Nota da Direção Nacional da JPT sobre as
manifestações em todo Brasil.
“Um amplo processo de lutas e mobilizações está
tomando conta das cidades brasileiras. Mobilizações essas alimentadas com
muita, muita disposição de pessoas que decidiram ir às ruas para construir
profundas mudanças no Brasil. No último dia 17 de Junho de 2013, como há tempos
não se via, mais de 300.000 pessoas foram ás ruas das mais variadas cidades
levantar sua bandeira de reivindicação e demonstrar sua indignação.
Mas tudo isso não de forma pacífica e sem
resistência. Mais uma vez, os que se incomodam com povo na rua mostram suas
garras. Na maioria dos atos, a Polícia Militar, de forma antidemocrática,
reprimiu com muita violência e intolerância manifestações pacíficas que tomavam, com muita alegria e disposição, as nossas ruas. A Juventude do PT grita, em alto
e bom som, basta! Chega de violência! Não nos calarão! Não vamos tolerar a
escalada violenta contra os atos políticos. Consideramos as ruas e praças
públicas espaços fundamentais do exercício da cidadania e do debate
democrático.
Essas marchas têm legitimamente pressionado nosso
Partido e nossos Governos a serem mais ousados, e nos abrem a possibilidade de
aproveitar essa favorável conjuntura para avançar ainda mais. Essas manifestações
devem servir como um alerta acerca do mal-estar existente nas juventudes, nos
setores populares, nos grandes centros urbanos. Apesar de o Brasil estar hoje
muito melhor do que na era neoliberal e muito melhor do que estaríamos se os
tucanos tivessem vencido as últimas eleições, ainda assim o país possui grande
desigualdade.
Uma desigualdade que está presente na vida pessoal
e na vida pública. O acesso à habitação, à saúde, à educação, à cultura, ao
esporte, ao lazer, à comunicação, ao transporte e, de maneira geral, o acesso a
tudo aquilo que a vida urbana pode nos oferecer, ainda é distribuído de maneira
totalmente desigual. A isso se agrega a violência, que atinge especialmente as
periferias e os setores populares, inclusive por obra de uma polícia tantas
vezes racista e brutal.
Esta é a oportunidade de ouvir o clamor das ruas e
implementar a tarifa zero nos transportes coletivos e fortalecer uma outra
política de mobilidade urbana; de fazer a democratização das comunicações e
acabar com o poder das grandes corporações midíaticas; de garantir saúde
pública de qualidade em todos os níveis; de garantir os 100% dos Royalties do
pré-sal para educação pública; da taxação das grandes fortunas; de aprovar a
REFORMA POLÍTICA com financiamento público de campanha; de impedir as várias
quebras de direitos humanos; e garantir que o legado da Copa represente os
anseios da população; e outras reivindicações que estão presentes em todos os
atos.
Quanto aos Governos dirigidos pelo Partido dos
Trabalhadores, reivindicamos a postura que marca o modo Petista de governar: reconhecer o movimento, receber suas pautas,
negociar as propostas e avançar nas mudanças. Diferentemente do que alguns
possam pensar, voltar atrás e alterar uma decisão já tomada não é uma demonstração
de fraqueza. Pelo contrário, é demonstração de que os nossos Governos estão a
serviço do povo e dispostos a ouvir os clamores das ruas. Essa sempre foi nossa
maior força e nosso diferencial.
Os rumos que essas grandes manifestações irão tomar
ainda não estão consolidados, pelo contrário, estão sendo disputados por amplos
setores da sociedade, do esquerdismo à direita reacionária, passando pela
grande mídia. Diante disso, não cabe à Juventude do PT ser apenas
telespectadora. Tendo como princípio o respeito à autonomia dos Movimentos
Sociais e seus espaços de deliberação, devemos participar ativamente da
construção dos atos, como sempre fizemos e temos feito, sem com isso abrir mão
de uma atuação organizada e partidária. Levantemos nossas bandeiras!
O antipartidarismo aclamado pela mídia e por alguns
militantes e ativistas (“nossa bandeira é o Brasil”) flerta com o
autoritarismo. Não se sentir representado pelos partidos é um direito, mas o
desrespeito àqueles que neles militam é tão autoritário quanto tratar as
manifestações com caso de polícia.
Esta não é apenas uma nota em solidariedade às
vítimas das agressões da PM ou em apoio aos manifestantes. Isso é muito pouco
para nossa história. Esta é uma convocação a toda militância do Partido dos
Trabalhadores, que sempre esteve acordada, a participar e construir as
mobilizações em suas cidades de forma pacifica.
Chegou a hora de a nova geração de brasileiros
empurrar para frente as mudanças do nosso país!
Por um Brasil cada vez mais justo e democrático, através
da força da sua juventude!
19 de junho de 2013
Direção Nacional da Juventude do Partido dos
Trabalhadores”
Simplesmente um bando de oportunistas filhos de putas.
ResponderExcluirAmorim,
ResponderExcluirVocê tem razão. Infelizmente, há deles por todos os lados. Na mídia direitista, na oposição demotucana, entre os manifestantes.
Maria Tereza