terça-feira, 24 de dezembro de 2013

DILMA ROUSSEFF, EM ENTREVISTA PARA AS RÁDIOS “JORNAL AM” E “JC NEWS FM”, DE PERNAMBUCO


Palácio da Alvorada, 18 de dezembro de 2013

[OBS deste blog ‘democracia&política’: esta entrevista foi concedida na quarta-feira passada (18), mas continua perfeitamente atual e com importantes informações. Transcrevo com algumas simplificações na forma, para suprimir repetições e o gaguejar típicos de linguagem falada:]

Jornalista: Nós estamos com a presidenta Dilma neste momento falando para Recife, para Pernambuco, para o Nordeste, pela nossa rede, neste momento, de Brasília.

Eu pergunto, Presidenta Dilma, R$ 724,00, 'o prego foi batido', mas a senhora pode virar ou não virar a ponta. A senhora vira a ponta? É esse o novo salário mínimo?

Presidenta: Bom dia, Geraldo Freire. Bom dia, rádio Jornal AM. Bom dia, Jornal do Comércio News FM. Bom dia, recifenses e pernambucanos.

Olha, Geraldo, é o seguinte: o salário mínimo tem uma regra de correção que é o PIB e a inflação. E nós dependemos do fechamento do PIB para saber se o valor vai ser R$ 722, R$ 723,00 ou R$ 724,00. Se estiver próximo de R$ 724,00, nós arredondamos. Sempre arredondamos para cima o salário mínimo. Agora, o patamar é esse: entre R$ 722 e R$ 724. E, com esse viés para cima, nós sempre damos essa força no salário mínimo, [utilizando o] fator de arredondamento. E o pessoal pode ficar satisfeito, já antecipadamente. O salário mínimo vai sofrer um bom reajuste.

Jornalista: Curiosidade: a senhora está, neste momento, no Palácio ou está falando de casa ainda.

Presidenta:
Eu estou falando, ainda, do Alvorada. Porque aqui embaixo, no Alvorada, no subsolo, tem um local onde é possível fazer essas chamadas com melhor qualidade técnica. Então, quando é assim, eu fico aqui embaixo no subsolo do Alvorada.

Jornalista: Os jornais, hoje, aqui, estão dominados pela sua passagem pelo Recife. Informações com relação à mobilidade, investimentos do governo federal e o nosso assunto, presidenta Dilma, com relação à transposição do São Francisco. Nós nos conhecemos nessa transposição, a primeira entrevista que eu fiz com a senhora foi sobre essa transposição, [assim como] a segunda, a terceira. Parece-me que é a quarta vez que nós estamos conversando. Na primeira, estava o presidente Lula junto. A segunda foi em Caruaru, o ministro Fernando Bezerra com estava junto [com o 
presidente Lula] e a senhora disse: “cobre dele, cobre dele”. Pergunto à senhora: ele já saiu? E como está a transposição do São Francisco?

