terça-feira, 23 de setembro de 2014

Dilma: "MARINA TEM POSIÇÃO FAVORÁVEL AOS BANCOS. EU NÃO"


 


A Presidenta Dilma foi a primeira entrevistada da série de sabatinas [da Globo, no "Bom dia Brasil"] com os presidenciáveis.

“Marina tem uma posição favorável aos bancos, eu não”, diz Dilma


Foto: Ichiro Guerra/ Dilma

Marina tem posição favorável aos bancos, eu não”, rebateu a candidata à reeleição e presidenta Dilma Rousseff em entrevista ao jornal "Bom Dia Brasil", da Rede Globo, que foi ao ar na manhã de segunda-feira (22).

Na entrevista gravada no domingo (21), no Palácio do Planalto, sem cortes e edição, os jornalistas Miriam Leitão, Chico Pinheiro e Ana Paula Araújo [raivosamente] tentaram por vezes interromper a resposta da presidenta Dilma 
[houve muitas interrupções, 82 ao todo!!!], mas a candidata conseguiu, a muito custo, concluir seu raciocínio na maioria das vezes. A saída dos jornalistas globais foi mudar de assunto a cada resposta firme da presidenta.

Explicitamente acusada pela jornalista Ana Paula Araújo de “botar medo nas pessoas” por conta do debate político em torno das propostas da candidata Marina Silva (PSB), Dilma destacou que faz um alerta à população e foi enfática: “Tudo o que eu falo está no programa da candidata. A candidata diz: vou tornar o Banco Central independente. Ora, Banco Central independente nos termos do Brasil é colocar um quarto poder na Praça dos Três Poderes. Aí vai chamar Praça dos Quatro Poderes. Está escrito isso [no programa de Marina]. Mas não é só isso. Ela diz que vai reduzir [o papel (...) dos bancos públicos] e vocês dizem que eu é que estou colocando medo”.

Dilma esclareceu: “Quero saber como vão financiar a infraestrutura no Brasil. Para fazer qualquer obra de infraestrutura, nós damos 30 anos para pagar, cinco anos de carência e 5% de juros. O subsídio está no fato de que os juros de mercado são de 25%. Os juros de mercado não [são compatíveis] com financiamento para a infraestrutura. Isso não é medo, isso é real. Não sai rodovia, ferrovia, não sai metrô, não sai VLT”.

Com [somente] bancos privados, não haverá subsídio para casa própria

A presidenta apontou ainda por que a proposta de redução do papel dos bancos públicos de Marina prejudica o financiamento de casas populares como o "Minha Casa, Minha Vida". “Para uma pessoa que compõe a maior faixa do 'Minha Casa, Minha Vida' com salário de até R$ 1.600,00, se tirar um empréstimo no mercado terá de pagar R$ 940,00 ou algo parecido. Se for uma pessoa que recebe R$ 800,00, a prestação da casa própria será maior do que a sua renda. Nós [o governo] cobramos 5% da renda, portando nós colocamos um subsídio de 90 a 95% do valor do imóvel. Passa isso para banco privado. Nunca este país vai ver uma casa própria para a população mais pobre.

Dilma questionou também como será feito o "Plano Safra". Dos R$ 156 bilhões investidos este ano, R$ 134 bilhões são com juros negativos. “Não sei se vocês acreditam que os bancos privados vão financiar isso a esse custo”, frisou Dilma.

Miriam chafurda

Inconformada, Miriam Leitão saiu em defesa de Marina dizendo que a proposta “é de apenas uma ampliação da participação dos bancos privados”. Dilma pontuou: “Aí você terá de me explicar como é reduzir [o do banco público]. Reduzir para quanto? Não se pode [somente] dizer ‘vou reduzir’. [E dizem que] eu que estou colocando medo. Ela tem um alinhamento claro. Tem uma posição favorável aos bancos, e eu não tenho. Acho que os bancos são importantíssimos, mas sei que o país precisa de infraestrutura, as pessoas precisam de casa própria”.

Miriam falou sobre os exemplos de países que tornaram o Banco Central independente, como Chile e Reino Unido e, de acordo com ela, tiveram resultados positivos no controle da meta da inflação. Dilma asseverou que o papel do BC é “única e exclusivamente controle da inflação” e que nem os Estados Unidos estão conseguindo fazer esse controle. “Hoje, no mundo, ninguém está conseguindo cumprir todas as metas no ponto. Oscila. Lá também oscila”, enfatizou.

