quinta-feira, 17 de julho de 2014

A LUTA DA PETROBRAS CONTRA OS INTERESSES DAS PETROLEIRAS ESTRANGEIRAS



IMPRENSA BRASILEIRA CONTINUA DEFENDENDO INTERESSES DAS PETROLEIRAS ESTRANGEIRAS

[OBS deste blog 'democracia&política': 

Continua em curso a estratégia de depreciar a Petrobras, para forçar a sua privatização total e venda com baixo custo para empresas estrangeiras, como já estava em curso no governo FHC/PSDB e foi interrompido em 2003. É grande a pressão das grandes petroleiras internacionais, especialmente as dos EUA, por meio da sua comprada mídia (inclusive a brasileira) e dos nossos partidos da direita (como o PSDB, DEM, PPS e mais recentemente o PSB). 

Essa estratégia compreende a permanente e intensa divulgação de informações falsas e negativas contra a empresa brasileira. 

Antes da ideal [sic] venda da Petrobras para empresa estrangeira, querem para o pré-sal, em etapa mais imediata, a adoção do "modelo de concessão" e não o decidido "modelo de partilha". O modelo de concessão, implantado no governo FHC/PSDB, é muito generoso para as petroleiras estrangeiras e para seus países-sede, e prejudicial à Petrobras e ao Brasil. 
Neste artigo, a Petrobras responde ao "Estadão" um desses costumeiros ataques.

Esse jornal "O Estado de São Paulo" é o mesmo que confessou, em editorial antes das eleições de 2010, que ele era favorável à eleição de José Serra (PSDB) (contra Dilma). Segundo foi revelado para o mundo pelo "Wikileaks", José Serra já se havia comprometido secretamente com a petroleira estadunidense Chevron que, se eleito, tiraria a Petrobras do modelo de partilha na exploração do pré-sal e reverteria essa exploração para o modelo de concessão, como queria e quer a Chevron e as grandes petroleiras estrangeiras]. 

     
[Serra e o revelador da conversa secreta, o australiano Assenge, do Wikileaks]

Do blog "Fatos e Dados", da Petrobras:

"Em relação ao artigo “É preciso tirar a Petrobras do palanque”, de autoria do colunista Adriano Pires, publicado em 14 de julho de 2014, afirmamos que o alcance da marca de 500 mil barris por dia (bpd) de produção de petróleo no pré-sal brasileiro é, sim, fruto do trabalho incessante, da capacidade técnica e do comprometimento de nossos empregados e, por isso, motivo de orgulho para toda a força de trabalho.

Consideramos fundamental e bem sucedido o trabalho em parceria desenvolvido com nossos sócios, por meio do qual é possível mitigar riscos, quando somamos nosso conhecimento, experiências e habilidades. Isso vale para todos os nossos segmentos de negócios, inclusive a área de refino, na qual há o pressuposto de implantação das refinarias Premium I e II mediante parcerias e de acordo com as métricas internacionais de prazo e custo da obra.

O colunista comete equívoco ao afirmar que “a marca de 500 mil b/d do petróleo já poderia ter sido alcançada e até mesmo superada caso se tivesse mantido o modelo de concessão” ou “se o campo de Libra tivesse sido leiloado em 2009”. Se o campo de Libra tivesse sido leiloado em 2009, atualmente estaria em fase exploratória, dentro do Plano de Avaliação da Descoberta, com a perfuração de poços de delimitação. Ou seja, a produção ainda não teria sido iniciada.

Também é falha a comparação da evolução da produção do pré-sal brasileiro com o tight-oil americano. A produção do tight-oil ocorre em um ambiente de alto grau de maturidade da indústria do petróleo e que demanda uma infraestrutura muito mais simples daquela que precisa ser instalada em lâmina d’água profunda e a 300 km da costa, como é o caso do pré-sal.

O Mar do Norte e o Golfo do México são ambientes comparáveis ao pré-sal, nos quais fica claro o desenvolvimento mais rápido da província brasileira. A marca de 500 mil barris por dia do pré-sal ocorreu apenas oito anos após sua primeira descoberta. Na porção americana do Golfo do México, foram necessários 20 anos para se atingir essa marca. No Mar do Norte, o patamar foi atingido em 10 anos.

Outro ponto: não há “inesperada e acentuada queda de produção nos poços da Bacia de Campos”. Os campos da Bacia de Campos, como é natural em qualquer província petrolífera, apresentam declínio natural do potencial de produção dentro do esperado. A produção de petróleo da Bacia de Campos em 2013 foi de 1.531 mil barris por dia, contra produção de 1.693 mil barris por dia em 2009, ano da maior produção de sua história. Isso significa uma queda de produção de apenas 9,6% nos últimos quatro anos.

