sexta-feira, 31 de julho de 2015

POR QUE GASTAR COM CAÇAS GRIPEN?



[OBSERVAÇÃO deste blog 'democracia&política':

AFINAL OS 36 CAÇAS GRIPEN PARA A FAB - FINALIZADO O ACORDO DE FINANCIAMENTO


A notícia da finalização do acordo foi dada na noite de quarta-feira. Contudo, em alguns telejornais (como o da BAND), foi transmitida com comentários de reprovação, afirmando que bom seria o Brasil cancelar a compra, pois não precisamos gastar em armas de guerra. Esse é um engano que vem desde a Idade Média. O velho dilema "canhões x manteiga" (A resposta é: ambos. São indispensáveis e não são excludentes).

Nenhum país, mesmo os sem ameaças evidentes (que hoje surgem rapidamente), deixou de investir em segurança, nas suas Forças Armadas. Exceto notórias exceções, com situação não aplicável ao Brasil (ex.: Porto Rico, Andorra e outros). 


Usando metáforas, comparemos o país com uma casa grande, rica, situada em uma rua tranquila, com bons vizinhos. Se o proprietário acreditar nessa paz e aceitar idéias “modernas” de terceiros, seus “grandes amigos” - de não colocar muros, portas, janelas, trincos, para economizar gastos nesses itens de segurança e “dedicar recursos ao social” - os perigos, os assaltos, as invasões, os estupros dentro de sua casa logo surgirão. De nada adiantará sair correndo para tentar encomendar grades, portas, janelas, trancas e fechaduras somente quando um grupo de malfeitores “da zona norte” aparecer na esquina. Da mesma maneira, ficou vulnerável o Brasil.

A nossa imprensa antinacional e até autoridades entreguistas há muitos anos estimulam essa vulnerabilidade. Dou alguns exemplos. Nos governos FHC/PSDB eram muito comuns na imprensa artigos com a pergunta: "Forças Armadas no Brasil para quê?". O jornal [tucano] Folha de S. Paulo publicou em 02/05/2004, como “Opinião”: “O Brasil ter Forças Armadas é só por diletantismo, já que há décadas não há guerras e não há nenhuma guerra à vista”. No dia da celebração da independência brasileira, no mesmo ano (07/09/2004), a "Folha" publicou: “Parada militar para celebrar o chamado Dia da Pátria é, em país pacífico, uma imitação de países guerreiros e, acima de tudo, uma impropriedade absoluta e lamentável”. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso/PSDB expressou que no Brasil "a parada militar no 7 de Setembro é uma palhaçada". Creio que ele se arrepia de emoção ao assistir a parada de 4 de Julho nos EUA e de 14 de Julho na França.

Quanto mais indefeso militarmente, mais fraco o Brasil fica para resistir às vontades dos países mais fortes. 
Infelizmente, as ameaças e ordens podem vir, e estão sempre vindo, em formas diferentes, ostensivas ou sutis, transmitidas direta ou indiretamente. Isso não mudou, como apregoam, "no mundo moderno e globalizado". Até agravou-se.

Vejamos a notícia desta semana sobre a finalização da compra dos Gripen:].


Governo garante redução de juros e fecha compra de caças suecos

"O Ministério da Defesa fechou acordo com o banco de fomento sueco SEK para a compra dos 36 caças Gripen. O governo negociou, e a direção do SEK aceitou, a redução das taxas de juros de 2,54% ao ano para 2,19% ao ano, assegurando o financiamento de 100% do projeto. A redução dos juros representa economia de até R$ 600 milhões. A compra é estimada em 39 bilhões de coroas suecas, equivalente a US$ 5 bilhões.

Renegociação garante compra de 36 caças Gripen pelo governo brasileiro

“Chegamos a um denominador comum, bom para todos. Agora, o projeto vai seguir o seu ritmo normal”, afirmou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, que foi pessoalmente ao Palácio do Planalto na quarta-feira (29) para comunicar à presidenta Dilma Rousseff o resultado das negociações.

A presidenta ficou satisfeita com a negociação bem-sucedida”, completou o ministro em entrevista ao "Estadão". O governo brasileiro não classifica a redução das taxas como uma vitória, mas sim, um acordo possível e bom para ambas as partes.

O contrato, que deveria ter sido assinado até 24 de junho, foi negociado em outubro do ano passado quando as taxas eram de 2,54%. Em maio deste ano, tinham caído para 1,54%, mas em junho já tinham subido para 1,95% ao ano. O governo brasileiro buscou a renegociação das taxas querendo que fossem de pelo menos 1,98% ao ano. Os suecos resistiram, mas acabaram cedendo após a proposta de um acréscimo de uma taxa de administração de 0,35%, a ser cobrada depois do 11º ano de vigência do contrato, que é de 25 anos. Tentaram, ainda, reduzi-la para 0,17% e por fim, concordaram em excluí-la.

Com o acordo, a expectativa é da assinatura formal do contrato para que seja possível cumprir o cronograma de embarque, ainda em agosto, dos 100 engenheiros da Embraer e oficiais da Força Aérea que se mudarão para a Suécia para trabalhar no desenvolvimento do projeto de construção do Gripen NG. Pelo contrato, o banco sueco de fomento financiará 100% do projeto, com oito anos de carência e 15 anos para pagamento. Todas as 36 aeronaves serão entregues antes de o financiamento começar a ser pago. Os primeiros aviões devem chegar em 2019." 

FONTE: do Portal "Vermelho", com informações do "Estadão"   (http://www.vermelho.org.br/noticia/268198-1). [Observação inicial entre colchetes em azul acrescentada por este blog 'democracia&política'].

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