MINISTRA DO STF SEDUZIDA PELOS "IRMÃOS MARINHO"

"GLOBO" SEDUZ CARMEN LÚCIA COM SEU PRÊMIO MÁXIMO

[OBS deste blog 'democracia&política': 

Seria o prêmio uma forma sutil imaterial, subjetiva, afagadora do ego, sedutora, aprisionante aos objetivos da "Globo"?

A Ministra do STF Carmen Lúcia, próxima presidente do Tribunal, mereceu o prêmio dos multibilionários "Irmãos Marinho". Ela já merecia da "Rede Globo" esse prêmio desde o seu famoso desempenho no julgamento do mensalão, quando ela expressou que "condenaria sem provas, baseada somente na literatura"...  (é lógico que me refiri ao mensalão do PT, pois o mensalão do PSDB foi engavetado por muitos anos no MP/PGR e no STF, abafado pela mídia e depois pulverizado para a 1ª Instâncias e infinitos recursos que garantirão a impunidade). 

No ano passado, Carmen Lúcia fez um trocadilho durante formal julgamento no STF, com aparente deboche do PT com o slogan da campanha de Lula em 2002 que dizia "a esperança tinha vencido o medo". Disse ela: "com a ação penal 470, descobrimos que o cinismo venceu a esperança. E agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo". Pelo seu jogo de palavras mordaz, irônico e acusativo contra o PT, usando artifícios da literatura (sem provas, novamente), Carmen Lúcia foi muito aplaudida e enaltecida dia e noite pela oposição e pela mídia por muitas e muitas semanas.  

Realmente, assim como o Ministro Joaquim Barbosa e o Juiz Sergio Moro, que fizeram com maestria a diferença entre PT e PSDB, a Ministra Carmen Lúcia também merece o prêmio máximo da Globo, o "Faz Diferença"].   

Do portal "Brasil 247":

"Depois de homenagear em 2014 e 2015 os juízes Joaquim Barbosa e Sergio Moro, com seu prêmio "Faz Diferença", o jornal "O Globo", dos irmãos Marinho, faz nova aposta no Poder Judiciário. Desta vez, a escolhida foi a ministra Cármen Lúcia, que, neste ano, assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal. Uma de suas frases marcantes, no ano passado, foi a de que "achávamos que a esperança tinha vencido o medo", numa referência direta ao mote da primeira eleição de Lula. A "Globo" também homenageou Inês Etienne Romeu, uma das vítimas da ditadura militar de 1964, apoiada pelo Globo. Só em 2013 [49 anos depois!...] que o jornal fez seu mea culpa pelo apoio ao golpe que suprimiu liberdades e torturou brasileiros como Inês.

O jornal O Globo, dos irmãos Marinho, renovou sua aposta no Poder Judiciário, ao escolher o brasileiro que "faz diferença".

Depois de premiar os juízes Joaquim Barbosa, em 2014, e Sergio Moro, em 2015, ambos algozes do PT na Ação Penal 470 e, em seguida, na Lava Jato, o jornal escolheu a ministra Cármen Lúcia, que, neste ano, assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal.

A frase mais marcante de Cármen Lúcia em 2015 foi também um recado direto para o PT "Na história recente de nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou no mote de que a esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a ação penal 470 e descobrimos que o cinismo venceu a esperança. E agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. Quero avisar que o crime não vencerá a Justiça. A decepção não pode vencer a vontade de acertar no espaço público. Não se confunde imunidade com impunidade. A Constituição não permite a impunidade a quem quer que seja", afirmou a ministra, ao votar pela prisão do senador Delcídio Amaral, envolvido na Lava Jato. [Obviamente, há uma "Diferença" pelo que temos presenciado há décadas: os tucanos e a direita em geral estão excluídos desse grupo "quem quer que seja"].

A fala da ministra foi questionada por militantes petistas que questionaram o trecho "a maioria de nós brasileiros acreditou no mote de que a esperança tinha vencido o medo" – esse foi o mote usado por Lula para se tornar presidente em 2002.

Vítima da ditadura

Neste ano, "O Globo" também [cinicamente] decidiu homenagear, in memoriam, Inês Etienne Romeu, uma brasileira que foi brutalmente torturada pelo regime militar de 1964.

"Inês passou os últimos anos de vida em Niterói. Enfrentava dores de cabeça e nas pernas, por sequelas da tortura e do acidente doméstico. Ainda assim, teve forças para receber a CNV e identificar por fotos alguns dos seus torturadores. Mais uma vez, oferecia uma contribuição ao país. Morreu enquanto dormia, na madrugada de 27 de abril do ano passado", diz reportagem do "Globo" sobre a homenagem (leia aqui).

[Roberto Marinho, dono da "Globo", passeia, numa bela e fresca tarde carioca, de braços dados com o ditador General Figueiredo]

A ditadura implantada em 1964 foi apoiada abertamente pelo "Globo", que se beneficiou de suas relações com os militares. Só recentemente, em 2013, o jornal publicou um mea culpa pelo apoio ao regime que perseguiu, torturou e matou brasileiros." ["O Globo" arrependeu-se 49 anos depois!...].

FONTE: do portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/214443/Globo-seduz-Carmen-L%C3%BAcia-com-seu-pr%C3%AAmio-m%C3%A1ximo.htm). [Título, imagem de Roberto Marinho passeando e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].