segunda-feira, 27 de julho de 2015

APELAÇÃO: "FOLHA" USA MORTES TRÁGICAS PARA ATACAR LULA




"Folha" usa mortes trágicas para atacar Lula

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Em 2007 a Folha de S. Paulo publicou, com chamada de primeira página, um artigo do psicanalista Francisco Daudt responsabilizando o então presidente Lula pelo acidente da TAM no aeroporto de Congonhas.

Governo assassina mais de 200 pessoas”, segundo Daudt, deveria ser a manchete com letras garrafais.

O mesmo episódio deu origem à escola jornalística do “testando hipóteses”, da lavra do atual diretor de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel.

Na cobertura da tragédia da TAM, a grande imprensa se portou como devia. Não é pitonisa, como não é adivinha, desde o primeiro instante foi, honestamente, testando hipóteses, montando um quebra-cabeça que está longe do fim”, escreveu ele em artigo.

O “teste de hipóteses”, no caso, incluiu uma reportagem de Rodrigo Bocardi no Jornal Nacional, assim descrita por Paulo Henrique Amorim: “O repórter Rodrigo Bocardi demonstrou de forma irrefutável que as condições da pista eram tais que uma chuva da espessura de uma moeda de R$ 1 foi suficiente para matar 199 pessoas. Reportagem memorável, porque se cercou de propriedade da Ciência Física que nem Einstein imaginou. Como prêmio, este repórter, hoje, domina a cobertura internacional da Globo, a partir de Nova York”.

Era o período do “caos aéreo”, que sintomaticamente resultou na troca de Waldyr Pires por Nelson Jobim no Ministério da Defesa.

A investigação do acidente concluiu que Lula não estava na cabine de comando do avião da TAM e que a “moedinha” de água do Bocardi cobrindo a pista de Congonhas não foi a causa da tragédia: a manete de aceleração/reverso estava na posição errada durante o pouso. Àquela altura, todas as hipóteses culpando Lula e/ou o governo pelo acidente já tinham sido testadas.



Para demonstrar que pouco mudou desde então, a "Folha de S. Paulo" agora tenta associar Lula à morte de um adolescente no Rio de Janeiro.

Dedicou pelo menos duas manchetes de sua versão digital para fazer isso.

A suspeita é de que Christiano Tavares, o “garoto símbolo do PAC”, tenha morrido de overdose.

Para completar o quadro, Igor Gielow escreveu um texto espantoso em que explora a morte trágica de um adolescente para fazer política à moda de Francisco Daudt.

Ele chama de “perversa” a ascensão social dos pobres pelo consumo, como se tivesse sido nomeado para falar em nome “deles”. Não se envergonha de empregar a morte alheia, num texto carregado de falso sentimentalismo, para fazer metáfora sobre a “ruína” do Brasil.

Mais uma demonstração - como se não bastasse a capa da "Veja" - de quanto o ex-presidente Lula ainda assombra a direita brasileira.

Confiram um trecho:



FONTE: escrito por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo . Postado no "Blog do Miro"  (http://altamiroborges.blogspot.com.br/2015/07/folha-usa-morte-tragica-para-atacar-lula.html).

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