segunda-feira, 20 de maio de 2013

AÉCIO ASSUME PSDB E DIZ QUE SIGLA ERROU AO ESCONDER FHC

Aécio, o novo presidente do PSDB, flagrado no RJ dirigindo aparentemente bêbado

Do portal tucano UOL/Folha:

Senador defende privatizações [aquelas que não conseguiram concluir nos governos FHC/PSDB, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa etc] e afirma que disputa com o PT 'não será fácil'

Com fortes críticas a Lula e a Dilma, o tucano Aécio [provavelmente lembrando-se da privataria e do mensalão tucanos] usa bordão 'é possível fazer melhor', similar ao de eventuais rivais.


Admitindo que "não será fácil" desalojar o PT do poder [por causa da lembrança ainda viva no eleitor do passado nefasto dos governos FHC/PSDB], Aécio Neves (MG) assumiu a presidência do PSDB fazendo uma forte defesa do legado do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) -incluindo o tema tabu das privatizações.

Em meio a ataques aos governos Lula e Dilma Rousseff, Aécio deu um passo decisivo para pavimentar sua candidatura à Presidência em 2014, mas foi cauteloso para evitar melindrar correntes refratárias, como a de José Serra (SP), e aquelas que podem atrapalhá-lo, como a do governador Geraldo Alckmin (SP).

"Ainda não é hora de tratarmos disso", disse ele, ao ter o nome lançado por militantes. Para assumir o comando do PSDB, o mineiro teve apoio de 521 dos 535 delegados.

"Não será fácil a nossa trajetória. Não me iludo. Mas está longe de ser impossível", disse Aécio, secundado em discurso pelo padrinho político, FHC: "Nada é fácil. Não será fácil [nem] sequer a vitória."

Na plateia da convenção tucana, estavam os dois últimos candidatos do PSDB à Presidência, Serra (2002 e 2010) e Alckmin (2006), cujas campanhas procuraram esconder o ex-presidente.

Mais tarde, em carta que divulgou para o partido, Aécio fez não só uma defesa do legado de FHC, mas um mea-culpa: "Erramos por não ter defendido, juntos, todo o partido, com vigor e convicção devidos, a ‘grande obra’ realizada pelo PSDB” [parece que se referia à privataria e ao mensalão tucanos e aos enormes e duradouros malefícios que causaram à economia e à população brasileira].

TIME

A festa de sábado custou R$ 2 milhões “ao partido”, com grande aparato tecnológico em um centro de convenções em Brasília, e homenageou FHC. "Ninguém tem o time que o PSDB tem, a começar por FHC", disse Aécio [não se sabe se com autosarcasmo].

O tucano falou da estabilização de uma economia convulsionada pela hiperinflação, do Plano Real [obra do peemedebista Itamar Franco auxiliado pelo seu então ministro Ciro Gomes], da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos "primeiros programas de transferência de renda" [em escala diminuta, quase particular].

E surpreendeu: "Somos o partido das privatizações que tão 'bem' fizeram ao Brasil" [a Justiça brasileira, inexplicavelmente, retarda a apuração dos beneficiados por esse “bem” auferido com a privataria].


Na última década, nenhum tucano com aspirações nacionais defendeu, de forma aberta, as privatizações, ação explorada pelo PT nas eleições de 2002, 2006 e 2010 como sinal de fraqueza.

Ressaltou, contudo, que o partido “nunca quis privatizar a Petrobras” -tema que deu dor de cabeça em 2006. [Considerando os fatos, nem mesmo os tucanos devem ter acreditado nessa afirmação de Aécio].

FHC também defendeu seu legado e apontou ressentimento do PT. "Por que não reconhecer o que foi feito, que foi feito para brasileiros, por brasileiros, para melhorar o futuro do Brasil?" [risos]

Apesar das críticas aos petistas, uma das imagens projetadas no imenso telão no evento com cenas de tucanos, mostrou FHC ao lado de Lula, na época de sindicalista.

O ex-presidente apontou que o PT "martela" sua visão de mundo, com ações de "desinformação e propaganda".

UNIÃO

Em meio à divisão do PSDB sobre 2014, Aécio disse que não assume um "partido esfacelado", mas "unido como nunca". O senador acenou ao grupo de Alckmin, apoiando sua proposta de ampliar o tempo de internação de adolescentes infratores.

Aécio fez duras críticas ao PT que, segundo ele, deixou o país "estagnado". "Se tivessem que comemorar dois anos [de governo Dilma], seria o pibinho ridículo, irrisório, vexatório", disse ele [Ver abaixo o gráfico do PIB antes de 2003 (governos Sarney, Collor e FHC/PSDB) e após 2003 (governo PT)]:

No discurso distribuído pelo PSDB, havia também um bordão que Aécio não repetiu: "É possível fazer melhor". No microfone, ele disse três vezes "é possível fazer" [?].

O mote se parece com o "é possível fazer mais" do governador Eduardo Campos (PSB-PE), bordão também explorado por Dilma Rousseff nos programas de TV do PT com seu "é possível fazer cada vez mais". Curiosamente, na disputa de 2010, Serra dizia: "O Brasil pode mais".

Outros oradores foram ainda mais inflamados. O governador goiano, [o tucano] Marconi Perillo [envolvido, segundo a PF, em ações ilegais com o criminoso Cachoeira e seu auxiliar Demóstenes (ex-DEM), usou de extrema modéstia e autoironia e], chamou Lula de "o maior canalha do país", relembrando o episódio em que diz ter avisado o petista do mensalão. Perillo também diz haver dedo do PT [e dos fatos apurados pela PF] nas suspeitas que o ligam ao empresário Carlinhos Cachoeira.“

FONTE: reportagem de Gabriela Guerreiro, Natuza Nery e Catia Seabra publicada no portal tucano UOL/Folha (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/109624-aecio-assume-psdb-e-diz-que-sigla-errou-ao-esconder-fhc.shtml). [Imagens do Google e trechos entre colchetes em azul adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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