Presidenta:
Olha, Geraldo, eu queria 
lhe falar o seguinte: o projeto de integração do São Francisco tem 55% das obras concluídas no eixo leste e tem 49% das obras concluídas no eixo norte. Dá, mais ou menos, o seguinte: metade das obras está concluída. Nós tivemos de refazer alguns contratos e de refazer algumas licitações; por isso que houve essa demora. Agora, estão todas as obras civis contratadas, não tem nenhuma obra civil que não esteja contratada. O total do valor do projeto chegou agora a R$ 8,2 bilhões. E nós pretendemos fazer seguinte: na medida em que ele vai sendo concluído, nós vamos dar essa conclusão na sequência. Por exemplo, uma [parte da] obra começou e foi concluída: já tem de chegar a água para a população que vai ser beneficiada. São 12 milhões de pessoas em 390 municípios do agreste e do sertão de Pernambuco, do sertão do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. 7.800 pessoas – mais ou menos, quase 8 mil pessoas – trabalham nesses dois eixos. No eixo leste, as obras civis devem ficar prontas: a primeira etapa até junho de 2014, e compreende a captação no reservatório de Itaparica até o reservatório de Areias; e, entre junho e dezembro de 2015, as outras duas etapas. A segunda etapa é entre o reservatório de Areias, em Floresta, e o reservatório de Barro Branco, em Custódia, em Pernambuco. A terceira etapa é entre Custódia e o reservatório de Poções, em Monteiro, na Paraíba. No eixo norte, vai ficar pronta, até março de 2015, a primeira etapa, que vai da captação do São Francisco até Cabrobó, em Pernambuco; e o reservatório do Jati, no Ceará. A segunda, vai do Jati a Boi II, em Brejo Santo, no Ceará. Além disso, em dezembro de 2015, a terceira etapa, que vai de Boi II para o reservatório Engenheiro Ávidos, em Cajazeira, na Paraíba. Resumindo: entre junho de 2014 e dezembro de 2015, todas as etapas, com todas as obras de engenharia, ficam prontas. E nós já começamos a contratar toda a parte eletromecânica, de tal forma que, cada vez que se conclui uma etapa, os municípios que são beneficiados por aquela etapa já começam a receber água. O que mudou bastante, porque antes faziam assim: faziam um início da obra, depois faziam uma obra lá no meio, e depois faziam uma obra lá no fim. Agora, nós estamos fazendo da forma brasileira, contínua. Começa num ponto, por exemplo, essa primeira etapa, ela começa na captação de Itaparica, chega em Areias, e os municípios beneficiados por esse canal, não é um duto, já começam a ser beneficiados. E isso é muito importante, porque mostra, e deixa claro, o sentido da obra. Qual é o sentido da obra? É beneficiar a população, é garantir que a população dessa região, que não tem acesso à água, passe a ter acesso à água.

Além disso, ai em Pernambuco, é importante dizer, além dessa integração do São Francisco, nós estamos realizando algumas obras que são muito importantes, que são obras estruturantes. Para quê? Para garantir a segurança hídrica em Pernambuco, que são: barragens, adutoras e sistemas de abastecimento. Se eu fosse citar para você, Geraldo, as principais, eu citaria a seguinte: a Adutora do Oeste. Ela já está pronta e beneficia 274 mil pessoas na região do Araripe. No sistema Agrestina, que abrange Agrestina, Altinho, Ibirajuba e Cachoeirinha, também já concluído, beneficiando 48 mil habitantes. A primeira etapa da adutora do Pajeú já está abastecendo todas as cidades e beneficiando 177 mil e 500 pessoas. Aliás, é bom lembrar que a Adutora do Pajeú, tanto Serra Talhada como Afogados, da Ingazeira, já tirou [a população] do colapso, em 2013, quando nós inauguramos um dos trechos. As primeiras duas etapas da Adutora do Agreste ficarão prontas em julho 2015 e vão beneficiar mais de 2 milhões de pessoas em 17 municípios aí na região de Pernambuco.

Jornalista: Uma pergunta política para agradar o pessoal do jornal que está por aqui querendo saber da senhora: o PSDB, possivelmente seu principal concorrente na próxima eleição, o senador Aécio Neves, 
ontem jogou os 12 itens principais e premiando, principalmente, esses itens para a campanha dele: o “Bolsa Família”, dizendo que vai continuar e vai ser reforçado; e falando também do programa “Mais Médicos” que, no caso dele, ele sendo presidente, aprimoraria o programa “Mais Médicos”. A senhora gostou de ouvir isso?

