Oposição agora finge que Lula e Dilma não contribuíram para sucesso da Copa
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog
"Depois de culpar Lula-Dilma por todos anunciados fiascos da Copa, a oposição diz que "brasileiros anônimos garantiram o sucesso". Pode?
É bom reconhecer que há poucas coisas perfeitas na vida. Uma delas é abraçar as crias depois de uma longa ausência. Outra, é almoçar na casa da mãe. Ou desfrutar da companhia de amigos verdadeiros.
Após essas considerações, cabe analisar os números finais da Copa do Mundo.
Leia a opinião de 2209 visitantes estrangeiros ouvidos pelo "DataFolha":
--92% dos visitantes elogiaram o conforto e a segurança;
--76% aprovaram o transporte até os estádios;
--95% disseram que a recepção foi boa ou ótima;
--83% elogiaram a organização.
Mesmo lembrando que a Copa não foi um evento sem problemas, há outras notícias boas.
Alvo de muitos fantasmas usados para atemorizar visitantes, o Rio de Janeiro recebeu 900.000 turistas contra 90.000 previstos. Eles deixaram 4 bilhões de reais na cidade [equivalente a 4 Maracanã], contra 1 bilhão de previsão.
Obrigados a encontrar um discurso para enfrentar uma situação inesperada, nossos profetas do pessimismo completaram um ano de atividade ininterrupta, desde os protestos de junho de 2013, com sorrisos amarelos.
Passada a fase da autocrítica, é preciso explicar o que aconteceu, o por quê.
Na falta de explicação melhor, a moda agora é dizer que "o sucesso da Copa se deve aos brasileiros.” Assim, no genérico. Os 200 milhões de brasileiros garantiram a Copa das Copas porque são simpáticos e acolhedores. Descobrimos essas virtudes anteontem?
Vamos combinar: a finalidade desse discurso é fingir que não havia oposição a Copa, movimento que se expressou num esforço permanente para impedir os jogos e criar um ambiente de desordem, sufoco e desmoralização. Apelos ao boicote eram ouvidos nos melhores jantares, nas melhores famílias. Inclusive em inglês com legendas.
A Copa ocorreu contra a vontade dessas pessoas. Foi fruto do esforço da grande maioria da população, que não só queria assistir aos jogos e participar de um evento que marca a cultura de nossa época. Estava decidida, acima de tudo, a defender a imagem de seu país.
Foram os adversários da Copa que transformaram o Mundial numa luta política – e perderam.
Como predadores sem escrúpulo, que mudam de pele conforme a paisagem, em determinadas situações a Copa era combatida com argumentos à direita. Em outros lugares, à esquerda. O importante é que não ocorresse. Se ocorresse, teria de ser um fiasco.
Não duvide: para boa parte dessas pessoas, o desempenho fraco da Seleção nos gramados serviu de consolo – e não de tristeza. Elas não suportariam uma boa atuação. Temiam uma classificação melhor – a tal ponto que não perdiam uma oportunidade para dizer que os juízes beneficiavam o Brasil, esquecendo das inúmeras vezes em que nosso time foi prejudicado.
Se Aécio Neves não tivesse deixado tantas demonstrações escritas de seu apoio a Felipe Scolari, o esforço para transformar Dilma Rousseff em assistente técnica da derrota teria sido ainda mais descarado.
Uma copa elogiada, por baixo, por mais de 80% dos visitantes estrangeiros, não é um carnaval que cai do céu, nem um reveillon na avenida Paulista. Envolve uma ação articulada em 12 cidades e dezenas de obras de infraestrutura que, se sabe hoje, estavam muito mais avançadas do que se anunciou – mais uma vez, para tentar afastar a população da Copa, criar desânimo e desconfiança.
O elogio aos “brasileiros,” neste genérico, também é uma tentativa bisonha de encobrir o papel do Estado brasileiro nesse sucesso. Governantes e prefeitos que assumiram suas responsabilidades, muitos deles filiados à oposição, foram sacrificados na hora do reconhecimento.
E aí está a imagem retocada da imagem que fica para a história.
Depois de culpar antecipadamente Lula-Dilma por um fiasco que anunciavam como inevitável, tenta-se fingir que eles não deram a menor contribuição para os aplausos da platéia. Pode?"
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Moreira Leite, em seu blog. Transcrito no portal "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/politica/paulo-moreira-leite-5.html).
