sexta-feira, 28 de agosto de 2015

PAU QUE DÁ EM CHICO DÁ EM FRANCISCO? DÁ NÃO, Dr JANOT...




Pau que dá em Chico também dá em Francisco? Dá não, Dr. Janot

Por FERNANDO BRITO

"Paulo Henrique Amorim fez a melhor observação de todas sobre a sabatina de Rodrigo Janot no Senado: o olhar baixo e perdido de Aécio Neves.

Uma intervenção vazia, sem conteúdo, da qual, com toda a gentileza, o Procurador tirou a citação, dos tempos da “Derrama” – o imposto cobrado sobre a produção de ouro em Minas Gerais.

"Pau que dá em Chico também dá em Francisco".

Será?

Aécio talvez tenha baixado os olhos por medo de que, no Brasil, Chicos e Franciscos sejam tratados da mesma maneira.

Um aeroporto quase “privativo” ao lado de sua fazenda dá em nada.

Uma afirmação do bandido doleiro Youssef, que manda um monte de gente mofar na cadeia, para ele, arquiva-se.

Aparece na “Lista de Furnas”? Deixa que a lista desaparece.

As doações de campanha das mesmas empreiteiras da lava Jato, que no PT são corrupção (como afirma o Ministro Gilmar Mendes), para o tucano – e maiores – são “amor”.

Não, Dr. Janot, pau que dá em Chico não dá em Francisco.

O senhor lembra que usou essa mesma frase, há dois anos, quando acabara de ser nomeado, prometendo ao Estadão rigor no mensalão mineiro”, o dos tucanos, e não deu em nada?

Tomara que um dia dê.

Mesmo assim, sem ser punido, a culpa tira a altivez dos olhos de quem a tem.

Talvez a cena fosse mais bem descrita com outro ditado do interior: Aécio “ficou com cara de cachorro que quebrou panela”.

FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço" (http://tijolaco.com.br/blog/?p=29254).

COMPLEMENTAÇÃO



"Pau tem dado em Chico, mas poupado Francisco'

"Quatro senadores do PT, embora declarando apoio à recondução do procurador-geral Rodrigo Janot, foram duros ao cobrar-lhe uma conduta mais isonômica do Ministério Público, citando a seletividade de denúncias, investigações e vazamentos que têm como alvo o PT, e a indulgência para com os casos que envolvem o PSDB e figuras da oposição. 

Jorge Viana e Lindbergh Farias foram os mais duros, tendo este último, para irritação dos tucanos, citado o arquivamento de citação ao senador Aécio Neves como beneficiário de propina em Furnas pelo doleiro Youssef. "O senhor me desculpe, mas pau que tem dado em Chico precisa dar também em Francisco", disse Jorge Viana no final de sua intervenção.

A senadora Fátima Bezerra e o senador José Pimentel foram os primeiros a fazer cobranças a Janot sobre a atuação de procuradores, cobrando o reconhecimento de que foi nos governos do PT, a partir do primeiro governo Lula, que se criou a prática de indicar para o cargo de procurador-geral da República o mais votado na categoria. O senador tucano Aloyisio Nunes protestou quando se lembrou que FHC indicou o sétimo da lista, que era o já procurador Geraldo Brindeiro, que ocupou o cargo quatro vezes seguidas. "Ele era o melhor". Os dois petistas cobraram também o tratamento diferente dado aos mensalões do PT e do PSDB, estando este último, que diz respeito às eleições de 1998 em Minas, até hoje sem ser julgado. "À espera da prescrição", disse Pimentel.

O que eles disseram a Janot, em resumo, foi o seguinte: Vamos te reconduzir por republicanismo, mas saiba que nos sentimos apunhalados pela atuação do MP em sua gestão.

Jorge Viana fez uma fala eloquente, citando o costume atual de se prender antes de investigar, os vazamentos seletivos, as denúncias infundadas, como uma que ele mesmo enfrentou, para só ser julgado e inocentado agora, cinco anos depois. Disse estranhar a re-prisão de José Dirceu, que já estava preso, em regime domiciliar e citou vários casos de vazamento seletivo em que o alvo era o PT.

Outro que questionou as práticas do Judiciário e do Ministério Público foi Roberto Requião, do PMDB, citando "paladinos da Justiça que atropelam os ritos da Justiça e as garantias para obter resultados que agradem 'à população' [sic]".

FONTE da complementação: do portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/194465/'Pau-tem-dado-em-Chico-mas-poupado-Francisco'.htm).

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