Presidenta: Olha, Geraldo Freire, eu gostei sim, sabe por quê? Porque é sempre bom ver que agora eles reconhecem alguma coisa. Você sabe que, durante um tempo, o “Bolsa Família” foi chamado de “bolsa esmola”. E, hoje, eles não chamam de "bolsa esmola" porque sabem o reconhecimento internacional que esse programa tem. O “Bolsa Família”, junto com o PRONATEC, que é uma forma de incluir produtivamente as pessoas que recebem o “Bolsa Família”, eu acredito que seja um dos melhores programas do governo. Você veja que, do pessoal que está no “Bolsa Família”, no chamado “CadÚnico”, nós já estamos formando, nos cursos do PRONATEC, 850 mil pessoas. Veja que são 850 mil pessoas que têm um curso de formação técnica, que conseguem emprego e que, progressivamente, vão podendo sair do “Bolsa Família”. Só que a gente faz o seguinte, a gente diz para as pessoas: “Você, se conseguir um emprego, vai ainda permanecer um tempo com o ‘Bolsa Família’. A partir desse tempo, você sai do ‘Bolsa Família’, passa a viver do seu salário e, se você, por acaso, perder o emprego, você pode voltar”. Isso para quê? Para dar garantia para as pessoas de que elas não precisam ficar inseguras, que sempre o governo brasileiro vai ter essa iniciativa. São duas iniciativas. Primeira, garantir o “Bolsa Família”. Segunda, dar condições para elas terem um emprego melhor, capacitando-as profissionalmente. Porque o PRONATEC é isso. É um programa de capacitação técnica dos trabalhadores brasileiros e dos estudantes de nível médio. Para os trabalhadores, a gente dá um período de estudo de menos horas. Os estudantes de nível médio ficam um ano e meio a dois. E os trabalhadores, o pessoal do “Bolsa Família”, têm cursos mais rápidos, que são em torno de 240 horas.

Então, veja você, esse é um fato. No “Mais Médicos”, no início do “Mais Médicos”, houve criticas bastante (eu diria para você assim – viu, Gilberto?) ácidas, criticas ácidas sobre o “Mais Médicos”. Por quê? Porque sempre que se faz uma coisa, em vez de o pessoal achar a parte que é boa, que vai melhorar a vida da população, começam a fazer críticas, um pouco sem fundamento. Então, assim fizeram, disseram que o “Mais Médicos” estava incorreto, [chegaram.... eu não estou falando do senador (Aécio), estou falando do partido (PSDB) do senador] fizeram críticas bastante ácidas. Acredito, inclusive, que não votaram a favor do “Mais Médicos”; eu não tenho certeza dessa afirmação que eu estou fazendo, mas, se votaram, eu agradeço antecipadamente e fico muito feliz por terem votado, porque é uma prova que a oposição não pode ser “o quanto pior melhor”.

Agora, do “Mais Médicos”, eu tenho muito orgulho. Tenho muito orgulho porque, quando nós fizemos, estávamos sozinhos, enfrentamos todas as críticas. Estávamos certos de que a população iria achar fundamental. Nós sabemos que o médico leva, para ser formado, seis anos e mais a residência. Então, vamos botar que, em torno de oito anos é o tempo que um médico leva para ser formado. Nós constatamos que não havia médicos suficientes no Brasil. Então, a gente não podia esperar oito anos para atender as pessoas, porque as pessoas têm doença todo dia. O que fizemos? Fizemos uma chamada pública, dando prioridade para médicos brasileiros. Quando não foi suficiente o número de médicos brasileiros, nós chamamos os médicos estrangeiros. E, na verdade, o que acontece? Acontece o seguinte: nós tivemos um pedido, por exemplo, aí em Pernambuco. Aí em Pernambuco, dos 185 municípios, 134 aderiram ao “Mais Médicos”, pediram 532 médicos. Em Recife, por exemplo, foram demandados 34 médicos. E hoje, em atividade, desses 532 médicos que foram pedidos, já tem 433 aí em Pernambuco, beneficiando em torno de 1 milhão, dando cobertura para 1,5 milhão de pessoas. Esse é o cálculo da “Organização Mundial da Saúde” [OMS/ONU].

Quero lhe dizer mais: até março ou abril de 2014, todos os médicos solicitados vão ser colocados aí em Pernambuco. E, mais, eu fico muito feliz do semiárido estar sendo especialmente beneficiado. Hoje, no Brasil, nós temos 1.594 médicos no semiárido, sendo 252 aí em Pernambuco. Agora, se reconhecem [a oposição] que esse é um programa bom, que tem que ser mantido, parabéns. Nós não queremos ser donos da verdade. Sabemos que o que fizemos, fizemos de uma forma a beneficiar a população. São inúmeros os relatos de pessoas que dizem para os prefeitos: “Olha, prefeito, o médico vai, me atende, toca em mim, tira minha pressão, pergunta como é que é minha casa” (para, por exemplo, saber, se uma criança é asmática, por que ela tem crise de asma? Inclusive, eles vão na casa da pessoa para ver o que é que acontece). Então, eu acho que está mudando a relação médico-paciente. O médico está mais próximo, vive na comunidade. As pessoas sentem o médico não como uma pessoa superior, mas como uma pessoa mais próxima dela.

