terça-feira, 29 de dezembro de 2015

ISRAEL AMEAÇA O BRASIL



A contínua invasão, expulsão de palestinos e anexação de territórios da Palestina por Israel


A ARROGÂNCIA DE ISRAEL CONTRA O BRASIL

[OBS deste blog 'democracia&política': 

É ofensa de Israel ao Brasil a agressiva ameaça de retaliação caso não aceitemos o embaixador Dani Dayan. Querem nos impor como embaixador um militante das ocupações ilegais de territórios palestinos pelo estado israelense, condenadas reiteradamente pela ONU e pelo Brasil. Além de pressões e ameaças, para constranger o Brasil a aceitar, Israel quebrou o protocolo diplomático ao tornar a indicação pública, como fato consumado, antes da consulta de praxe e da resposta brasileira.

Israel tenta justificar-se sobre suas invasões e anexações de território alheio dizendo que conquistou boa parte dos territórios "legitimamente", na Guerra de 1967. Contudo os países integrantes da Assembleia Geral da ONU pensam diferente e reiteradamente aprovaram resoluções condenando as invasões, ocupações e anexações da Palestina por Israel e determinando a devolução dos territórios apropriados. Israel sempre ignorou a ONU porque tem o respaldo dos EUA e de seu poder de veto no Conselho de Segurança. Aliás, quem realmente venceu a Guerra de 1967 foram os EUA, com auxílio de Israel. Outro conceito a destacar: guerras há muito tempo não mais são consideradas meio legítimo que justifique invasão e anexação de territórios. Por exemplo, não mais seria aceito pela comunidade internacional os EUA incorporarem a Alemanha, a Itália, o Japão, o Panamá, Granada, o Iraque, o Afeganistão, a Líbia como territórios norte-americanos.

Desde 1947, os israelenses já invadiram e se apropriaram de aproximadamente 90% dos territórios, inclusive dos expressamente previstos pela ONU como palestinos (2º mapa, da esquerda para a direita). Expulsaram milhões dos que lá habitavam há séculos, isolaram as áreas roubadas com muros e cercas fortemente policiados, lá construíram "colônias", "assentamentos", novas áreas agrícolas e residenciais só para israelenses judeus, e se apossaram das fontes de água. Além disso, recolhem todos os impostos até das áreas ainda não totalmente invadidas, proíbem os palestinos de terem armas e forças armadas para se defenderem da invasão estrangeira e do roubo de suas terras e bens, enquanto Israel é equipado com uma profusão de armamentos poderosíssimos de última geração; até bombas atômicas possuem em grande quantidade. 

Depois, cínica e hipocritamente, fingem serem "as vítimas" e "os ameaçados" por alguns revoltados patriotas palestinos que se rebelam com pedras, facas e minifoguetes artesanais relativamente inofensivos, ou que se imolam pela pátria explodindo-se. Por conta dessa rebeldia contra a invasão, sempre "em resposta" (sic) segundo a mídia, Israel periodicamente arrasa quarteirões e mata milhares em Gaza. 

Tudo muito revoltante e com total apoio dos EUA, cujo Congresso é financiado e dominado pelo poderosíssimo lobby judeu que também comanda a mídia mundial, os grandes bancos internacionais e o complexo industrial-militar dos EUA. As Forças Armadas israelenses recebem anualmente dos Estados Unidos cerca de US$ 3 bilhões como doação oficial.  Por conta desse apoio dos EUA e da mídia e do submisso silêncio das potências europeias, Israel invade e se apropria da Palestina impunemente e quer retaliar quem reprová-lo. 


"Terrorista" mirim palestino ataca com pedras carro de combate invasor


Força Aéra Israelense "retalia ataque de palestino" e aproveita para executar a 1ª etapa de limpeza para a implantação de novo assentamento judeu na Palestina

Vejamos a postagem abaixo, do blog "Tijolaço"]: 

A arrogância da direita israelense

Por FERNANDO BRITO



"O governo da direita israelense trata das suas relações internacional com a mesma intransigência com que Israel reclamava ser tratado.

Ontem (28), o jornal inglês "The Guardian" publicou as ameaças do vice-ministro de Relações Exteriores diante do desagrado brasileiro em ver indicado como embaixador Dani Dayan, um militante das ocupações de territórios palestinos pelo estado israelense.

O embaixador anterior de Israel, Reda Mansour, deixou Brasília na semana passada e o governo israelense disse, no domingo, que o Brasil corria o risco de degradar as relações bilaterais se Dayan não fosse autorizado a sucedê-lo.O Estado de Israel vai deixar o nível de relações diplomáticas com o Brasil no nível secundário, se a nomeação de Dani Dayan não for confirmada”, disse ao Canal 10 da TV israelense o vice-chanceler Tzipi Hotovely, dizendo que Dayan permaneceria o único candidato.

Se você quer avaliar o que é isso, basta pensar que afronta seria o Brasil nomear embaixador em Israel um notório militante pró-palestinos.

Não merece outro nome senão o de provocação, e uma provocação que se dá em desrespeito não só à imensa comunidade judaica brasileira como à tradição do país, desde Oswaldo Aranha, de buscar espaço para que os perseguidos judeus da II Guerra pudessem ter seu Estado.

A ocupação de territórios palestinos por assentamento de colonos judeus é condenada pela ONU e chamada de “anexação”.

Dayan é seu defensor e, em artigo publicado em 2012 no "The New York Timesfoi além. Disse que “pelo contrário, pretendemos expandir os assentamentos judaicos existentes na Judéia e Samaria, e criar novos”. E se manifesta até contra a existência de um estado palestino, coisa que até a direita israelense parecia ter “engolido”: “a inserção de um Estado palestino independente entre Israel e Jordânia seria uma receita para o desastre”.

Nomeá-lo embaixador não é um ato diplomático. É o contrário."

FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço"  (http://tijolaco.com.br/blog/a-arrogancia-da-direita-israelense/). [Título, imagens do google e parte inicial em azul entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

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