quarta-feira, 20 de maio de 2015

A FERROVIA BIOCEÂNICA BRASIL-PERU



Ferrovia Transcontinental cruzará o país e ligará o oceano Atlântico ao Pacífico

Ferrovia leva o Brasil e a China até o Peru

R$ 60 bilhões serão pagos em moedas locais. Bye, bye, dólar ! 

Do portal "Conversa Afiada"

"A presidenta Dilma Rousseff recebeu o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, ontem, terça-feira (19), no Palácio do Planalto. Os representantes de Brasil e China se reuniram para debater o aprofundamento da cooperação entre os países. Um dos tópicos mais relevantes do encontro foi o projeto da Ferrovia Transcontinental, que cruzará o território brasileiro e cortará o continente sul-americano, ligando o oceano Atlântico ao Pacífico.

Convidamos as empresas chinesas a participarem dessa grande obra, que sairá de Campinorte, no Tocantins, lá na Ferrovia Norte-Sul, passará por Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, atingirá o Acre e atravessará os Andes até chegar ao porto no Peru”, declarou a Dilma.

A infraestrutura será beneficiada por um projeto de grande alcance que vincula o Brasil com a Ásia e a América Latina. Trata-se de um projeto de construção de uma logística bastante desafiadora, a Ferrovia Transoceânica”, completou a presidenta.

Dilma e Li Keqiang abordaram temas importantes para os dois países, como comércio, investimentos, finanças, agricultura, energia e transportes. Ao todo, foram 35 acordos firmados entre os países, com destaque a oferta de treinamento em tecnologia da informação aos bolsistas do programa "Ciência Sem Fronteiras", além do financiamento de 14 navios de minério de ferro com capacidade para 400 mil toneladas.

Nossa parceria avança também no campo da educação, da tecnologia e da inovação”, comentou a presidenta, que ainda ressaltou a importância da venda de aviões da Embraer. “A entrega do primeiro lote de 22 aeronaves, dentre as 60 vendidas pela Embraer, é um importante marco nessa direção”.



A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. No último ano, as trocas comerciais bilaterais chegaram a US$ 77,9 bilhões. O Brasil teve superávit de US$ 3,3 bilhões. Só este início de ano, em 2015, entre janeiro e abril, o comércio entre os países acumulou US$ 21,7 bilhões.

Abaixo, outras frases importantes de Dilma após o encontro:

"Este encontro reafirma a intensidade de nossas relações e dá seguimento aos contatos de alto nível que nossos governos tornaram frequentes. Construímos, por meio dos princípios da igualdade e da confiança mútua, bases para Parceria Estratégica Global entre a China e o Brasil;

Em 2016, viajarei, uma vez mais, à República Popular da China, a convite do presidente Xi Jinping;

Tivemos reunião muito produtiva, marcada pelo diálogo franco e pela disposição de avançar, fortalecer e efetivar nossa parceria. O Plano de Ação Conjunta 2015-2021, que assinei com o primeiro-ministro, inaugura uma etapa superior em nosso relacionamento. O Brasil atribui grande importância à assinatura do Acordo sobre Investimentos e Capacidade Produtiva e abre novas oportunidades nas áreas de energia elétrica, mineração, infraestrutura e manufaturas, totalizando mais d US$ 53 bilhões;

Nossos três países – Brasil, Peru e China – iniciam, juntos, estudos de viabilidade para essa conexão ferroviária bioceânica. Trata-se da Ferrovia Transcontinental que vai cruzar o nosso País no sentido leste oeste cortanto o continente sul-americano. Um novo caminho para a Ásia se abrirá para o Brasil, reduzindo distâncias e custos. Um caminho que nos levará diretamente, pelo oceano Pacífico, até os portos do Peru e da China;

Acordo entre CAIXA e "Banco Ind. e Comercial da China" criará fundo de US$ 50 bilhões, fortalecendo financiamento de projetos de infraestrutura;

No setor de energia, estamos ampliando a parceria já consolidada em petróleo, gás e hidroeletricidade;

Lançamos hoje a pedra fundamental de uma linha de transmissão de ultra alta tensão que levará energia da usina de Belo Monte, de Xingu no Pará até Estreito em MG, percorrendo 2.086 km. Estabelecemos também iniciativas de cooperação em energia renovável e nuclear, que permitirão o intercâmbio de experiências;

O comércio bilateral, outro aspecto central de nosso relacionamento, totalizou quase US$ 80 bilhões em 2014. A China é o primeiro parceiro comercial do Brasil e, com vistas a intensificar nosso intercâmbio, aprovamos várias medidas importantes. Hoje, estão sendo assinados novas parcerias de comércio e investimentos produtivos;