Tudo isso é muito bom, porque vai criando, também, uma forma de atendimento na atenção básica, porque esse médico atende a atenção básica, que é aquele posto de saúde, em que 80% dos problemas que uma pessoa vai ter, ao longo da vida, pode ser resolvido lá no posto de saúde, desde que tenha médico no posto de saúde. Se não tiver, não tem como resolver só fazendo o posto de saúde; tem de ter médico dentro. E se houver alguma coisa mais grave, ele encaminha para outro nível, que é o pessoal, por exemplo, da UPA, da “Unidade de Pronto Atendimento”, que é uma emergência, urgência e emergência. Aí já não são esses médicos do “Mais Médicos”. São os médicos da estrutura. Em 95% dos casos, o problema é resolvido na UPA, se não for resolvido, encaminha para o hospital.

Daí, é uma coisa que eu queria lhe falar: essa questão de trazer os médicos beneficia, de forma indireta, o hospital. Por quê? Se eu consigo resolver os problemas de saúde com o médico, no posto, eu evito a formação de filas nos pronto-socorros, evito que haja fila nos hospitais e, com isso, eu racionalizo o sistema. Então, eu posso lhe assegurar: é um excelente programa. Agora, é bom também registrar: no início dele, na hora que era difícil, não estavam [os do PSDB] nos apoiando, não. A gente teria ficado muito agradecida se eles tivessem apoiado naquela hora. Agora, que o programa está dando certo, é óbvio que vão apoiar.

Jornalista: A gente sabe que está, possivelmente, invadindo o horário do seu café para a gente terminar com uma pergunta sobre economia. O economista Delfim Netto, que até colabora com algumas opiniões favoráveis ao governo, ele tem um comentário importante – acho que a senhora tomou conhecimento disso –, “Às voltas com a tempestade”. E ele diz aqui: “É preciso antecipar-se e convencer a sociedade brasileira de que o governo está atento aos sinais de mudanças e não será surpreendido no 1º semestre em 2014”. Essa recomendação do ex-ministro Delfim Neto, importante economista brasileiro, é para ser levada a sério?

Presidenta: Olha, a gente sempre leva a sério as recomendações do ex-ministro Delfim Netto, por quem tenho grande consideração e respeito. Queria lhe dizer que o governo está extremamente atento ao que está acontecendo no mundo, que tem um lado bom, como tudo na vida tem um lado ruim. O lado bom é que os Estados Unidos estão se recuperando, está aumentando o emprego nos Estados Unidos, está havendo maior crescimento da indústria; enfim, vários sinais de que a economia americana entrou numa rota de recuperação. Se isso acontece, isso é muito bom para o mundo e para o Brasil em especial, por quê? Porque a economia americana é uma economia muito, muito, mas muito forte no que se refere ao comércio internacional, aos investimentos. De outro lado, como eles fizeram uma política monetária extremamente expansionista, eles colocam, para você ter uma ideia, Geraldo, R$ 85 bilhões por mês, não é? Ali, no mercado. O mercado acostumou-se com os R$ 85 bilhões mensais.

