sexta-feira, 28 de agosto de 2015

QUEDA MUNDIAL DO PREÇO DO PETRÓLEO JÁ CAUSOU DEMISSÃO DE MAIS DE 100 MIL



Queda do preço do petróleo já ocasionou mais de 100 mil demissões este ano

Por Alex Prado

"A vertiginosa queda nas cotações internacionais do petróleo – quase 60% nos últimos 12 meses – está cobrando uma amarga fatura às empresas do setor. Todas as grandes petroleiras mundiais estão reduzindo custos administrativos, de prospecção e de serviços, o que provocou demissões em cadeia. Segundo o jornal espanhol "El País", só nos primeiros seis meses deste ano, mais de 100 mil postos de trabalho foram cortados em todo o mundo.

Se os grupos produtores vivem momentos difíceis, são as companhias de serviços petroleiros que estão pagando o preço mais alto. "Saipem", provedora de serviços controlada pela italiana "ENI", anunciou no mês passado a dispensa de 9 mil trabalhadores. Antes, fizeram o mesmo a "Schlumberger" – maior empresa do mundo de assistência petroleira -, com 11 mil demissões; "Weatherford" (11 mil); "Baker and Huges" (10.500) e a "Halliburton" (9 mil).

E os analistas do mercado de petróleo acreditam que os baixos preços se manterão pelo menos até 2016, diante dos altos estoques mundiais, como divulgou, na semana passada, a "Agência Internacional de Energia". A OPEP está inundando o mercado mundial: em julho bombeou uma média de 31,5 milhões de barris diários, a quantidade mais elevada dos últimos três anos.

Somente na segunda-feira (24) , os preços do petróleo caíram quase 3%, influenciados pela crise acionária no China. Aqui no Brasil, as ações da Petrobrás também tiveram forte queda, que chegou a mais de 5% no começo do pregão, recuando para 4%."

FONTE: escrito por Alex Prado no site da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras) (http://www.aepet.org.br/noticias/pagina/12812/Queda-do-preo-do-petrleo-j-ocasionou-mais-de-100-mil-demisses-este-ano).

COMPLEMENTAÇÃO

Petróleo barato afeta economia da Noruega



Do "Jornal GGN"

"A queda do preço do barril de petróleo tem prejudicado a Noruega, o país mais rico e desenvolvido do mundo segundo a ONU. Com a barril a menos de 50 dólares, a economia norueguesa tem desacelerado, já que o petróleo do país nórdico é menos competitivo que o de outros países. "Isso é um problema num mundo em que a oferta é abundante e a demanda não decola”, afirma Thina Margrethe Saltved, economista do banco "Nordea".

Com a queda acentuada do preço do petróleo, a taxa de desemprego chegou a 4%, nível mais alto em uma década, principalmente em razão das demissões nas empresas que exploram o petróleo no país.

Do jornal espanhol "El País":

A riquíssima Noruega sofre com o petróleo barato

"A queda do preço do barril aumenta o desemprego e prejudica a economia do país nórdico.

Queda do preço do petróleo tira 100.000 postos de trabalho

"A queda do preço do petróleo não afeta apenas os emergentes e as grandes multinacionais da energia. A Noruega, o país quase idílico, o mais rico e desenvolvido do mundo segundo a ONU, e o mais democrático segundo a "The Economist Intelligence Unit", começa a sofrer os estragos de um barril do petróleo Brent inferior a 50 dólares. Seu modelo econômico e social, motivo de inveja para meio mundo e de orgulho para seus cidadãos, foi construído durante décadas graças à socialização dos benefícios derivados das abundantes reservas petrolíferas que guarda sob as suas águas. Agora, embora as cifras do primeiro produtor de petróleo da Europa continuem brilhando com luz própria, ele começa a sofrer alguns percalços.

A economia desacelera porque o petróleo norueguês é menos competitivo que o de outros países. E isso é um problema num mundo em que a oferta é abundante e a demanda não decola”, explica por telefone Thina Margrethe Saltvedt, economista do banco "Nordea".

A queda brusca do preço do óleo fez a taxa de desemprego superar os 4%, algo que nem a crise financeira tinha conseguido. Essa cifra, irrisória para qualquer outro país do mundo, está no nível mais alto em uma década e é vivida como um drama na Noruega. Uma onda de demissões nas empresas que exploram os seus vastos recursos energéticos tem boa parte da culpa: a começar pela estatal "Statoil", essas companhias despediram 20.000 funcionários desde que o preço do petróleo começou a cair, em meados de junho de 2014. E isso é muito numa economia em que mais de 10% dos postos de trabalho dependem diretamente do petróleo.

O pleno emprego não é o único emblema que começa a cambalear na Noruega, ainda que levemente. O fundo soberano através do qual os lucros do petróleo são canalizados viveu uma mudança nos últimos dias que era inimaginável dois anos atrás: ante a parada brusca da economia real, até agora em 2015 o Governo dividiu por sete sua contribuição trimestral a este investidor gigante, o maior fundo desse tipo no mundo, com cerca de 870 bilhões de euros (3,48 trilhões de reais) sob a sua gestão e investimentos em empresas, bônus e ativos imobiliários em todo o planeta.

Para combater a queda livre no preço de sua maior fonte de riqueza, que responde por cerca de 40% do PIB, o Banco Central do país escandinavo já reduziu as taxas de juros duas vezes este ano. E terá que continuar com essa prática nos próximos meses, dizem os analistas. “É a sua única reação possível”, afirma Saltvedt. “Sem essa redução, o impacto sobre a economia norueguesa teria sido muito pior”.

FONTE da complementação: do "Jornal GGN"   (http://jornalggn.com.br/noticia/petroleo-barato-afeta-economia-da-noruega).

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