A assinatura do Protocolo Sanitário, por exemplo, criará um marco jurídico necessário para a retomada das exportações de carne bovina. O comércio de minérios também será beneficiado pela parceria da VALE com empresas e instituições financeiras chinesas;

Nossa parceria avança também no campo da educação, da tecnologia e da inovação. Com o lançamento, em dezembro último, do satélite CBERS 4, a China e o Brasil consolidaram uma iniciativa emblemática no mundo. Na reunião de hoje, decidimos desenvolver conjuntamente um satélite de sensoriamento remoto;

Aproveito para agradecer a parceria no programa Ciência Sem Fronteira, que hoje acolhe centenas de estudantes e pesquisadores;

A China e o Brasil têm desempenhado papel de destaque na construção de uma nova ordem global. Essa parceria é particularmente importante em 2015, quando as Nações Unidas celebram 70 anos. Reiterei que ela nos permitirá aprofundar a nossa perspectiva em favor da reforma do Conselho de Segurança da ONU;

O primeiro-ministro Li e eu compartilhamos a expectativa de que a próxima Cúpula do BRICS, em UFA na Rússia, acelerará a implantação do Novo Banco de Desenvolvimento;

Renovamos, ainda, nosso compromisso de atuar no G20 em defesa da reforma das instituições financeiras multilaterais. O FMI e o Banco Mundial ainda não refletem ainda em sua governança o peso dos países emergentes;

Temos de aperfeiçoar nossas relações econômicas, buscando sempre maior harmonia, respeito e benefícios mútuos. Espero que sua visita ao Brasil seja seguida de outras oportunidades para que o povo e o Governo brasileiros reiterem a estima e o apreço que têm pela China."



Dilma: Como diz um provérbio chinês, “se o vento soprar em uma única direção, a árvore crescerá inclinada” (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

FONTE: escrito por João de Andrade Neto, editor do portal "Conversa Afiada"  (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2015/05/19/ferrovia-leva-o-brasil-e-a-china-ate-o-peru/).

COMPLEMENTAÇÃO 1

BRASIL E CHINA SELAM INVESTIMENTOS DE US$ 53 BILHÕES



"O Brasil atribui grande importância à assinatura desse acordo sobre investimento e capacidade produtiva nas áreas de energia elétrica, mineração, infraestrutura e manufaturas", disse a presidente Dilma em declaração conjunta ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang; Dilma também anunciou que será criado um fundo de US$ 50 bilhões para investimentos no Brasil em infraestrutura, pela Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China; entre os 35 acordos comerciais firmados entre os dois países na terça-feira 19, está a construção da ferrovia que vai ligar o litoral brasileiro, pelo Pará, ao peruano, no Pacífico, e o acordo da Petrobras com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de US$ 5 bilhões, também para financiamento de projetos. 

Do "Brasil 247" 

Os governos do Brasil e da China firmaram acordos que chegam a mais de 53 bilhões de dólares, anunciou a presidente Dilma Rousseff na terça-feira, 19.

"O Brasil atribui grande importância à assinatura desse acordo sobre investimento e capacidade produtiva... nas áreas de energia elétrica, mineração, infraestrutura e manufaturas", disse Dilma em declaração conjunta ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

Entre os acordos está o de financiamento da linha ferroviária que irá da costa brasileira no oceano Atlântico até a costa peruana no Pacífico, a fim de reduzir os custos de exportações para a China. O fundo também financiará um empreendimento conjunto para produzir aço no Brasil.

Entre os acordos estão um entre a chinesa Cexim e a Petrobras, no valor de US$ 2 bilhões, para financiamento de projetos na petroleira. A Petrobras também assinou acordo com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de US$ 5 bilhões, também para financiamento de projetos.

A mineradora Vale também assinou acordo de cooperação financeira global com o ICBC, para oferta de serviços financeiros no valor de US$ 4 bilhões. Também fez um trato para financiamento da compra de 10 navios de minério de ferro de tonelagem de 400 mil toneladas, com o Grupo China Merchants e a Cexim.

A Vale ainda assinou acordo para aquisição de quatro navios da classe carregadores de minério de grande porte, com a chinesa Cosco. O presidente da mineradora brasileira assinou seis acordos com dirigentes chineses. Entre eles estão memorando de financiamento sobre projetos de compra de diversos navios para o transporte de minério de ferro.

O chefe de governo chinês chegou por volta das 10h30 ao Palácio do Planalto, subiu a rampa e foi recepcionado por Dilma na entrada do Salão Nobre. A visita do primeiro-ministro ocorre menos de um ano após a vinda ao Brasil do presidente da China, Xi Jinping, quando foram assinados mais de 50 acordos. [...]