Então, o que o ministro alerta é para o seguinte: quando o governo americano, por meio do FED – “Federal Reserve”, que é o Banco Central deles -, começar a reduzir esses R$ 85 bilhões, ninguém sabe se ele vai reduzir R$ 10 bilhões por mês, ou se ele vai reduzir R$ 15 bilhões, ninguém sabe. E ele vai começar. Já fez vários sinais nessa direção. Em junho, por exemplo, eles começaram a falar isso e deu uma turbulência no mercado: subiu o dólar e desvalorizaram todas as moedas internacionais. Nós estamos extremamente preparados para isso. O Banco Central está preparado; o Banco Central está atento a esse fato. E isso será algo que vai acontecer momentaneamente, não vai ficar essa história da tempestade. É o seguinte: ela começa e passa. O que nós temos de estar preparados é para não deixar que a turbulência eventualmente [nos atinja]. Também, não se sabe se uma parte disso já está "precificado", porque já houve toda essa movimentação. Nós estamos preparados para que isso [a redução dos subsídios nos EUA] aconteça. Por que nós estamos? Não é só por causa da nossa vontade; é por situações muito concretas. A dívida liquida do Brasil é 35%. Recentemente, nós recebemos o presidente da França. A dívida líquida da França está acima de 100%. A nossa inflação está sob controle e vai fechar, pelo 10º ou 11º ano consecutivo, sob controle, ou seja, dentro da meta; a meta é 4,5% com dois para cima, dois para baixo, ela vai fechar dentro da meta.

Nós temos tido grande volume de "investimentos diretos estrangeiros" aqui no Brasil. Aliás, se você vir o 'ranking', nós somos o 3º ou o 4º, dependendo se você contar a China e Hong Kong juntos somos o 3º. Se você separar a China e Hong Kong, somos o 4º. É [o 'ranking':] Estados Unidos, China/Hong Kong e Brasil. Ou Estados Unidos, China, Hong Kong e Brasil. Nós temos reservas e sabemos usá-las, temos desemprego muito baixo. Então, não há nada que a gente não possa fazer para passar esse período com tranquilidade. É essa a mensagem que eu quero dar. Vai ter, de fato, esse momento de saída da política monetária expansionista nos Estados Unidos, mas o Brasil nunca esteve tão preparado. Nós não estamos mais naquela fase que o pessoal dizia: “espirrou nos EUA, pneumonia no Brasil”. Eu acho a imagem do Delfim uma imagem que a gente tem de cuidar. Nós sabemos que pode haver uma tormenta, queremos que ela seja rápida e não tenha os efeitos graves sobre nós.

Quero lhe dizer mais uma vez: o Brasil está preparado. Nós vamos tranquilamente - eu falo é com aquela determinação que a tranquilidade dá, aquela frieza que a tranquilidade dá - enfrentar esse momento de dificuldade. Não há nada que o Brasil, hoje, não possa segurar.

Jornalista: Então, para encerrar, e agradecendo já à senhora, a senhora está contando, certamente, com a audiência, agora, do governador Eduardo Campos. Tem algum recado para ele? Ou tudo que queria dizer a ele disse ontem?

Presidenta: Olha, eu queria agradecer a recepção bastante fraterna e respeitosa do governador Eduardo campos, e também da dona Renata que, apesar de estar com sete meses de gravidez, foi lá me receber. Sempre gostei muito da Renata, sempre tive com a Renata uma relação muito especial, e com a família do governador também. Respeito e respeitei toda a família dele. Gostei muito do doutor Arraes, que, aliás, eu quero lhe dizer uma coisa, sabe Geraldo? Ele me dava a honra, quando eu ia no Recife, de me esperar no aeroporto, porque é daquele jeito, assim, do doutor Arraes, que o pessoal falava que, quando ele não queria ser entendido, ele não era entendido. Eu quero lhe dizer uma coisa: eu sempre entendi tudo que ele falava, porque ele sempre falou muito claro comigo.

Jornalista: Pronto, então, feliz Natal para a senhora. 

Presidenta: Eu quero desejar um feliz Natal para você, viu, Geraldo, para os nossos ouvintes da Rádio Jornal AM, da Rádio JC News FM, e para todos os pernambucanos, em especial, aí, para os recifenses que nos acompanham nesta manhã. Um grande abraço. E também feliz ano novo para todos nós. E esperamos um 2014 muito melhor que 2013.

Ouça a íntegra da entrevista (25min25s) da Presidenta Dilma”

FONTE: Blog do Planalto   (http://www2.planalto.gov.br/imprensa/entrevistas/entrevista-concedida-pela-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-para-as-radios-jornal-am-e-jc-news-fm-de-pernambuco-palacio-da-alvorada-df/view).

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