Proteção do emprego, salário e investimentos

Sobre a crise internacional, Dilma afirmou que pretende manter estímulos enquanto a crise for grave. “Nós estamos numa situação em que o Brasil está na defensiva em relação à crise internacional, protegendo emprego, salário e investimentos”, argumentou a presidenta, destacando que mantém a proteção desses três pilares “porque vamos apostar numa retomada”.

Se faz de duas formas: eu posso, na retomada, gastar menos do que estou gastando para sustentar emprego, salário e investimento”, frisou Dilma, ressaltando que manterá os “estímulos enquanto a crise for grave”.

Petrobras

A presidente também falou sobre a investigação do esquema de propina em contratos de empresas com a Petrobras. Dilma enfatizou que as irregularidades estão sendo descobertas porque o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu garantiram “mecanismos de autonomia” à Polícia Federal.

Antes do governo Lula, disse a presidenta, “a Polícia Federal não saía investigando o que lhe passasse pela cabeça”. “Fomos nós que descobrimos. Foi a Polícia Federal, ligada ao Ministério da Justiça. A Polícia Federal integra o meu governo. É um órgão do governo”, declarou.

A presidenta também foi novamente questionada sobre a indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras. Ela afirmou que Costa foi indicado para a diretoria porque reunia os requisitos para o cargo. “O senhor Paulo Roberto não foi escolhido fora dos quadros da Petrobras. Tem 30 anos de carreira dentro da Petrobras e antes de ir para a diretoria ele fez uma carreira dentro da Petrobras. No governo de Fernando Henrique Cardoso/PSDB ele foi diretor da Gaspetro, que naquela época cuidava dos gasodutos do país que estavam iniciando e era um órgão importante. Foi também gerente de exploração e prospecção”, recordou Dilma.

Dilma ressaltou que a descoberta de atos ilícitos “é uma surpresa”. “Eu, como quase todos os brasileiros, acredito que os funcionários da Petrobras, de carreira, são pessoas testadas, investigadas. Se soubesse que era corrupto ele estariaa imediatamente demitido. Não compactuo, não compactuarei com prática ilícita e criminosa de corrupção. Tenho uma trajetória política que mostra isso”, ressaltou a presidenta."

FONTE: reportagem de 
Dayane Santos, da Redação do "Portal Vermelho"  (http://www.vermelho.org.br/noticia/249947-1).

COMPLEMENTAÇÃO

Do portal "Conversa Afiada" 

"Mau Dia": Dilma tritura a Urubóloga

Sem banco público, não tem Minha Casa, Plano Safra e metrô !



A Presidenta Dilma Rousseff foi ao "Mau Dia Brasil" e passou com um trator cima dos números e da doutrina neolibelês da Urubóloga.

Foram 30 minutos de massacre.

Dilma começou por mostrar que foi a Polícia Federal do Governo dela quem descobriu os malfeitos do Paulo Roberto Costa, que estava há 30 anos na Petrobras.

Que no Governo dela não tem 'engavetador'.

O Paulo Roberto era diretor da Gaspetro no tempo do FHC/PSDB (quando o engavetador engavetava … – PHA).

Ana Paula Poeta (revisor, por favor, não toque !) atirou com uma Uzi: ah !, mas a senhora faz uma campanha do “medo”.

“Medo” ? Está tudo no programa dela, disse a Dilma – (dela a gente sabe quem é … – PHA).

Banco Central independente significa instalar um quarto poder na Praça dos … Quatro Poderes, disse a Dilma.

(É o sonho neolibelês – substituir o Executivo e o Legislativo por um Banco Central camarada, sob a batuta do Itaúúú– PHA).

Está no programa dela reduzir o papel dos bancos públicos.

Ah, é ?, perguntou a Dilma.

Sem os bancos públicos, não tem 'Minha Casa Minha Vida', porque, na faixa mais baixa, o subsidio é entre 90% e 95%.

O banco privado vai topar ?

Sem o banco público, não tem o Plano Safra de R$ 156 bilhões para a agricultura, em que R$ 134 bilhões são a juros negativos !

Não tem obra de infraestrutura a 30 anos de prazo …

“Ela” também é contra a indústria nacional, porque é contra o “conteúdo local”.