A delegação de Li Keqiang inclui 150 empresários chineses que se reuniram com o empresariado brasileiro na Cúpula Empresarial Brasil-China, no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Durante a visita da missão chinesa, o governo brasileiro solucionou a questão da liberação das exportações de carne bovina para a China. Durante a visita de Xi Jinping, em julho do ano passado, foi anunciado o fim do embargo chinês à carne brasileira, em vigor desde 2012. No entanto, ainda faltava a assinatura de um protocolo sanitário.

Confira abaixo reportagem da [agência norte-americana de notícias] "Reuters" sobre o assunto:

Brasil e China firmam acordos de mais de US$ 53 bilhões e criarão fundo para infraestrutura

BRASÍLIA (Reuters) - Brasil e China assinaram nesta terça-feira acordos que superam os 53 bilhões de dólares para investimentos e contratos de cooperação financeira, assegurando um fluxo de capital importante para a economia brasileira no momento em que busca se recuperar.

"O Brasil atribui grande importância à assinatura desse acordo sobre investimento e capacidade produtiva... nas áreas de energia elétrica, mineração, infraestrutura e manufaturas", disse a presidente Dilma Rousseff ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em visita ao Brasil.

Dilma também anunciou que será criado um fundo de 50 bilhões de dólares para investimentos no Brasil em infraestrutura, pela Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), confirmando reportagem da Reuters da semana passada.

"O primeiro-ministro (chinês) e eu reafirmamos a importância também de nossas relações financeiras. O acordo entre a Caixa Econômica e o Banco Industrial e Comercial da China criará um fundo de 50 bilhões de dólares, fortalecendo as opções para financiamento de projetos de infraestrutura no Brasil", declarou Dilma.

Os investimentos em infraestrutura são a principal aposta da equipe do governo Dilma para retomar a atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) deve ter contração de 1,20 por cento em 2015, segundo boletim Focus do Banco Central, depois de ter apresentado variação positiva de 0,1 por cento no ano passado.

GRANDES EMPRESAS

Os acordos de cooperação com a China envolvem grandes empresas brasileiras, como Petrobras, Vale e Embraer.

No caso da estatal petroleira, foram firmados dois acordos para financiamento de projetos somando 7 bilhões de dólares. O maior deles, no valor de 5 bilhões de dólares, é com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB).

No começo de abril, a Petrobras já tinha firmado contrato de financiamento de 3,5 bilhões de dólares com o CDB.

Já a Vale fechou na terça a venda de quatro navios Valemax, para transporte de minério de ferro, à China Merchantz Energy Shipping (CMES). A mineradora brasileira também ampliou um acordo de cooperação financeira de 4 bilhões de dólares com a China, segundo autoridades.

A Embraer, por sua vez, formalizou um contrato já conhecido para vender 22 aviões regionais a uma companhia aérea chinesa, em um negócio de 1,1 bilhão de dólares a preços de tabela. Há previsão de que o acordo seja ampliado adiante para incluir outras 18 aeronaves da fabricante brasileira.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará a exportação dos pedidos chineses à Embraer no montante de até 1,3 bilhão de dólares.

Em outra frente, o chinês Bank of Communications anunciou a compra de cerca de 80 por cento do banco brasileiro BBM por estimados 525 milhões de reais, marcando a primeira aquisição do grupo no exterior.

"A proposta de aquisição do Banco BBM é a primeira compra do Bank of Communications no exterior. Também marca o primeiro passo da expansão do banco na América Latina", disse o banco chinês em comunicado, lembrando que a China vem sendo o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009."

FONTE da complementação 1: do portal "Brasil 247"   (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/181517/Brasil-e-China-selam-investimentos-de-US$-53-bi.htm).

COMPLEMENTAÇÃO 2

Os mega-projetos chineses e a reorganização da hegemonia do comércio na América Latina

"Nos últimos anos, os principais projetos de infraestrutura na América Latina estão sendo financiados com capital chinês.


Por Akira Pinto Medeiros


Créditos da foto: Ana de Oliveira/AIG-MRE

"Na última semana, diversos veículos de comunicação, a maioria estrangeiros, noticiaram que a construção de uma megaferrovia havia entrado nos planos do Planalto. A visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, à Brasília teve como objetivo apresentar um plano de investimento orçado em US$ 50 bilhões que, dentre outras obras e compras, prevê a construção de uma ferrovia que ligue o Atlântico ao Pacífico, cruzando o Brasil e o Peru, estimada em R$ 30 bilhões.

O projeto até o momento não parece ter sido questionado pelos veículos tradicionais, é tratado até com simpatia por se propor a sanar um grande problema de logística do Brasil, a falta de uma saída ao Pacífico. Vale destacar que o projeto beneficia principalmente os grandes produtores de commodities que terão seus custos reduzidos no processo de exportação para o gigante asiático. Estaríamos assim apenas seguindo a rota do dinheiro, facilitando a compra dos nossos produtos por aqueles que mais se dispõem à comprar.

