sábado, 25 de maio de 2013

ÊXITOS DA PETROBRAS

Por José Dirceu, no "O Globo"

“A Petrobras é e continuará sendo uma empresa estratégica para o desenvolvimento do país. Alvo de críticas constantes da imprensa e da oposição, a maior estatal do país continua dando mostras de sua vitalidade, de que é uma empresa sólida e estabelecida, desmontando a campanha infundada que dirigem contra ela.

As ações da empresa que, nos últimos dez anos, obtiveram rentabilidade acima da média do mercado, e sofreram com a grande desvalorização das ações em todo o mundo por conta do subprime nos EUA, demonstram agora forte capacidade de recuperação e tendência de ascensão.

Em abril, depois da divulgação dos resultados da empresa referentes ao primeiro trimestre deste ano -- acima das expectativas do mercado -- as ações preferenciais da Petrobras tiveram bom desempenho, com alta de 5%, e voltaram a figurar entre as mais indicadas pelos analistas do mercado.

Seguindo seu plano de investimentos, neste mês de maio, a companhia concluiu a captação de US$ 11 bilhões com a emissão de títulos no mercado internacional -- a maior captação externa da história já feita por um emissor de mercados emergentes.

Segundo a presidenta da empresa, Maria das Graças Foster, esse resultado demonstra que o mercado de capitais tem confiança na Petrobras e trata-se de um endividamento que mira o crescimento.

Além dessa grande conquista, a empresa liderou a disputa por áreas licitadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para exploração de petróleo e gás na última semana. A estatal arrematou 34 blocos, 12 deles como operadora e sete atuando sozinha.

Aliás, o êxito absoluto do leilão -- que arrecadou R$ 2,82 bilhões, acima da marca máxima anterior de R$ 2,1 bilhões em 2007, e contou com a presença de 18 empresas estrangeiras de 11 países entre os 30 vencedores -- comprova o acerto da política de energia, petróleo e gás do governo, que mudou radicalmente o modelo anterior, direcionando a Petrobras para servir aos objetivos do país, e não aos interesses privados nacionais ou estrangeiros.

Com a expectativa de que venha a dobrar de tamanho até 2020, tendo como carro-chefe as reservas do pré-sal, a estatal, que praticamente quadruplicou sua receita líquida nos últimos dez anos, a cada dia supera novos desafios tanto para produzir e explorar, quanto para aumentar sua capacidade de refino.

A expectativa é de que a produção diária de petróleo e gás natural do Brasil, que hoje é de 2,2 milhões de barris, chegue a 5,7 milhões em 2020. As reservas da estatal também têm potencial para dobrar de tamanho e atingir 31,5 bilhões de óleo equivalente nos próximos anos.

Os excelentes resultados são fruto da evolução dos investimentos, que aumentaram 21,5% ao ano desde 2000, atingindo US$ 42,9 bilhões em 2012, e da demanda do mercado brasileiro, que está acima da média mundial.

A partir do governo Lula, a Petrobras avançou como nunca em pesquisa, tornando-se pioneira e um dos maiores centros de tecnologia do mundo para prospecção em águas profundas.

Também foi a grande responsável pelo desenvolvimento da indústria de petróleo e naval brasileira, fortalecendo e gerando grande valor e possibilidade de inovação à cadeia produtiva, que têm atendido às demandas da estatal em patamares que, por vezes, superam 85% de conteúdo nacional, especialmente nos projetos de refino.

A ampliação e modernização do parque de refino e a retomada dos investimentos em novas unidades pela companhia, o que não ocorria desde 1980, é fundamental para a economia brasileira.

Além de reduzir continuamente a nossa dependência do produto final estrangeiro, o início das operações da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, prevista para 2014, e de outras que constam no plano da empresa para o período entre 2012 e 2016, agregará valor enorme ao nosso petróleo.

E os surpreendentes números do pré-sal contradizem totalmente as avaliações pessimistas de que a companhia não teria condições de operar sozinha nessa camada.

A produção nos reservatórios do pré-sal nas bacias de Campos e Santos já superou a marca de 300 mil barris de petróleo por dia, tendo dobrado entre 2011 e 2012. São resultados excelentes, obtidos apenas sete anos depois da primeira descoberta de petróleo do pré-sal, em 2006. No Golfo do México, por exemplo, foram necessários 17 anos para se alcançar essa produção.

Sem nenhuma dúvida, os números, os êxitos e as excelentes perspectivas calam e mostram o quanto são despropositadas as críticas e a campanha da oposição contra a companhia, que vive hoje situação bastante diferente da que apresentava até 2003, totalmente dependente da importação de navios e equipamentos pesados, sem investimentos em tecnologia e inovação, operando com poucas reservas, na iminência de ser privatizada.

O sentimento de pessimismo em relação a Petrobras, transmitido em discursos e matérias editorializadas, visando apenas à oposição ao governo e não aos interesses do país, definitivamente não correspondem à realidade de uma empresa que cresce e se reinventa a cada dia, apostando em Tecnologia e Inovação, descobrindo novas vocações, gerando empregos e capacitando profissionais, contribuindo de forma decisiva para o projeto de desenvolvimento do país.”


FONTE: escrito por José Dirceu, 67, advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT. Publicado no jornal “O Globo” e no blog do Noblat  (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/05/24/exitos-da-petrobras-497826.asp). [Imagem obtida no Google e acrescentada por este blog ‘democracia&política’].

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