domingo, 25 de maio de 2014

O COMANDO ESTRANGEIRO DE AÉCIO E CAMPOS




[OBS deste blog 'democracia&política': 

Os dois candidatos da direita não são leigos, ingênuos. Assim, defendem determinadas medidas econômicas e políticas porque sabem exatamente o que quer o verdadeiro comando supremo. 

Sabem o que querem os megagrupos financeiros e econômicos estrangeiros que comandam grande parte do mundo, a nossa mídia e a oposição de direita (PSDB,DEM,PPS, neoPSB, STF, principalmente). 

Sabem que o poder desses grupos, carinhosa e eufemicamente chamados de "mercado", é maior na medida em que haja menor participação popular, seja menor o poder político nacional e seja menor a participação do Estado. Não era à toa que o servil e útil governo FHC/PSDB pregava o "Estado mínimo" como o suprassumo "da modernidade".

Vejamos o seguinte artigo, surpreendentemente publicado na tucana Folha de São Paulo]:

Por FERNANDO RODRIGUES

Ideias regressivas

"Os pré-candidatos ao Planalto pelo PSDB, Aécio Neves, e pelo PSB, Eduardo Campos, defendem o fim da reeleição, mandatos de cinco anos e coincidências de todas as disputas eletivas, de vereador a presidente da República.

Para ir direto ao ponto, essas ideias de Aécio Neves e de Eduardo Campos são regressivas, induzem a menor participação popular e desidratam a democracia.


Hoje, brasileiros votamos a cada dois anos. Aécio e Campos querem ouvir os eleitores só a cada cinco anos: votem e fiquem quietos até a próxima eleição. Parecem desconhecer que as pessoas estão indo às ruas reclamar da baixa conexão com os políticos. Querem influir mais. Os candidatos de oposição vão na direção oposta. Sugerem aprofundar a distância entre os cidadãos e o poder.

O argumento a favor de eleições só a cada cinco anos é frágil. Eis a síntese: "O Brasil para a cada dois anos por causa das eleições". Não é verdade. Nada para. Todos continuam a trabalhar. Nem feriado há, pois a disputa é sempre no primeiro domingo de outubro. Democracias consolidadas têm eleições anuais. Funcionam muito bem. Por aqui, aliás, a Copa do Mundo paralisa muito mais os brasileiros do que uma eleição.

E a reeleição? "O prefeito, o governador ou o presidente que deseja mais um mandato faz o diabo para ficar no cargo" [Exemplo: a milionária compra de votos para a reeleição e permanência de FHC/PSDB-DEM no poder, com total apoio da mídia direitista]. Verdade? Às vezes sim, às vezes não. Mas não é esse o ponto. Mesmo sem reeleição, os governantes já praticavam estripulias. Um exemplo clássico se deu em São Paulo, em 1990: Orestes Quércia estropiou o Banespa (antigo banco estatal paulista) para eleger Luiz Antônio Fleury no seu lugar.

As propostas de Aécio e Campos sinalizam uma reforma política analógica. Eles estão longe de entender o que seria necessário para aperfeiçoar o sistema eleitoral do país.

Por sorte, reforma política é algo muito falado e nunca executado. O Brasil não merece essas ideias."


FONTE: escrito por FERNANDO RODRIGUES no jornal tucano "Folha de São Paulo" (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/167427-ideias-regressivas.shtml). [Título, imagem do google e trechos entre colchetes em azul adicionados por este blog 'democracia&política']

2 comentários:

  1. Por isso temos que correr desses dois candidatos. Não podemos e não queremos regredir. A opção lógica para continuar progredindo e fugirmos desses comandos perniciosos é reeleger a Presidenta Dilma Rousseff.

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