Ainda na Bacia de Campos, além do aumento da eficiência dos sistemas já implantados, foram colocados em produção nos últimos meses as plataformas P-63 no campo de Papa-Terra, P-55 e P-62 em Roncador e P-58 no Parque das Baleias, e será colocado em produção a P-61 em Papa-Terra no segundo semestre de 2014. No entanto, há de se ter a clareza que a participação relativa da produção da Bacia de Campos reduzirá à medida em que a produção do pré-sal na Bacia de Santos se eleve nos próximos anos.

Não temos dúvidas de que a nossa contratação para a produção dos volumes excedentes da cessão onerosa é oportunidade inigualável. Empresas de petróleo almejam ter acesso a volumes potenciais dessa magnitude com risco e custos exploratórios tão baixos.

O acesso ao excedente da cessão onerosa nos permitirá cumprir e até elevar nossas metas de produção a partir de 2020 sem a necessidade de incorrer nos custos e riscos associados à aquisição de novas áreas e respectiva campanha exploratória. Estimamos que essa economia seja de US$ 18 bilhões entre 2015 e 2021, considerando os custos de bônus de assinatura nas licitações, sísmica, perfuração de poços pioneiros e de delimitação que seriam necessários para descobrir volumes similares.

Quanto à “perda de cerca de R$ 13 bilhões em valor de mercado em dois dias”, quando da divulgação desta contratação dos volumes excedentes da cessão onerosa, entendemos que a volatilidade dos nossos papéis é natural e esperada em prazos tão curtos, sendo melhor absorvido pelo mercado à medida que eventuais dúvidas são esclarecidas. Cabe ressaltar que o nosso valor de mercado fechou em R$ 238 bilhões (em 14 de julho), ganho de R$ 20 bilhões desde a data apontada pelo colunista, mais do que recuperando a “perda” ou reação negativa do mercado citada em seu texto.

A contratação dos volumes excedentes da cessão onerosa não impactará materialmente a financiabilidade do Plano de Negócios e Gestão 2014-2018. Nosso caixa fechou o 1º trimestre de 2014 com R$ 78,5 bilhões e o bônus de R$ 2 bilhões a ser pago não exigirá novas captações para o ano de 2014 além das que já foram efetuadas.

Os desembolsos de R$ 13 bilhões de 2015 a 2018, caso ocorram, a título de antecipação de óleo lucro da União, também não impactam materialmente os nossos indicadores de endividamento nesse período, cuja trajetória de redução será assegurada pelo crescimento da produção de petróleo a partir de 2014.

Consideramos equivocada a visão do colunista de que “a escolha de não licitar as quatro áreas do pré-sal também foi ruim para a indústria e para o Brasil.” Além de contribuir para a sustentação da curva de produção no horizonte de 2030, esse contrato terá efeito positivo na consolidação da indústria local. O setor naval brasileiro está preparado e mobilizado para as encomendas das novas plataformas e demais sistemas de produção, até porque tais encomendas ocorrerão imediatamente após a entrega das demandas atuais.

Ademais, nossa contratação direta neste momento assegura a produção desses volumes excedentes já a partir de 2021. Se fosse de outra forma, Isso certamente ocorreria muito tempo depois, provavelmente após 2050, diante da impossibilidade legal da coexistência de titulares de contratos distintos atuando concomitantemente em uma mesma área, até que finalizássemos a produção dos 5 bilhões de barris já contratados sob o regime de cessão onerosa.

Não há, no modelo de partilha, qualquer “ponto preocupante adicional”. Os contratos de partilha de produção estão dentre os modelos mais comuns da indústria de petróleo mundial. A apuração do custo em óleo, no caso do Brasil, será de responsabilidade da PPSA (Pre-sal Petróleo S.A.), uma empresa pública, autônoma e independente. A Diretoria escolhida para a PPSA é composta por um corpo técnico altamente capacitado, com ampla experiência na indústria de petróleo, o que representa a garantia de uma fiscalização criteriosa e voltada para a obtenção dos melhores resultados para os projetos sujeitos a esse novo regime regulatório.

Consideramos que os parâmetros aprovados pelo CNPE conferirão a esse projeto (excedente da cessão onerosa) condições equivalentes de atratividade em comparação ao que se espera do campo de Libra. A contratação direta do está alinhada com o nosso Plano Estratégico 2030 e propiciará a elevação do retorno sobre o capital empregado, ao aumentar substancialmente a participação dos negócios de E&P no nosso portfólio de investimentos.

Obs: O artigo foi publicado no jornal O Estado de S. Paulo no dia 14 de julho (versão online)."


FONTE: do blog "Fatos e Dados", da Petrobras  (http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/esclarecimento-sobre-o-artigo-e-preciso-tirar-a-petrobras-do-palanque-do-estado-de-s-paulo.htm).[Título, imagem do google e observações entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

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