Pelo desenho original, a ferrovia sairá do Rio de Janeiro e passará pelos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Roraima, e Acre, antes de entrar no Peru - por onde seguirá até o Pacífico. Não há dúvidas de que se trata de um megaprojeto que beneficiará os produtores brasileiros e os chineses. Mas será que é apenas isso?

Nos últimos anos, temos visto uma movimentação bastante acelerada dos chineses na América Latina. De maneira sutil, os chineses estão reorganizando o comércio e a infraestrutura da região. Existe um tensionamento mais frio que o da Guerra Fria, onde ao que parece os Estados Unidos estão em desvantagem. Não se trata de um debate de ideias; diversas missões chinesas têm visitado os países da América Latina, algo similar com o que os EUA fizeram no período entre guerras. Os chineses mostram sua destreza ao competir na economia globalizada de forma dura.

Nos últimos anos, os principais projetos de infraestrutura na América Latina estão sendo financiados com capital chinês, com exceção do Porto de Mariel em Cuba. O Canal da Nicarágua começou a ser construído no final do ano passado pela HKNCD (Hong Kong Nicaragua Canal Development) e tem previsão de entrega para daqui a 5 anos. O projeto é maior, mais largo e mais profundo que o Canal do Panamá – principal trajeto para cruzar de um oceano a outro na atualidade – o que permitirá o trânsito dos maiores navios cargueiros da atualidade. O projeto do Canal da Nicarágua prevê um fluxo de aproximadamente o dobro da carga que hoje transita pelo canal vizinho.

O Porto de Mariel em Cuba, apesar de não estar sendo construído com capital chinês, também representa uma ameaça ao controle estadunidense do fluxo de cargas na América. Construído com empréstimo direto do BNDES, o megaprojeto cubano prevê capacidade para 800 mil contêineres por ano e será operacionalizado pela Singapur PSA International – que administra cerca de 30 milhões de contêineres pelo mundo. A recente aproximação entre os governos de Washington e Havana mostra, entre outras coisas, a preocupação dos empresários estadunidenses com esse empreendimento. São cerca de 70 empresas transnacionais que já se manifestaram sobre a intenção de operar em Mariel, nenhuma delas é estadunidense tendo em vista o embargo econômico que a ilha do povo cubano vive.

Ainda sobre a aproximação chinesa na América Latina, recentemente o governo de Cristina Kirchner fechou um acordo para a transferência do equivalente à 11 bilhões de dólares que prevê a construção de duas hidrelétricas no país.

Todos esses projetos citados apresentam ganhos de eficiência das economias da região, além de garantir o abastecimento de commodities à China de maneira mais rápida e barata. Se analisarmos o mapa da América Central, veremos que esses megaprojetos representam também a reorganização da geopolítica na região. O Canal da Nicarágua deságua próximo ao Porto de Mariel que visa ser um grande porto de escoamento para os Estados Unidos, América Latina e China.

Como se não fosse suficiente, o primeiro-ministro chinês desembarcou em Brasília (19/05) para fechar o acordo da megaferrovia que ligará o Atlântico ao Pacífico. O projeto ligará a ferrovia norte-sul ao Pacífico via Peru, barateando os custos do escoamento de minério de ferro e soja. 

O comércio entre o gigante asiático e a América Latina foi multiplicado por 20 entre 2000 e 2014, já superando US$ 262 bilhões. Em uma reunião entre os membros da CELAC e a China, em Pequim – realizada em janeiro – o presidente chinês Xi Jinping se comprometeu a destinar cerca de US$ 250 bilhões para projetos de infraestrutura na América Latina nos próximos 10 anos. Quase metade das exportações brasileiras para a China são representadas pela venda de soja. Segundo o Professor da UFF Theotonio dos Santos, o negócio representa “...do ponto de vista da China, uma questão-chave. É claro que o fato de o Brasil não ter uma saída para o Pacífico é uma limitante muito séria para o país, como produtor e exportador.”

A Presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, quando questionada sobre o acordo firmado com a China, disse, durante a abertura de Sessões do Congresso Nacional no dia 1º de março: “Senhoras e senhores, argentinos, o mundo, dentro de 5 anos, não dentro de 5 séculos, vai ser diferente. Dentro de 5 anos, a China vai ser o mais importante ator econômico, se já não for, do mundo. Como, se durante toda a nossa vida nos disseram que tínhamos que ter 'relações carnais' com aqueles que nunca nos davam nada e nos tiravam tudo? Como não vamos ter relações normais, comuns e diplomáticas, econômicas e estratégicas com aqueles que nos vêm oferecer investimentos? Não se pode ser tão estúpido, não se pode ser tão colonizado mentalmente, tão subordinado intelectualmente, tão pequeno de cabeça e de neurônios.”.

