terça-feira, 27 de maio de 2014

PROBLEMAS PESSOAIS NA VERGONHA DE RONALDO



[OBSERVAÇÃO deste blog 'democracia&política': 


Há poucos dias, Ronaldo "Fenômeno" deu uma declaração sobre o esforço do Brasil de bem sediar a Copa do Mundo que causou, e continua causando, grande repercussão. Disse que sente vergonha do Brasil. 

Foi aplaudidíssimo pela mídia. Ganhou apoio em capas de revistas semanais, manchetes dos jornalões, enfim, proliferam inúmeras reportagens sobre atrasos nas obras de mobilidade que poderiam ser boas para a Copa, críticas à inflação, Petrobras, "Bolsa Família", cotas para negros, inflação explosiva, "Mais Médicos", pibinho, "Estado inchado", "excesso de gastos públicos" no social etc, todas as matérias enfatizando o conceito: "Sinto vergonha do Brasil". Até já falam em Ronaldo ser vice na chapa de Aécio Neves, de quem logo ganhou endosso e elogios. Ronaldo, no mesmo dia da sua envergonhada declaração, declarou apoio a eleição do tucano. 

Este blog, por outro lado, compreende a vergonha do jogador. É trauma antigo. Justificando-o, em solidariedade, transcrevo a seguinte reportagem do "Estadão", em 04 de maio de 2008. Recordando]:

"Ronaldo e o problema com travestis: 'Fiz uma grande besteira'



Atacante garante ser 'completamente heterossexual' e reforça o sonho de jogar no Flamengo em breve

Por Roberta Pennafort, do "O Estado de S. Paulo"

"O atacante Ronaldo disse neste domingo, em entrevista ao 'Fantástico', da 'TV Globo', estar "completamente arrependido e envergonhado" do episódio que viveu no início da semana passada, em que se envolveu com três travestis. Ele ratificou que não usou drogas e que não percebeu que as "garotas de programa" não eram mulheres. Garantiu que é "completamente heterossexual".

"Eu fiz uma grande besteira na minha vida pessoal. Todos nós estamos sujeitos a errar. Eu cometi o grande erro de buscar esse programa", disse, abatido, à apresentadora Patrícia Poeta. "Chorei muito." Com quinze minutos (após a edição), a entrevista - a primeira depois da confusão, que acabou na delegacia da Barra da Tijuca - foi gravada no sábado, na casa de veraneio da mãe do atacante do Milan, em Angra dos Reis, litoral Sul do Rio de Janeiro.

Ronaldo apareceu de camiseta branca, bermuda amarela e chinelos. Disse acreditar que o caso irá "manchar" sua "vida pessoal pra sempre"; no entanto, considera que um dia poderá até "rir dessa história, fazer piada disso." "Sofri com as pessoas ‘sacaneando’, dizendo ‘cuidado com o traveco’", contou, num momento de descontração.

Para Ronaldo, o programa foi "a pior decisão" de sua "vida pessoal". "Eu sou um ser humano, tenho minhas fraquezas, tenho meus medos, tenho tudo que uma pessoa normal tem. De alguma forma, como Ronaldo Fenômeno - desculpe falar na terceira pessoa -, eu me aproveito dessa situação pra me aproximar mais das pessoas." Pensa em processar os travestis? - perguntou a apresentadora. "Eu me processaria. A minha consciência está ainda pesada por este ato".

O jogador contou que tinha brigado com a namorada, Bia Antony, naquela noite - "uma briga boba". Ronaldo e as travestis foram parar na delegacia da Barra da Tijuca na manhã de segunda-feira. Ele havia assistido ao jogo entre Botafogo e Flamengo, primeira partida da final do Campeonato Carioca, no Maracanã, no domingo à tarde. Após a partida, foi a uma boate na Barra e, na saída, passou pela Avenida Sernambetiba.

Lá, resolveu contratar garotas de programa. Só ao chegar ao motel, perto dali, é que o jogador teria percebido que se tratava de travestis, e não de mulheres. O travesti Andréa Albertini (André Luiz Albertini) confirma que o jogador não percebera sua condição, mas diz que Ronaldo fez, sim, sexo com sua amiga, a também travesti Carla Tamini. Ronaldo desmente: "Chegando ao local, eu comprovei que se tratava de travesti. Tentei concluir ali, de modo que eu pudesse voltar pra casa. Não consegui, daí começou toda a extorsão."

Ele prossegue: "Foi um ato isolado, completamente estúpido da minha parte. Em nenhum momento soube que era travesti. Sou completamente heterossexual. Pouco importa o que ela fala ou deixa de falar. O importante é que meu erro criou um problema muito grande, uma repercussão mundial e graças a Deus os fatos e tudo que eu falei no meu depoimento ao delegado Carlos (Nogueira Pinto, da 16ª Delegacia Policial, da Barra da Tijuca) está sendo investigado e comprovado."

Ronaldo terminou a entrevista dizendo que mantém o sonho de jogador no Flamengo, depois que o contrato com o Milan terminar".

FONTE: reportagem de 
Roberta Pennafort, do "O Estado de S. Paulo" (http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,ronaldo-e-o-problema-com-travestis-fiz-uma-grande-besteira,167234,0.htm). [Título, imagem obtida no google e observação inicial entre colchetes e em azul adicionados por este blog 'democracia&política'].

2 comentários:

  1. Reportagem baixíssima, vergonhosa. Ronaldo tem todo o direito de opinar e, ainda acho, que não falou mentira. Ele, também, não falou que tinha vergonha do Brasil, falou que tinha vergonha com os atrasos nos preparativos para a Copa. Esse blog deveria se chamar PTcracia & política. Vocês são como a revista Veja e o Globo: tendenciosos, manipuladores, deturpadores. Não tem credibilidade para informar o povo.

    Sandro

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  2. Sandro,
    Obrigada por comentar.
    Um detalhe: não somos filiados ao PT, nem temos qualquer interface com o partido. Contudo, recriminamos todos os partidos e pessoas antinacionais, antibrasileiros.
    No caso em questão, sabemos todos que há grandes interesses em denegrir tudo que seja relacionado com a Copa no Brasil somente porque ela foi conseguida pelo governo Lula. Assim, o sucesso da Copa prejudica a volta ao pleno poder no Brasil da direita internacional (megafinanceiras e empresas e seus auxiliares nativos).
    Ronaldo tem todo o direito de opinar e assim o fez demonstrando ingenuidade ou seu apoio já declarado ao candidato da direita (Aécio). Foi antinacional e merece crítica.
    A reportagem acima, por coincidência, foi feita pelo jornal "Estadão" que antes das eleições de 2010 se declarou tucano-serrista em editorial. Talvez o viés crítico da reportagem ao Ronaldo tenha sido porque o jogador ainda não se declarara tucano.
    Maria Tereza

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