terça-feira, 30 de dezembro de 2014

GOVERNADOR AÉCIO REPASSOU VERBAS PARA EMPRESAS DELE




Gastos de governo tucano em MG com publicidade têm alta de 900%

"Entre 2003 e 2014, de acordo com informações publicadas pela "Rede Brasil Atual", três rádios e um jornal ligados, à família de Aécio Neves (PSDB-MG), foram recheadas com repasse de R$ 1,2 milhão de reais. Nos 12 anos em que foi comandado pelos tucanos, o governo de Minas gastou mais de R$ 547 milhões com publicidade, em valores corrigidos pela inflação.  Fonte: FNDC

A pesquisadora Susy dos Santos, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora do Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia da Informação e da Comunicação (PEIC), participou do debate por videoconferência.

Segundo a pesquisadora, especialista no tema, o radiodifusor não precisa ser um coronel tradicional, dono de terras e de poder político na sua região, para ser inserido no conceito de coronelismo eletrônico. “Essa relação clientelista, no entanto, provoca uma ruptura na autonomia das instituições sociais porque mantém um alinhamento da mídia com interesses partidários”, explicou.

Bia Barbosa, coordenadora do "Intervozes" e membro da coordenação executiva do FNDC, reforçou a importância do tema ser debatido com a sociedade em geral. “Enquanto a sociedade não se indignar com o controle de outorgas de rádio e TV para políticos, o debate público das questões mais essenciais para a população estará contaminado por essa troca de benefícios entre políticos e mídia”, afirmou. 


Desde a posse de Aécio, em 2003, até este mês de dezembro, quando termina o governo tucano em Minas Gerais, os gastos do estado com publicidade oficial aumentaram mais de 900%.

As emissoras de TV, que apoiaram abertamente a campanha aecista para presidente, ficaram com a maior fatia. A Rede Globo em primeiro lugar, com R$ 290 milhões. Entre os jornais, foram gastos R$ 138 milhões, o maior beneficiado foi "O Estado de Minas", que apoiou editorialmente o governo de Aécio e sua candidatura presidencial. O jornal teve aumento de 1.428% nos valores recebidos dos cofres públicos de 2003 para cá.

Sob o comando de Aécio, as despesas de órgãos da administração direta com "divulgação governamental" chegaram a R$ 489,6 milhões, segundo o "Sistema Integrado de Administração Financeira de Minas Gerais" (SIAFI-MG), valor que ultrapassa R$ 815 milhões quando incluídos gastos de empresas, fundações e autarquias controladas pelo Executivo.

Coincidência ou não, o tucano - ainda Senador da República - se tornou sócio da Rádio Arco-Íris, que já era dirigida por sua irmã Andrea, em dezembro de 2010, dois meses depois de ser eleito para o Senado.

Declaração de bens

Em sua declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral, o candidato tucano derrotado declarou possuir 88.000 cotas da Rádio Arco-Íris, com valor de R$ 700 mil. Ele ainda declarou possuir ações junto à empresa Diários Associados, que pertenceram a seu avô, Tancredo Neves.

Campanha "Coronéis da Mídia"

Recente campanha lançada pelo "Fórum Nacional da Democratização da Comunicação" (FNDC) denuncia, além do senador Aécio Neves, outros parlamentares que possuem concessões de rádio e TV no Brasil, ação que é considerada inconstitucional em nosso país.

De acordo com a campanha, o chamado coronelismo eletrônico é mais sutil, menos evidente, mais sorrateiro. Para entendê-lo, é preciso ir mais fundo, em busca do rabo da palavra, como diria o bom mineiro Guimarães Rosa.

A pesquisadora Susy dos Santos, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora do "Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia da Informação e da Comunicação" (PEIC), explica que o radiodifusor não precisa ser um coronel tradicional, dono de terras e de poder político na sua região, para ser inserido no conceito de coronelismo eletrônico. “Essa relação clientelista, no entanto, provoca uma ruptura na autonomia das instituições sociais porque mantém um alinhamento da mídia com interesses partidários”, explicou.

Bia Barbosa, coordenadora do "Intervozes" e membro da coordenação executiva do FNDC, reforçou a importância do tema ser debatido com a sociedade em geral. “Enquanto a sociedade não se indignar com o controle de outorgas de rádio e TV para políticos, o debate público das questões mais essenciais para a população estará contaminado por essa troca de benefícios entre políticos e mídia”, afirmou."

FONTE: da Redação do portal "Vermelho" com informações das agências de notícias (http://www.vermelho.org.br/noticia/256205-1).

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