A certa altura, a PhD pela Universal Municipal de Caratinga, subsede da Chicago University, disse que os argumentos da Presidenta “não faziam sentido.”

Travou-se, então, uma discussão sobre a estrutura dos bancos centrais e a situação da economia mundial.

A PhD por Caratinga demonstrava que o mundo está uma maravilha e o Brasil é um desastre retumbante.

O Chile !, ela cita !

Mas, o Chile, Urubóloga ?

O Chile é do tamanho do Rio Grande do Sul – PHA.

O tempo todo a Presidenta tentava concluir o raciocínio: “deixa eu continuar, se não, é impossível”, “o debate é comigo, não”?

Mas, como demonstrou o Lula, os pigais (ver o ABC do C Af) merválicos (idem no ABC) agora fazem perguntas para que eles mesmos respondam, porque o importante são eles e, não, o coitado do entrevistado (especialmente se for a Dilma.)

Dilma explicou que está numa estratégia defensiva, à espera da recuperação dos Estados Unidos e da China, quando, então, a economia brasileira pode entrar numa outra fase, de menos estímulos para voltar a crescer.

O Brasil tem uma das menores dívidas do mundo.

(Como se sabe, o queridinho da PhD de Caratinga quebrou o Brasil três vezes, tirou os sapatos e, descalço, de pires na mão, foi ao FMI.)

A Dilma enfatizou que, enquanto há 100 milhões de desempregados no mundo, o Brasil tem uma taxa de desemprego – 5% – que equivale a pleno emprego.

O Brasil preservou, em plena crise, o emprego, a renda e o investimento !

E a Urubóloga que, como o Renato Machado, adora o “Reino Unido”, tentava enaltecer os “métodos” neo-libelês que lá fracassaram.

A erudição da Urubóloga sobre a “situação do mundo” não ultrapassa as páginas de O Globo …

A Petrobras já se recuperou, bradou a Dilma.

E isso terá papel decisivo na recuperação do Brasil, disse.

A Petrobras bate recordes de produção, já com 2,3 milhões de barris/dia.

O pré-sal – que maravilha !, viu Bláblá ? – já produz 530 mil barris/dia.

A Petrobras vai resolver o problema que ela mesma tinha criado no passado: o do déficit externo.
E o pré-sal e o petróleo vão investir maciçamente na Educação: 75% dos royalties e 75% dos resultados do pré-sal vão para a Educação.

Ai a PhD de Caratinga tentou demonstrar que os estudantes – 8 milhões das 436 escolas do Pronatec – estão, na verdade, desempregados.

Como se sabe, nos sombrios tempos do Farol de Alexandria e seu Ministro da (des)Educação, Paulo Renato de Souza, era proibido abrir escola técnica …

E o Pronatec foi, precisamente, uma forma de reforçar o ensino médio, já que o pobre não pode cumprir um currículo de 12 matérias com a premente necessidade de ajudar a família com salário.

(Rediscutir os currículos é um desafio, disse a Presidenta.)

De novo, as estrelas globais tentaram assumir o papel de protagonistas. (Clique aqui para ver o que ela fez com Ataulfo e o Noblat.)

A Urubóloga é um exemplo caricato.

Em alguns anos de carreira, ela não produziu um furo.

Não introduziu uma ideia nova no debate da Economia.

Não contribuiu com um grama de originalidade na forma de levar a Economia ao grande publico.

O que ela tem é inserção na mídia.

A exibição que os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – lhe concedem.

Urubóloga e o Jabor são duas heranças que o Evandro Carlos de Andrade deixou aos filhos do Roberto Marinho.

Um "prodíjio" !, diria o amigo navegante.

A Urubóloga tem o talento do monopólio da Globo – do Mau Dia Brasil, ao Globo – quem sabe da vida dele é o Garotinho – , CBN, a rádio que troca a noticia, e os portais da Globo na internet.

Sem isso, ela é o que é: o melhor que o pensamento neolibelês conseguiu produzir no Brasil.

Em tempo: o William Traaack (ver o ABC) cortou os pulsos. A Dilma só não foi ao programa dele …"

FONTE da complementação: escrito por Paulo Henrique Amorim em seu portal "Conversa Afiada"  (http://www.conversaafiada.com.br/pig/2014/09/22/mau-dia-dilma-tritura-a-urubologa/).

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