--92% dos visitantes elogiaram o conforto e a segurança;
--76% aprovaram o transporte até os estádios;
--95% disseram que a recepção foi boa ou ótima;
--83% elogiaram a organização.
Mesmo lembrando que a Copa não foi um evento sem problemas, há outras notícias boas.
Alvo de muitos fantasmas usados para atemorizar visitantes, o Rio de Janeiro recebeu 900.000 turistas contra 90.000 previstos. Eles deixaram 4 bilhões de reais na cidade [equivalente a 4 Maracanã], contra 1 bilhão de previsão.
Obrigados a encontrar um discurso para enfrentar uma situação inesperada, nossos profetas do pessimismo completaram um ano de atividade ininterrupta, desde os protestos de junho de 2013, com sorrisos amarelos.
Passada a fase da autocrítica, é preciso explicar o que aconteceu, o por quê.
Na falta de explicação melhor, a moda agora é dizer que "o sucesso da Copa se deve aos brasileiros.” Assim, no genérico. Os 200 milhões de brasileiros garantiram a Copa das Copas porque são simpáticos e acolhedores. Descobrimos essas virtudes anteontem?
Vamos combinar: a finalidade desse discurso é fingir que não havia oposição a Copa, movimento que se expressou num esforço permanente para impedir os jogos e criar um ambiente de desordem, sufoco e desmoralização. Apelos ao boicote eram ouvidos nos melhores jantares, nas melhores famílias. Inclusive em inglês com legendas.
A Copa ocorreu contra a vontade dessas pessoas. Foi fruto do esforço da grande maioria da população, que não só queria assistir aos jogos e participar de um evento que marca a cultura de nossa época. Estava decidida, acima de tudo, a defender a imagem de seu país.
Foram os adversários da Copa que transformaram o Mundial numa luta política – e perderam.
Como predadores sem escrúpulo, que mudam de pele conforme a paisagem, em determinadas situações a Copa era combatida com argumentos à direita. Em outros lugares, à esquerda. O importante é que não ocorresse. Se ocorresse, teria de ser um fiasco.
Não duvide: para boa parte dessas pessoas, o desempenho fraco da Seleção nos gramados serviu de consolo – e não de tristeza. Elas não suportariam uma boa atuação. Temiam uma classificação melhor – a tal ponto que não perdiam uma oportunidade para dizer que os juízes beneficiavam o Brasil, esquecendo das inúmeras vezes em que nosso time foi prejudicado.
Se Aécio Neves não tivesse deixado tantas demonstrações escritas de seu apoio a Felipe Scolari, o esforço para transformar Dilma Rousseff em assistente técnica da derrota teria sido ainda mais descarado.
Uma copa elogiada, por baixo, por mais de 80% dos visitantes estrangeiros, não é um carnaval que cai do céu, nem um reveillon na avenida Paulista. Envolve uma ação articulada em 12 cidades e dezenas de obras de infraestrutura que, se sabe hoje, estavam muito mais avançadas do que se anunciou – mais uma vez, para tentar afastar a população da Copa, criar desânimo e desconfiança.
O elogio aos “brasileiros,” neste genérico, também é uma tentativa bisonha de encobrir o papel do Estado brasileiro nesse sucesso. Governantes e prefeitos que assumiram suas responsabilidades, muitos deles filiados à oposição, foram sacrificados na hora do reconhecimento.
E aí está a imagem retocada da imagem que fica para a história.
Depois de culpar antecipadamente Lula-Dilma por um fiasco que anunciavam como inevitável, tenta-se fingir que eles não deram a menor contribuição para os aplausos da platéia. Pode?"
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Moreira Leite, em seu blog. Transcrito no portal "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/politica/paulo-moreira-leite-5.html).
A culpa! Deles mesmos: Lula e Dilma, aliás mais dela do que dele embora este tenha levado 7 anos pra descobrir o maior câncer deste país : a imprensa entregacionista.
ResponderExcluirEle fez um seminário em Brasília sobre o tema ela ñ deu seguimento ao assunto!
Culpa de ambos, covardes!
Ao Unknown,
ResponderExcluirConcordo. Realmente, o grande ponto fraco do governo, que desequilibra o jogo, é a insuficiente comunicação institucional. Ela é minúscula frente à gigantesca máquina de propaganda da direita, com o monopólio da grande mídia, que joga pesado, tudo fazendo para "o mercado" voltar ao pleno poder no Brasil.
Maria Tereza