A movimentação chinesa não é um projeto a ser implantado, é um projeto em curso, que depende do não alinhamento automático aos EUA, e da preservação dos governos populares, para reorganizar a hegemonia do comércio na região e alavancar o desenvolvimento latino-americano. Sobre isso, Dos Santos diz: “Essa é uma política que a China vem seguindo, de usar esse excedente econômico colossal que tem para criar uma economia mundial que atenda não só as necessidades chinesas, mas também sirva para um desenvolvimento planetário, para sairmos dessa posição subordinada que nós temos dentro da economia mundial. Isso é interesse da China e é interesse nosso.

FONTE da complementação 2: escrito por Akira Pinto Medeiros no portal "Carta Maior"  (http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Os-mega-projetos-chineses-e-a-reorganizacao-da-hegemonia-do-comercio-na-America-Latina/7/33524).

7 comentários:

  1. Agronegócio prefere ferrovia de Sinop-MT / Miritituba-PA à Transoceânica

    O governo pode até estar alinhado com os chineses sobre a necessidade de se construir uma ferrovia que corte o Mato Grosso e avance até a Ferrovia Norte-Sul, criando uma nova rota de escoamento de grãos para o País. O traçado previsto, no entanto, está longe das soluções logísticas que os produtores da região de fato esperam.

    O trecho que realmente passou a ser prioridade para o produtor é a ferrovia que liga Sinop (MT) a Miritituba, no Pará. O novo traçado foi incluído no pacote de concessões que será detalhado em junho de 2015, a pedido do próprio setor produtivo.
    Em vez de cortar o Mato Grosso de leste a oeste, ligando a região de Lucas do Rio Verde até Campinorte, em Goiás, onde se conectaria à Ferrovia Norte-Sul, o novo projeto correria paralelo à rodovia BR-163, que já foi concedida à iniciativa privada até Sinop. A partir desse ponto, portanto, a nova ferrovia subiria cerca de 1000 km rumo ao Pará, até chegar a Miritituba, onde diversas tradings de grãos já erguem um novo complexo para o escoamento de grãos.

    Essa rota é bem mais interessante para o produtor porque, a partir do Pará, é possível acessar a hidrovia do Rio Tapajós e, assim, se conectar ao Rio Amazonas. "Na prática, isso significaria menor custo", segundo o senador Blairo Maggi (PR-MT), um dos principais interlocutores do agronegócio no País.

    A questão é que esse novo traçado praticamente inviabiliza a ligação acertada com os chineses, entre Lucas do Rio Verde e Campinorte, traçado que faz parte da alardeada "Ferrovia Transoceânica", que ligaria os extremos do Brasil e do Peru. "Não faz sentido pensar em duas ferrovias na região", comenta Maggi.

    Os produtores até chegaram a calcular o preço do escoamento de grãos pelo vizinho latino-americano. Segundo Maggi, concluiu-se que cada tonelada de carga que saísse por trilhos de Lucas do Rio Verde com destino aos portos do Peru ficaria US$ 40 mais cara que aquela destinada aos portos de Santos ou Paranaguá.

    "Quando comparamos todas as alternativas, não há dúvidas de que o traçado de Sinop-MT a Miritituba-PA é a melhor alternativa", comentou Maggi.

    Relembrando alguns episódios de conflitos com países da América do Sul, além da dificuldade desta ferrovia transpor a Cordilheira dos Andes.

    Por ocasião da construção da usina hidroelétrica de Itaipu o Brasil durante o regime militar, o Brasil financiou 100% da obra, e o pagamento do financiamento seria com a conta da energia elétrica excedente que o Paraguai não consumiria e venderia ao Brasil, porém durante o governo Lula o custo da energia vendida triplicou, pois se quebrou o acordo, semelhante ao que aconteceu com relação à Bolívia, na qual a Petrobras investiu pesadamente na recuperação da unidade extração de gás, e teve suas unidades invadidas e expulsas pelo atual governo Morales, e desfecho semelhante teve com relação ao Equador pelo governo de Rafael Correa que expulsou e não ressarciu uma empresa de engenharia brasileira Odebrecht que prestava serviços de engenharia locais, e ainda com relação á Venezuela, firmou-se compromisso de parceria com o governo Chaves para construção de refinaria em Pernambuco, e depois seu sucessor Nicolas Maduro declinou deixando a Petrobras bancando sozinha na construção da RNEST-PE.

