segunda-feira, 23 de junho de 2014

APÓS EGITO CONDENAR À MORTE 183 MANIFESTANTES, EUA CONCEDEM US$ 572 MILHÕES



O presidente que assumiu após o golpe militar apoiado por EUA e Israel


Os condenados à morte participaram de manifestações a favor do deposto presidente Mohammed Mursi, que foi o primeiro presidente civil e primeiro eleito democraticamente em seu país

[OBS deste blog 'democracia&política': em decorrência das manifestações dos egípcios que protestaram contra o golpe militar da direita que destituiu o presidente eleito Mohammed Morsi no ano passado (jul), o tribunal penal da cidade de Minia, no Egito, condenou à morte 183 seguidores da Irmandade Muçulmana, conforme divulgado na semana que passou. O pretexto para a condenação em massa foi a morte de um militar nos confrontos de repressão aos protestos. Os EUA, Israel e a mídia internacional apoiaram o golpe desde os primeiros dias. Pouco ou quase nada foi publicado na mídia internacional e brasileira contra as inusitadas numerosas sentenças de morte. Um dia depois da confirmação de 183 condenações à morte, os EUA já foram premiar os golpistas com US$ US$ 572 milhões. Vejamos a notícia abaixo]:

Kerry faz visita surpresa ao Egito e Estados Unidos retomam ajuda financeira

Do Cairo, pela "Agência Lusa"

"Os Estados Unidos liberaram ajuda financeira de US$ 572 milhões ao Egito, anunciaram hoje (22) autoridades norte-americanas em uma visita surpresa do secretário de Estado, John Kerry. ao Cairo. Trata-se da primeira visita de uma alta autoridade norte-americana depois da posse do presidente Abdel Fattah al-Sissi, o ex-chefe do Exército que destituiu o presidente Mohammed Mursi em julho do ano passado.

A ajuda financeira foi desbloqueada há cerca de duas semanas, com o sinal verde dado pelo Congresso dos Estados Unidos. O montante representa uma parte substancial da ajuda norte-americana a seu aliado – US$ 1,5 bilhão, incluindo US$ 1,3 bilhão em ajuda militar – que estava congelada desde outubro, condicionada à "implementação de reformas democráticas" [sic!!!] no país.

Jonh Kerry terá um encontro com o chefe de Estado egípcio, que prestou juramento há duas semanas, a quem deverá [fingir] transmitir as reservas de Washington sobre a repressão e as táticas de governo, que, segundo dos Estados Unidos, dividem a sociedade egípcia. Kerry afirmou que que a transição de poder no Egito atravessa “um momento crítico”.

A viagem ocorre um dia depois da confirmação de 183 condenações à morte por um tribunal egípcio, incluindo a do líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie. Durante a visita ao Cairo, prevista para durar algumas horas, Kerry se encontrará também com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sameh Shoukri, antigo embaixador egípcio em Washington.

O secretário de Estado inicia no Cairo um périplo pelo Médio Oriente e pela Europa, a fim de debater com os aliados dos Estados Unidos a situação no Iraque e a necessidade de formar um governo de unidade no país, onde extremistas islâmicos continuam a ganhar terreno. Depois do Cairo, John Kerry viaja para Amã para encontros com o secretário de Estado da Jordânia, Naser Yudeh."

FONTE: do Cairo, Egito, pela "Agência Lusa". Transcrito pela "Agência Brasil"  (http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-06/john-kerry-faz-visita-surpresa-ao-egito-e-eua-retomam-ajuda-financeira). [Título, imagens do google, suas legendas e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

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