quinta-feira, 19 de junho de 2014

O AVANÇO DE NICOLLELIS SOBRE OUTROS EXOESQUELETOS




O desenvolvimento de exoesqueletos para fins militares

Por junior50


(Endereço interessante, para começar o assunto: www.army-technology.com/features/featuremilitary-exoskeletons-uncovered-...)

"Trata-se do Projeto TALOS ( tactical assault light operator suit ), um programa desenvolvido há anos pela DARPA, sob responsabilidade da Lockheed-Martin (engenharia) e Raytheon (softwares), como "prime-contractors", associados a algumas universidades americanas e pequenas empresas de informática. É bom saber que não apenas os Estados Unidos possuem tal projeto, como a Rússia, França e Alemanha também trabalham em iniciativas semelhantes, na Ásia, a China (com apoio russo) e Japão (com apoio americano) também se interessam pela tecnologia.

Claro, que como todos os programas nacionais de defesa, verbas nunca faltam, laboratórios, acesso a materiais estratégicos, chips de alta performance, também nunca deixam de existir, e como o capitalismo influi em todas as áreas, a concorrência tambem é feroz, tanto que o "Bell Laboratories" desenvolveu um próprio, e o demonstrou ano passado (USMC - Camp Lejeune). Portanto "exoesqueletos" não são uma "novidade" - na área de defesa/militar.

MAS, comparar um TALOS, ou similar, com o exoesqueleto terapêutico da Duke/Nicollelis e associados, é típico da desinformação, ou ignorância pura, que são comuns a nossos (de)formados em comunicação social, os alcunhados de "jornalistas/analistas/comentaristas", por serem produtos, que apesar de oriundos de uma mesma base de pesquisa, são completamente diferentes - Por quê?

Sem alongar muito ou tecnicalizar, um TALOS ou um SdF (francês), são destinados a usuários perfeitamente hígidos, portanto as conexões de software são primárias/simples, sendo a maior parte do desenvolvimento relativo ao projeto de engenharia (partes moveis, materiais, análise de resistência, persistência, resistência ao combate etc) e aos sistemas de comunicação e interação ambiental ( suporte de vida ) - creio que deu para entender o básico.

Já o de Nicollelis e associados internacionais é um projeto colaborativo internacional, CIVIL e ACADÊMICO ( verbas limitadas a doadores), voltado a área terapêutica/reabilitação motora, portanto necessitando basicamente do auxílio da neurociência, além de muito mais capacidade de processamento e atuadores cinéticos com resposta mais rápida - Por quê ?

Um soldado hígido pode utilizar um TALOS ou um FzF (alemão) apenas com treinamento básico no sistema, não sendo necessária nenhuma interação miocinética ou esqueletal, eles são "HÍGIDOS".

No "exoterapêutico", a ação da neurociência é a razão de ser do equipamento, pois é destinado a pacientes com algum comprometimento medular, portanto a neurociência, além de utilizar-se do equipamento de engenharia, tem que "refazer" as conexões cerebrais - através de modificações de software agregados a impulsos com reação miocinética - que irão dar origem ao "movimento" ( a neurociência sabe, o cérebro tem "plasticidade", portanto trabalhar outras conexões neurais, é perfeitamente possivel - atalhos).

É um produto muito mais sofisticado.

P.S.: Do jeito que a mídia vai, seria interessante que o inútil curso de "Comunicação Social" se renovasse e tivesse algumas aulas de Física, Engenharia, Matemática Financeira, TI."


FONTE: postagem de junior50  no "Jornal GGN"  (http://jornalggn.com.br/noticia/o-desenvolvimento-de-exoesqueletos-para-fins-militares).

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