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  2. Ao Luiz Carlos Leoni,
    Sua argumentação me parece bem lógica e fundamentada. Deveria ser levada ao conhecimento do governo federal. Porém, creio que as duas soluções não são excludentes. As duas poderão ser benéficas. A ligação Atlântico-Pacífico trará muitos outros benefícios para o Brasil além do escoamento da produção de grãos de Sinop e do centro-oeste em geral. Assim como o caso por você citado da Hidrelétrica de Itaipu, que enfrentou muitos aspectos negativos, é inegável que os benefícios que ela propicia ao Brasil são imensos. Hoje, ela é essencial para a economia brasileira. Valeu a pena o gigantesco investimento, apesar de todos os inconvenientes.
    Maria Tereza

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  3. A Tereza Braga,

    Relembrando alguns episódios de conflitos com países da América do Sul, além da dificuldade desta ferrovia Transcontinental transpor a Cordilheira dos Andes, algo que nem a Argentina e o Chile conseguiram para interligar suas ferrovias mesmo possuindo a mesma bitola, Indiana (1,676 m).

    Conclusão;
    Pelos vários episódios passados citados com os demais países vizinhos de tendências bolivariana da América do Sul já descritos, fica demonstrado que estes não costumam honrar seus compromissos para com outrem, com grande instabilidade política na região.

    Os governantes do Brasil pós regime militar (1985) tem uma tradição de não concluir nenhuma obra de grande porte (PAC), e nem Angra–III a única grande obra inacabada desde o fim do regime militar 1985 não conseguiram operar.

    Em uma Relação Internacional, a China atualmente possui excesso de liquidez monetária, e escassez de matérias primas, e sabe, e quer emprestar o maior volume possível com o aval do Brasil, pois aqui, os governantes, independente dos partidos de plantão costumam honrar seus compromissos.

    O investimento chinês é bem vindo, porém a alternativa de envolver mais de um país, e ter que atravessar os Andes, não me parece ser a solução mais adequada no momento, e a alternativa doméstica Sinop-MT / Miritituba-PA (Na região central do Pará) com ~990 km de ferrovia no momento é a solução mais simples, rápida, curta, econômica , além de transitar por uma região relativamente mais plana que a proposta anterior.

    As hidrovias seguidas das tubovias, continuam sendo a forma mais econômica de movimentar produtos, e principalmente na região Amazônica em que os rios são abundantes e os terrenos alagadiços.

    Já existe uma ferrovia que parte de Santos-SP e chega até Corumbá / Ponta Porã-MS divisa com o Paraguai, embora parte de Mato Grosso do Sul esteja em estado precário e abandonada e que pode ser interligada com a Ferrovia Norte Sul em MS, se for assim é muito mais conveniente e econômico reformar esta ferrovia e prolonga-la até o Pacífico!!!

    De qualquer forma, a participação da indústria de material ferroviário local é fundamental, o país padece da geração de empregos, pois além das carências locais ainda esta recebendo milhares de refugiados de outros países, e a fonte monetária com esta forma de farta distribuição de bolsas sem contrapartida da produção já se esgotou.

