio, que tendem a prostrar mais o doente do que quantidades menores em momentos apropriados. Na verdade, o que mata o doente é a ausência de tratamento ou prescrições equivocadas. Tudo indica que a inflação do atual governo ficará acima da meta de 4,5%, já em si muito alta. Sem o emprego da receita certa, ela pode fugir do controle. Será que a presidente Dilma vai autorizar o BC a agir?"
Maílson "80% ao mês" da Nóbrega apenas vocaliza o desejo de seus clientes por doses mais cavalares de juros. O inacreditável é que tenha tanta cara de pau e espaço para vender suas receitas, que, no momento em que pôde aplicá-las, não funcionaram.”

FONTE: publicado no Portal “247” e transcrito no portal “Vermelho” (
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=210927&id_secao=2
). [Imagem do Google e sua legenda adicionadas por este blog ‘democracia&política’].

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