quinta-feira, 31 de outubro de 2013

EUA DESCUMPREM RESOLUÇÃO DA ONU SOBRE CUBA PELA 22ª VEZ


Nos 51 anos, prejuízo 
aos cubanos ocasionado pelo embargo chega a US$1,1 trilhão, estima governo

PELA 22ª VEZ, ASSEMBLEIA GERAL DA ONU PEDE FIM DE BLOQUEIO A CUBA

“A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou na terça-feira (29) o 22º projeto de resolução – em 22 anos – que pede o fim do bloqueio norte-americano a Cuba. Com voto de 188 dos 193 membros do organismo internacional, a decisão se baseou em um relatório do país caribenho sobre os impactos do embargo. Os pedidos [Resoluções da ONU] têm sido repetidamente ignorados pela Casa Branca.

O que se ganha com essa política velha e eticamente inaceitável que não funcionou nos últimos 50 anos?”, questionou o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, perante a plenária. O ministro ainda afirmou que o bloqueio piorou sob a administração de Barack Obama – ironicamente, eleito “para a mudança”.

A resolução se baseia nos princípios de soberania, igualdade entre os Estados e não interferência nos assuntos internos de outros países da Carta da ONU. Cuba, junto com outras nações, denunciaram os Estados Unidos por violações do direito internacional, lembrando as consequências do embargo na sociedade civil cubana.

Entre os afetados, estão os pacientes de um centro cardiológico em Havana que não podem ser atendidos com aparelhos de alta tecnologia porque sua compra não foi autorizada pelos EUA. Segundo o relatório formulado pelo governo cubano, o prejuízo ocasionado à ilha desde o começo do embargo, em 1962, chega a US$ 1,1 trilhão.

O documento também sustenta em suas conclusões que, durante os últimos cinco anos, ocorreu “persistente recrudescimento”, especialmente de sua “dimensão extraterritorial”. “Durante esse período, a pertinaz perseguição e obstrução das transações financeiras internacionais de Cuba se transformou na prioridade da política de asfixia econômica mantida contra o povo cubano”, diz.

A cada dia, há um número maior de bancos no mundo que, por pressões norte-americanas diretas ou indiretas, se negam a realizar transações com Cuba”, afirmou o vice-ministro de Relações Exteriores, Abelardo Moreno, na apresentação do relatório. De acordo com o documento, em dezembro de 2012, o "Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros" dos EUA multou o banco HSBC, com sede em Londres, por um montante de US$ 375 milhões, por realizar operações com Cuba."

FONTE: "Rede Brasil Atual". Transcrito no portal do PT (http://www.pt.org.br/noticias/view/pela_22_vez_assembleia_geral_da_onu_pede_fim_de_bloqueio_a_cuba).

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