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  4. Ao Luiz Carlos Leoni,
    Discordo em um detalhe. Não houve grandes obras somente no governo militar. Há outras nos últimos 12 anos. Por exemplo:
    1 – PONTE RIO NEGRO, AMAZONAS
    Em operação. Com 3,6 Km de extensão, é a 2ª maior ponte fluvial do mundo e a maior do Brasil.
    2 – FERROVIA NORTE-SUL
    O trecho de 682 km situado entre as cidades de Ouro Verde (GO) e Estrela do Oeste (SP) está com 70% das obras concluídas. Já em operação entre Tocantins e Goiás (855 km de ferrovia).
    3 – FERROVIA TRANSNORDESTINA, CEARÁ, PERNAMBUCO E PIAUÍ
    Integrada à Ferrovia Norte-Sul, liga o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, num total de 1.728 km.
    4 – PONTE SOBRE O RIO MADEIRA
    Sobre o rio Madeira, na divisa do Amazonas e Rondônia, na rodovia BR 319.
    5 – USINAS EÓLICAS
    Apenas um dos projetos, o ARIZONA, no RIO GRANDE DO NORTE, atinge 1.163,39 MW de potência instalada por meio de 42 parques eólicos em funcionamento.
    6 – BRT TRANSCARIOCA, RIO DE JANEIRO
    Tem 39 km de extensão e 45 estações. Já atende 450 mil pessoas por dia.
    7 – METRÔ DE SALVADOR, BAHIA
    Inaugurado no ano passado o 1º trecho com 7,4 km de extensão e 5 estações.
    8 – AMPLIAÇÃO E REFORMA DE 13 AEROPORTOS
    Em Salvador, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Natal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus, Fortaleza, Maceió, Cuiabá e Curitiba os aeroportos foram reformados e ampliados. A capacidade dos aeroportos triplicou e foram reformadas pistas, estacionamentos e terminais.
    9 – PONTE ANITA GARIBALDI, SANTA CATARINA
    Em Laguna (SC), É a 1ª ponte estaiada em curva do mundo e a 3ª maior do Brasil, com 2.830 metros de extensão.
    10 – UM MILHÃO DE CISTERNAS
    Em todo o semiárido, foram entregues 750 mil unidades para consumo familiar e 76 mil de apoio à produção. Com as 350 mil entregues por Lula, são mais de um milhão de cisternas ajudando a combater a seca.
    11 – SUPERPORTO DO AÇU, RIO DE JANEIRO
    Já está em operação em sua 1ª etapa. Está localizado no município de São João da Barra, norte do Estado do Rio de Janeiro,no distrito de Açu.
    12 – PERÍMETRO IRRIGADO DE NILO COELHO, PERNAMBUCO
    O perímetro irrigado de Nilo Coelho, localizado na cidade de Petrolina, no semiárido pernambucano, é o maior do Brasil em produção. Com área irrigável de 18.563 hectares, beneficia cerca de 2.200 famílias e gera 20 mil empregos diretos e 30 mil indiretos.
    13 – 2,75 MILHÕES DE MORADIAS ENTREGUES PELO MINHA CASA MINHA VIDA
    Lula entregou 1 milhão de moradias. Dilma já entregou 2,75 milhões.
    14 – 23 UNIVERSIDADES E 152 CAMPI CRIADOS
    Criadas quatro novas universidades federais: a do Cariri (UFCA), no Ceará, a do Sudeste do Pará (Unifesspa), a do Oeste da Bahia (Ufob) e a do Sul da Bahia (Ufesba). A Universidade Federal do ABC, criada por Lula e ampliada por Dilma, já é considerada uma das melhores do Brasil
    15 – USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE, PARÁ
    3ª maior hidrelétrica do mundo, continua em seu ritmo previsto de construção, apesar dos muitos obstáculos que lhe são colocados, tentando interromper a obra (Ibama, TCU, Funai, ONGs estrangeiras, embargos de juízes etc).
    16 – USINA HIDRELÉTRICA DE ESTREITO, MARANHÃO
    Com capacidade de gerar 1.077 MW, foi inaugurada por Dilma Roussef.
    Como lhe transmiti, não julgo as ferrovias excludentes. Há tanta carência delas no Brasil que considero quanto mais mais, melhor. Inclusive, o Brasil precisa de mais hidrovias, tubovias, rodovias. A ferrovia bioceânica, segundo a ideia inicial divulgada, ligará o Porto do Açu (RJ) até o litoral do Peru, passando por Aruaçu (GO), Lucas do Rio Verde (MT), Porto Velho (RO). Não há traçado definido de Porto Velho até um porto no Peru, provavelmente o de Ilo.
    Quanto a países "com tendência bolivariana", como você expressou, não tenho preconceito de que isso seria obstáculo para a ferrovia. "Bolivariano" virou xingamento no Brasil, mas, em síntese, significa apoio mais prioritário às classes mais pobres. Não é ruim.
    Maria Tereza

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  5. Prezada Tereza Braga,
    Procurarei argumentar ponto a ponto, a sua exposição de 16 itens, referente as hidrovias, hidroelétricas e ferrovias.

    Das hidroelétricas citadas, Jirau, Santo Antônio e Belo Monte e o mesmo ocorre com a usina nuclear de Angra III nenhuma esta concluída, o mesmo ocorre com a integração do Rio São Francisco.

    As duas ferrovias citadas Transnordestina e Norte Sul também estão incompletas, e o pior não existe planejamento logístico nenhum, embora exista uma empresa estatal a EPL-Empresa de Planejamento e Logística consumindo milhões de reais para fazer estas tarefas.

    Com relação aos quatro países Sul Americanos, citados com exemplos de como foram seus "modus operandi" para se aproveitar da fraqueza dos governos brasileiros nesta ultima década, não são só os provenientes da África que estão invadindo a Europa, Você não viu que a Venezuela esta fazendo com os colombianos nestes tempos atuais!!!

    O apoio as classes mais desfavorecidas é gerando emprego, e não com a distribuição de bolsas clientelistas sem contrapartida nenhuma, com muitas verbas desviadas das falcatruas nas estatais como já fartamente divulgadas na mídia.

    Por não couber neste espaço estou lhe enviando uma matéria de J.R. Guzzo - São Paulo.

