segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O GURU "SÁBIO" DE AÉCIO NEVES




[OBS deste blog ‘democracia&política’: 

Ao ler a postagem abaixo do portal "Conversa Afiada", vieram-me à memória os tempos dos governos FHC/PSDB/DEM. 

Vivíamos imersos na intensa propaganda da mídia, que propalava que nacionalismo, patriotismo, defesa nacional eram coisas de “jurássicos”, que deveríamos abandonar esses sentimentos ruins ultrapassados, que o Brasil deveria caminhar para “o mundo moderno”, mergulhar na “globalização” (obviamente comandada e sob o interesse dos EUA). 


FHC, beneficiador emérito dos interesses dos grandes grupos econômicos e financeiros estrangeiros, chegou a expressar uma pérola antinacional da sua muito propagandeada "sabedoria de grande intelectual”. Reproduzo trecho de postagem do “Conversa Afiada”:

“Numa entrevista à revista Piauí – aquela de banqueiros, por banqueiros, para banqueiros; aquela que trata o Daniel Dantas com especial deferência –, o Farol de Alexandria, também conhecido como Fernando Henrique Cardoso, disse que odiava as celebrações do Sete de Setembro quando era Presidente. “Aquilo é uma palhaçada”, disse ele. [...]. 

E se fosse o 14 Juillet ou Fourth of July?”  (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/09/05/fhc-o-sete-de-setembro-e-uma-palhacada/)

Esse sentimento 
dos tucanos de vergonha do Brasil levou o país a afundar na lama. No fim da "era FHC/PSDB", o Brasil estava em frangalhos. A chance de calote brasileiro, então, era tida como muito alta. Em setembro de 2002, o risco-Brasil atingia 2.443 pontos. O governo FHC via-se obrigado a pagar sobretaxa de quase 24,5% acima do juro vigente nos EUA. No governo Dilma, esse juro já era de apenas 1,1%. 

Com FHC/PSDB, a taxa SELIC chegou a 44,5% em março de 1999, para extrema alegria e enriquecimento dos megaespeculadores internacionais. A inflação passava de 12%. O desemprego formal igualmente acima desse percentual. A informalidade superava 50%. Os salários arrochados e estagnados em níveis muito baixos.
O déficit público tinha crescido mais de 10 vezes. As reservas disponíveis eram de somente US$ 36 bilhões, e isso contando como reserva dinheiro de empréstimo congelado do FMI. E isso também depois de já ter repassado para estrangeiros grande parte do patrimônio nacional. Hoje, as reservas são mais de dez vezes maiores. 

FHC/PSDB passou o governo para Lula/PT com o Brasil sob intervenção do FMI, sob ameaça de apagão por nada ter investido em infraestrutura (pois o Estado deveria ser mínimo. Investir em estradas, ferrovias, portos, aeroportos, geração e transmissão de energia, educação, saúde, saneamento, tudo dependeria exclusivamente do sábio "mercado". O Estado não poderia ser "intervencionista").  A economia estava arruinada. 


Esse era o "avançado modelo FHC/PSDB" que queriam e querem para o Brasil, enterrando os mínimos resquícios de desenvolvimentismo da Era Vargas. Hoje, completam-se 60 anos do suicídio do criador da Petrobras]. 


Do portal "Conversa Afiada":

FHC decreta o fim da era Vargas. Quá, quá, quá !!!


Parece a Urubologa … Quem copia quem ?

Amigo navegante no Palácio do Planalto (ou será no Alvorada ?…) envia essa pérola:


FHC E O FIM DA ERA VARGAS

"Em dezembro de 1994, mais precisamente no dia 14 de dezembro, o então senador Fernando Henrique Cardoso, eleito presidente da República pelo povo brasileiro, subiu à tribuna do Senado e fez o seu discurso de despedida. Iria assumir a Presidência da República no início de janeiro e a expectativa era grande em torno do que seria o seu governo.

Do alto da tribuna, Fernando Henrique falou sobre o fim da era Vargas. Anunciou que o país precisava superar essa página. Essa mesma página que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, ao lado da então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, no anúncio das regras do pré-sal.

Eis o discurso de Fernando Henrique feito há 20 anos:

O FIM DA ERA VARGAS

Senhor Presidente, Senhores Senadores,

Levamos a cabo ​(sic) ​a tarefa da transição. Olhando ​(sic) ​para trás, revendo os obstáculos vencidos, podemos dizer a nós mesmos e ao País, sem jactância ​ (sic)​, mas com satisfação: missão cumprida.

Mas a hora não é de congratulação apenas. É de pensar no futuro. De projetar, com a régua e o compasso da democracia, o tipo de País que queremos construir para nossos filhos e netos. E de colocar mãos à obra para vencer a distância do sonho à realidade.

Acontece que o caminho para o futuro desejado ainda passa, a meu ver, por um acerto de contas com o passado.

Eu acredito firmemente que o autoritarismo é uma página virada na História do Brasil. Resta, contudo, um pedaço do nosso passado político que ainda atravanca o presente e retarda o avanço da sociedade. Refiro-me ao legado da Era Vargas — ao seu modelo de desenvolvimento autárquico e ao seu Estado intervencionista.

Esse modelo, que à sua época assegurou progresso e permitiu a nossa industrialização, começou a perder fôlego no fim dos anos 70.

Atravessamos a década de 80 às cegas, sem perceber que os problemas conjunturais que nos atormentavam — a ressaca dos choques do petróleo e dos juros externos, a decadência do regime autoritário, a superinflação — mascaravam os sintomas de esgotamento estrutural do modelo varguista de desenvolvimento.

No final da “década perdida”, os analistas políticos e econômicos mais lúcidos, das mais diversas tendências, já convergiam na percepção de que o Brasil vivia, não apenas um somatório ​(sic) ​de crises conjunturais, mas o fim de um ciclo de desenvolvimento de longo prazo. Que a própria complexidade da matriz produtiva implantada ​(sic) ​excluía novos avanços da industrialização por substituição de importações. Que a manutenção dos mesmos padrões de protecionismo e intervencionismo estatal sufocava a concorrência necessária à eficiência econômica e distanciaria cada vez mais o Brasil do fluxo das inovações tecnológicas e gerenciais que revolucionavam a economia mundial. E que a abertura de um novo ciclo de desenvolvimento colocaria necessariamente na ordem do dia os temas da reforma do Estado ​ (sic) ​e de um novo modo de inserção do País na economia internacional.(…)”


Quem diria, amigo navegante: e a era FHC, que acabou sem que tivesse começado ?

Nem os candidatos dele à Presidência se lembram dela …

Sobre esse discurso e a linguagem engordurada de colesterol em que se expressa: a Urubóloga, na verdade, é a única pensadora neolibeles que o Brasil, de fato, conseguiu produzir …

Imagine o resto, amigo navegante.

Leia o Bercovici sobre Vargas: a luta contra a UDN (que FHC tentou reanimar) continua” .

FONTE: escrito por Paulo Henrique Amorim em seu portal "Conversa Afiada"  (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/08/24/fhc-decreta-o-fim-da-era-vargas-qua-qua-qua/).

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