sábado, 30 de agosto de 2014

PIB CRESCEU 1,4% EM 12 MESES




PIB cai 0,6% no segundo trimestre; mas em 12 meses, tem alta de 1,4%

[No trimestre dos feriados da Copa, os] resultados da indústria e dos serviços foram negativos. Consumo das famílias perdeu ritmo. Investimento diminuiu

Da Redação do "Rede Brasil Atual" (RBA)

No semestre, a indústria mostrou queda de 1,4%

São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,6% do primeiro para o segundo trimestre, segundo informou sexta-feira (29) o IBGE. É a segunda queda trimestral seguida. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a retração é de 0,9%. 

Nos seis primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2013, o PIB cresceu 0,5%. No acumulado em 12 meses, subiu 1,4%. Em valores correntes, o PIB foi calculado pelo instituto em R$ 1,271 trilhão.

Os dados do PIB acumulados em 12 meses vinham se mantendo, até então, em taxas acima de 2%. As variações foram de 2% no segundo trimestre do ano passado, 2,4% no terceiro, 2,5% no quarto e também 2,5% no primeiro trimestre deste ano, chegando a 1,4% agora.

Um resultado negativo já era previsto, pelo menor ritmo de atividade econômica [principalmente pelos feriados da Copa]. Alguns economistas se apressam a falar em "recessão técnica", pelo fato de o PIB ter recuado pelo segundo trimestre seguido, mas essa definição não representa um consenso. Outros ponderam que a retração é moderada. Além disso, há indicadores positivos, como os relativos ao mercado de trabalho.

Também do primeiro para o segundo trimestre deste ano, a indústria recuou 1,5% e os serviços, 0,5%. Apenas a agropecuária teve variação positiva, de 0,2%. Em relação aos três primeiros meses de 2013, a indústria também caiu (-3,4%, com a indústria de transformação recuando 5,5%), os serviços tiveram leve alta, de 0,2%, e a agropecuária ficou estável (0%). As exportações de bens e serviços tiveram expansão de 1,9%, enquanto as importações recuaram 2,4%.

No semestre (crescimento de 0,5%), a indústria mostrou queda de 1,4%. A agropecuária subiu 1,2% e os serviços, 1,1%. No resultado acumulado em quatro trimestres, até junho (1,4%), os serviços subiram 1,6%, a agropecuária teve alta de 1,1% e a indústria, de 0,5%.

Investimento

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), importante indicador de investimentos, caiu em todas as comparações: -5,3% do primeiro para o segundo trimestre (quarto recuo seguido), -11,2% em relação aos três primeiros meses de 2013, -6,8% no semestre e -0,7% em12 meses.

A taxa de investimento no segundo trimestre foi de 16,5% do PIB, abaixo de igual período do ano anterior (18,1%, um nível já considerado aquém do necessário). E a taxa de poupança passou de 16,1% para 14,1%.

O consumo das famílias perdeu intensidade, embora mantendo a variação positiva. Aumentou 0,3% do primeiro para o segundo trimestre deste ano e 1,2% ante o segundo trimestre do ano passado – foi a 43ª alta consecutiva nesse tipo de comparação. Cresceu 1,7% no semestre e 2,1% em 12 meses. Em valores correntes, somou R$ 799,4 bilhões no segundo trimestre.

O consumo do governo (R$ 271,8 bilhões) caiu 0,7% em relação ao primeiro trimestre. Teve altas de 0,9% sobre o segundo trimestre do ano passado, 2,1% no semestre e 2,2% em 12 meses."


FONTE: da Redação do "Rede Brasil Atual" (RBA) (http://www.redebrasilatual.com.br/economia/2014/08/pib-387.html). [Título e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

COMPLEMENTAÇÃO

Dilma: queda do PIB é momentânea e segundo semestre terá recuperação


Por Paulo Victor Chagas, repórter da Agência Brasil (Edição: Carolina Pimentel)

"Após a divulgação do resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, a candidata à reeleição pelo PT, presidenta Dilma Rousseff, disse que a queda é momentânea e que o país vai voltar a crescer no segundo semestre. Para a candidata, as condições internacionais e os feriados durante a Copa do Mundo contribuíram para o resultado. Na avaliação de Dilma, no segundo semestre, haverá “grande recuperação”.

Um dos motivos que explica é o número de feriados que tivemos. Por conta da Copa, tivemos a maior quantidade de feriados em toda a história do Brasil dos últimos anos”, disse Dilma, após visitar laboratórios do Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Salvador. Segundo a candidata, os únicos países que se saíram bem no segundo trimestre foram a China, os Estados Unidos e o Reino Unido.

Nos demais países, você tem uma redução drástica no crescimento, inclusive aqui na América Latina. Uma das explicações foi a queda no preço das commodities”, disse, citando que o Peru, o Chile e a Colômbia também tiveram “grande redução no seu crescimento”.

Dilma destacou a educação e a infraestrutura como condições para a retomada do crescimento. “Temos de apostar na ampliação da capacidade produtiva do povo brasileiro. A segunda condição são grandes investimentos em infraestrutura, que preparam o Brasil para um novo ciclo, mais moderno e inclusivo […]. Acredito que teremos um Brasil muito mais competitivo”, disse, acrescentando que o país precisa ter menos burocracia e reduzir os impostos.

Dilma também voltou a defender uma reforma política com a participação popular e que “preserve a ética, garanta transparência e melhor gestão dos recursos públicos”. “O Brasil precisa sem dúvida de uma reforma política uma vez que a situação que enfrentamos é extremamente defasada, o Brasil moderno e uma estrutura política ainda de 20 anos atrás. Temos que atualizar nossa representação política”.

Na opinião da candidata, a exploração do petróleo do pré-sal transforma os recursos finitos em uma riqueza perene, que é a educação. Após a entrevista, Dilma Rousseff visitou a sede do Olodum, no Pelourinho, onde discursou contra o racismo e a violência."


FONTE da complementação: escrito por Paulo Victor Chagas, repórter da Agência Brasil (Edição: Carolina Pimentel)   (http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-08/dilma-queda-do-pib-e-momentanea-e-segundo-semestre-tera-recuperacao).

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