    Está mais do que na hora de os profissionais das ciências políticas, sociais e psicológicas deste país se dedicarem com seriedade à investigação de um fenômeno até agora inexplicável — a obsessão por trens de ferro e ferrovias imaginárias dos governos do ex-presidente Lula e da atual presidente Dilma Rousseff.
    Durante anos, como é do conhecimento comum, o governo testou a paciência dos brasileiros falando no trem-bala, que ligaria o Rio de Janeiro a São Paulo, e sabe Deus a que outros lugares mais, chispando à velocidade de 200 quilômetros por hora ou coisa parecida. O trem-bala foi o campeão das obras com existência limitada ao papel que se sucederam ao longo desse tempo todo.
    Em certo momento, foi incluído entre as realizações que o governo popular “entregou” ao país. Era também uma demonstração a mais de que “foi preciso um operário chegar à Presidência da República para o Brasil ganhar um trem do Primeiro Mundo” — e mesmo a mais pacata manifestação de discordância em relação aos desejos do governo a respeito era imediatamente carimbada como “complexo de vira-lata” das nossas elites. Mas o trem-bala nasceu, viveu e morreu como uma miragem.

    Jamais recebeu um único metro de trilho; jamais teve, sequer, um projeto de engenharia. Muito bem. Justo agora, quando o trem-bala estava em via de ser esquecido, lá vem a presidente Dilma e nos informa que ela tem mais um trem a apresentar: desta vez é a Ferrovia Bioceânica.

    (continua)

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  6. (continuação)

    À primeira vista parece alguma coisa ligada ao Ministério do Meio Ambiente — uma estrada de ferro para melhorar a sustentabilidade dos biomas brasileiros, talvez, ou para proteger a biodiversidade do nosso litoral? Não: a ideia é fazer uma ferrovia ligando o Brasil ao Peru, até chegar ao Oceano Pacífico. É o novo trem-bala — “O Retorno”. Ideia fixa? Chamem os universitários.

    A Ferrovia Bioceânica não faz parte do PAC, caso isso possa animar alguém, e sim do PIL, o que já desanima de novo — é esse o nome que deram a um Plano de Investimento em Logística que o governo acaba de anunciar, acenando com investimentos de quase 200 bilhões de reais em obras, dos quais, obviamente, não existe um único tostão em caixa.

    Na teoria, a solução para essa dificuldade está em executar as obras pelo sistema de concessões à iniciativa privada. É o que o governo prometeu ao lançar esse último plano, junto com a garantia de que, ao contrário do que aconteceu nos últimos 12 anos e meio, desta vez as empresas não terão de cumprir exigências impossíveis para receber a licença de investir na infraestrutura do país.

    Trata-se, com certeza, da única opção para fazer algo de útil nessa área — ou o investidor privado tem alguma chance real de ganhar dinheiro com a exploração comercial de estrada, aeroporto ou outra obra que construa com os próprios recursos, ou não investe. Por que raios investiria se o governo não vai deixar que ele tenha lucro com seu investimento?

    Desde janeiro de 2003, os resultados obtidos com concessões foram positivamente miseráveis, como é da lógica elementar — nas poucas iniciativas que chegou a fazer, o governo criou tantos obstáculos que quase nada de sério foi feito. O mais notável deles é a exigência de um “lucro justo”, nem um realzinho a mais — sendo que é o governo, e não o mercado, quem decide o que é justo e injusto.

    Esqueçam o trem bioceânico, que já nasce morto pelo ridículo e pelo fato de que transportar cargas para o Pacífico sai mais barato pelos portos atualmente em operação, mesmo com seus custos horrendos. O PIL inteiro caminha para a não existência se o PT, em geral, e a presidente Dilma, em particular, continuarem a agir como têm agido em todo o seu governo.

    As obras jamais foram feitas porque ambos, no fundo, são apaixonadamente contra a privatização da infraestrutura — estão convencidos de que é melhor não fazer nada do que deixar que outros façam. Preferem ficar com sua ideologia e as ruínas da transposição das águas do rio São Francisco.

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  7. Ao Luiz Carlos Leoni,
    Tudo bem. Creio que entendi seu ponto de vista. Em resumo, tudo que foi e está sendo feito, ferrovias, rodovias, portos, BRT's, metrôs, milhões de moradias para pobres, transposição do São Francisco, pontes, UHE, Universidades etc etc são iniciativas ruins ou obras inacabadas, ruínas. O "mercado" é que deveria ter escolhido e continuar escolhendo, única e soberanamente, o que fazer, o que é justo ou injusto. Se ele nada faz em infraestrutura, como nada fez no governos PSDB comandado pelo mercado, é porque nada deveria e deve ser feito.
    Interessante. Vou pensar nisso.
    Maria Tereza

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