A mentira sobre Dilma: o arquivamento que não está nos arquivos
Por Fernando Brito
"A repórter Débora Bergamasco, do 'Estadão', foi, até agora, a única que, até agora, teve a decência de reproduzir o despacho do Ministro Teori Zavascki que literalmente descarta que esteja sendo sequer arquivada uma denúncia feita em relação a Dilma Rousseff, como os nossos covardes jornais registraram por um bom tempo.
Nem mesmo se recusou a investigação de Dilma por qualquer restrição constitucional que o exigisse.
Simplesmente não existia nada.
Diz o ministro, em seu despacho, que, diante da narrativa dos fatos, “constata-se que o procedimento foi instaurado exclusivamente em relação a Antonio Palocci Filho, porquanto, em relação a “referência a envolvimento indireto” (fl. 68) da campanha da Presidente da República, o próprio Procurador-Geral da República já adiantava excluir, dos elementos à vista, conclusão que conduzisse a procedimento voltado à Chefe do Poder Executivo. Portanto, a rigor, nada há a arquivar em relação à Presidente da República.”
O documento está na internet e de posse de todos os jornais, que preferem ignorá-lo.
Às favas com os escrúpulos, com já disse uma vez Jarbas Passarinho.
Nunca o jornalismo brasileiro esteve tão desgraçadamente entregue à conspiração política e, pior, já que depois de pouco mais de três meses da eleição de um governo pelo voto popular, de forma tão indisfarçada adubando os cogumelos golpistas.
Inexiste, está claríssimo, qualquer acusação de participação de Dilma em corrupção, mas é preciso construir o clima de que ela está “sob investigação” ou, se não está, que se encontra “sob suspeita”.
Não é nem parecido com o que ocorreu com Aécio Neves, um arquivamento que, dependendo de mais provas, cancela-se. Omitindo-se, porém, que há menções ao recebimento, por ele, de dinheiro escuso."
FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço" (http://tijolaco.com.br/blog/?p=25214).
COMPLEMENTAÇÃO
Cardozo: Imprensa deturpou decisão do STF sobre Dilma
Nada há a arquivar, disse Zavascki.
Ministro da Justiça voltou a defender autonomia dos órgãos de investigação
Por Agência PT
"O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, criticou, no sábado (7), a interpretação da imprensa em geral sobre a argumentação do ministro do STF e relator da Operação Lava Jato na Suprema Coste, Teori Zavascki, que disse que não existem indícios que pudessem envolver a presidenta Dilma Rousseff na ação.
“Nada há a arquivar em relação à presidente da República”, informou Zavascki.
“Não há indícios mínimos capazes de autorizar a abertura de qualquer procedimento. Portanto, me parece clara a conclusão do ministro Zavascki. A presidenta Dilma não teve pedida nem decidida qualquer autorização para investigação porque não há fatos, não há indícios que pudessem envolvê-la em absolutamente nada”, afirmou Cardozo.
Além disso, o ministro voltou a negar qualquer interferência ou influência do governo na elaboração da lista de políticos que serão submetidos a inquérito por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Cardozo, a hipótese de o governo ter conseguido influenciar ou dirigir o teor das denúncias feitas em acordo de delação premiada é “inverossímil” e “incorreta”.
“É incorreto imaginar-se que o governo tenha influenciado, tenha colocado palavras na boca de pessoas que prestaram depoimentos na presença de membros do Ministério Público, da força-tarefa que está lá no estado do Paraná colhendo depoimentos”, destacou Cardozo.
A PGR é o órgão que, sob gestão do procurador-geral Rodrigo Janot, elaborou a lista de 54 pessoas (49 sob investigação, sendo 47 políticos) suspeitas de participarem do esquema de corrupção na Petrobras.
O ministro da Justiça voltou a defender a autonomia do Ministério Público para conduzir os trabalhos de investigação.
“Se no passado havia interferência para se buscar pessoas, hoje não mais ocorre. Concorde o Executivo ou não com as decisões, elas são de inteira responsabilidade do Ministério Público”, afirmou."
FONTE da complementação: da Redação da Agência PT de Notícias (http://www.pt.org.br/cardozo-imprensa-deturpou-decisao-do-stf-sobre-dilma/).
"O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, criticou, no sábado (7), a interpretação da imprensa em geral sobre a argumentação do ministro do STF e relator da Operação Lava Jato na Suprema Coste, Teori Zavascki, que disse que não existem indícios que pudessem envolver a presidenta Dilma Rousseff na ação.
“Nada há a arquivar em relação à presidente da República”, informou Zavascki.
“Não há indícios mínimos capazes de autorizar a abertura de qualquer procedimento. Portanto, me parece clara a conclusão do ministro Zavascki. A presidenta Dilma não teve pedida nem decidida qualquer autorização para investigação porque não há fatos, não há indícios que pudessem envolvê-la em absolutamente nada”, afirmou Cardozo.
Além disso, o ministro voltou a negar qualquer interferência ou influência do governo na elaboração da lista de políticos que serão submetidos a inquérito por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Cardozo, a hipótese de o governo ter conseguido influenciar ou dirigir o teor das denúncias feitas em acordo de delação premiada é “inverossímil” e “incorreta”.
“É incorreto imaginar-se que o governo tenha influenciado, tenha colocado palavras na boca de pessoas que prestaram depoimentos na presença de membros do Ministério Público, da força-tarefa que está lá no estado do Paraná colhendo depoimentos”, destacou Cardozo.
A PGR é o órgão que, sob gestão do procurador-geral Rodrigo Janot, elaborou a lista de 54 pessoas (49 sob investigação, sendo 47 políticos) suspeitas de participarem do esquema de corrupção na Petrobras.
O ministro da Justiça voltou a defender a autonomia do Ministério Público para conduzir os trabalhos de investigação.
“Se no passado havia interferência para se buscar pessoas, hoje não mais ocorre. Concorde o Executivo ou não com as decisões, elas são de inteira responsabilidade do Ministério Público”, afirmou."
FONTE da complementação: da Redação da Agência PT de Notícias (http://www.pt.org.br/cardozo-imprensa-deturpou-decisao-do-stf-sobre-dilma/).
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