sábado, 21 de dezembro de 2013

PETROBRAS PREVÊ PRODUÇÃO GIGANTE NO “CAMPO DE FRANCO” (“BÚZIOS”)


PETROBRAS PREVÊ PRODUÇÃO GIGANTE NO “CAMPO DE FRANCO” (que se chamará “BÚZIOS”). SÃO MAIS 10 BILHÕES DE BARRIS!

Por Fernando Brito

“A Petrobras enviou na noite de quarta-feira à Agência Nacional de Petróleo a declaração de comercialidade do ‘campo de Franco’, que será rebatizado de ‘Búzios’.

A nota divulgada pela companhia não contém o volume total das reservas estimadas na área, limitando-se a dizer que ela atende ao volume estimado no contrato de cessão onerosa pelo qual a União concedeu à empresa o direito de explorá-lo, em troca de ações da companhia emitidas no processo de capitalização de 2010, que é de 3 bilhões de barris.

Mas é possível estimá-las, grosso modo, pelo número de sistemas de produção que a empresa propõe-se a instalar, na previsão de operações que remete à ANP.

Serão cinco, cada um deles com capacidade de extrair e processar 180 mil barris de óleo por dia, que entram progressivamente em operação de produção entre o segundo semestre de 2016 e o final de 2019.

Isso, uma previsão inicial, que pode e será revista ao longo da exploração da área e à medida que se completar a extensão do contrato de exploração firmado com a União.

Um sistema de produção, em geral, concentra uma dúzia de poços ou pouco mais.

Somados, portanto, os cinco sistemas representam produção diária de perto de 900 mil barris /dia. E perto de 70 poços extratores, além de quantidade semelhante de poços injetores, que bombeiam gás ou água para forçar a saída do petróleo. Cada poço custando na ordem de grandeza de cerca de US$ 5o milhões, isso porque o conhecimento geológico os barateia.

900 mil barris são 40% de tudo o que hoje extrai a Petrobras, em todos os seus poços.

Nos 35 anos de contrato, descontados os declínios de produção com a continuidade da exploração e as paradas operacionais programadas das plataformas, 900 mil barris diários representam algo entre 9 e 10 bilhões de barris, se considerarmos que novos sistemas compensem as perdas pelo amadurecimento das primeiras áreas exploradas.

Um volume semelhante ao “campo de Libra”, onde as estimativas variam entre 8 e 12 bilhões de barris.

“Búzios”, ex-“Franco”, é um campo gigantesco, equivalente ou até maior que “Libra”, como se previu aqui.

E todo da Petrobras, que começa agora a negociar com a União como se fará a extensão dos 3 bilhões contratados para o triplo do volume.

Será que agora é possível compreender – para os que não entenderam o leilão de “Libra” -, o tamanho do desafio que isso representa?

Será que agora é possível compreender porque atacam tanto a Petrobras?”

FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog “Tijolaço”  (http://tijolaco.com.br/blog/?p=11733).

COMPLEMENTAÇÃO:

DECLARAÇÕES DE COMERCIALIDADE DAS ÁREAS DA CESSÃO ONEROSA “FRANCO” E “SUL DE TUPI




Do blog “Fatos e Dados”, da Petrobras

“Leia abaixo o comunicado, divulgado na quinta-feira (19/12) pela nossa área de ‘Relacionamento com Investidores’, sobre ‘Declarações de Comercialidade’ das áreas da Cessão Onerosa ‘Franco’ e ‘Sul de Tupi’:

“A Petrobras comunica que apresentou hoje à ‘Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis’ (ANP), a ‘declaração de comercialidade’ das acumulações de petróleo e gás de ‘Franco’ e ‘Sul de Tupi’, áreas previstas no contrato de Cessão Onerosa, localizadas no pré-sal da Bacia de Santos.

Na proposta encaminhada à ANP, os nomes sugeridos para os novos campos foram ‘Búzios’ e ‘Sul de Lula’ para ‘Franco’ e ‘Sul de Tupi’, respectivamente.

“FRANCO” – “CAMPO DE BÚZIOS”

O volume contratado por meio da Cessão Onerosa para a área de “Franco”, de 3,058 bilhões de barris de óleo equivalente, foi constatado na fase exploratória. Os reservatórios do pré-sal, nesse campo, são portadores de óleo de boa qualidade (entre 26º e 28 º API).

Durante a execução do “Plano Exploratório Obrigatório de Franco”, a Petrobras adquiriu dados sísmicos 3D em toda a área, perfurou dois poços obrigatórios e seis adicionais, com o objetivo de delimitar e caracterizar os reservatórios da jazida. Além disso, foi realizado um teste de formação estendido.

O “campo de Búzios” está localizado a, aproximadamente, 200 km da costa do Estado do Rio de Janeiro em profundidade d’água entre 1.600 e 2.100 metros.

O “Plano de Negócios e Gestão 2013-2017” da Companhia planeja a entrada em operação de cinco sistemas de produção para o “campo de Búzios” até 2020, conforme abaixo:

Búzios 1 – 3º trimestre de 2016
Búzios 2 – 4º trimestre de 2016
Búzios 3 – 3º trimestre de 2017
Búzios 4 – 4º trimestre de 2017
Búzios 5 – 4º trimestre de 2019

“SUL DE TUPI” – CAMPO DE “SUL DE LULA”

O volume contratado por meio da Cessão Onerosa para a área de “Sul de Tupi”, de 128 milhões de barris de óleo equivalente, foi constatado na fase exploratória. Os reservatórios do pré-sal, nesse campo, são portadores de óleo de boa qualidade (27º API).

A Petrobras adquiriu dados sísmicos 3D em toda a área e perfurou um poço, conforme previsto no “Plano Exploratório Obrigatório”.

O campo de “Sul de Lula” está localizado a, aproximadamente, 300 km da costa do Estado do Rio de Janeiro, em profundidade d’água em torno de 2.200 metros.

A produção do campo de “Sul de Lula” será feita por meio do mesmo sistema de produção previsto para o módulo Extremo Sul do “campo de Lula”. O “Plano de Negócios e Gestão 2013-2017” da Companhia planeja o primeiro óleo desse sistema para o 1º trimestre de 2017.

Com as declarações de comercialidade das áreas de “Franco” e “Sul de Tupi”, inicia-se o processo formal de revisão do contrato de Cessão Onerosa, que será realizada bloco a bloco, levando-se em consideração as premissas técnicas e econômicas de cada área.”

FONTE da complementação: blog “Fatos e Dados”, da Petrobras  (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2013/12/19/declaracoes-de-comercialidade-das-areas-da-cessao-onerosa-franco-e-sul-de-tupi/).

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