Por Fernando Brito
“Os dados divulgados [quinta-feira]
pelo IBGE mostram
que “crise”, mesmo, só existe no mercado financeiro e cambial, puxada por
fatores externos: basicamente, a perspectiva de alta dos juros dos títulos do
Tesouro dos EUA.
O índice de desemprego [no Brasil] continua
em patamares baixíssimos, 5,8%, de fazer inveja a uma Europa que se debate com
um índice de desocupação que anda nos dois dígitos e, mesmo com a recente
recuperação. (...)
Também [aqui] parou a erosão do
rendimento do trabalho de fato ocorrida em janeiro.
Mas estamos “em crise”, não é?
E os adversários políticos e a mídia
deitam falação sobre o que tem e o que não tem de ser feito.
Então, vamos dar uma refrescada na
memória que não termina no gráfico aí de cima.
Em maio de 2003, logo após a posse
de Lula, a renda média mensal dos trabalhadores brasileiros era de
R$ 1.444,14, em dinheiro de hoje, corrigido pela inflação.
Dez anos depois, é de R$ 1.863,60,
29% maior, em valores reais, deflacionados.
A massa total de salários, que soma
tudo o que é recebido como rendimento do trabalho, cresceu ainda mais, com
o aumento da população empregada.
Passamos de R$ 26,8 bilhões, em 2003
(sempre em valores de hoje) para R$ 43,3 bilhões. Um salto de 62,8%, em
valores reais.
Alguém duvida que foi isso que
alimentou a expansão da economia brasileira, muito mais do que qualquer fluxo
de capital estrangeiro?
É preciso manter o sangue-frio e não
jogar fora a criança junto com a água do barco.
Estamos assistindo a um possível
refluxo da “enxurrada de dólares” que a crise nos países desenvolvidos despejou
sobre nós. As reservas brasileiras, imensamente maiores do que eram há uma
década, são uma espécie de “tanque” que tem capacidade além da necessária para
equilibrar a maré.
O que não é possível é, em nome do
fluxo de capitais financeiros, destruirmos as bases reais da economia: produção, emprego, renda e consumo.”
FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog “Tijolaço” (http://www.tijolaco.com.br/index.php/crise-profunda-com-industria-e-emprego-em-alta/).
Acho que você deveria parar de tentar de se fazer de cega, pois você como eu, sabemos que estas manifestações são contra o sentimento de insegurança, corrupção, e etc, e nao contra o desemprego.
ResponderExcluirE não entendo os motivos da critica para a imprensa, nao é a imprensa que está levando mais de 1 milhao de pessoas as ruas, e sim a situação de indignação do povo,principalmente com o Legislativo, tanto que vimos pouquissimas faixas de fora Dilma, na petição online de Impeachmant da Dilma, não tem nem 400 mil votos ainda.
Enfim, sou a favor do portesto contra esse sentimento de insegurança, de falta de educação, de saúde, e nao contra a Dilma, sei também que isso nao se resolve de uma hora pra outra, por isso vamos dar um tempo, para ver como o governo vai agir.
Unknown,
ResponderExcluirVou ter que fazer muita força para acreditar nesse conto de fadas, história da carochinha, de que os objetivos estimulados pela mídia para as manifestações são puros, democráticos, que a direita nacional e internacional e sua contratada imprensa brasileira não querem aproveitar os protestos para usá-los como arma para o afastamento da presidente Dilma, nem para voltar ao poder por quaisquer meios...
Maria Tereza