Ontem, os noticiários da TV Bandeirantes e de vários outros veículos de comunicação divulgaram a notícia de que a conclusão das investigações teria apontado para a culpabilidade da INFRAERO, pelo fato de Congonhas naquela época não ter “grooving” (ranhuras) na pista. Secundariamente, citaram outros “culpados”, sendo por último o fabricante franco-alemão do avião Airbus.
Desde o primeiro momento daquele acidente do ano passado, a TV BAND e todas as demais, dolosa e erradamente, incriminaram a Infraero e o Presidente Lula pela ausência do tal de “grooving” e, assim, pelas mortes ocorridas.
Contudo, todas as análises técnicas vieram a eliminar a contribuição da pista. A pista ter “grooving” é bom, mas aquele acidente ocorreria da mesma maneira se ela tivesse ranhuras.
Os principais fatores contribuintes foram a lógica do “software” das manetes, que pode induzir o piloto a erro (já ocorrido em três acidentes no mundo), e o insuficiente treinamento operacional dos pilotos para sobrepujarem essa característica daquela muito boa aeronave.
Hoje, a Aeronáutica divulgou na imprensa a seguinte nota assinada pelo Brig Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica:
“NOTA À IMPRENSA”
“O Comando da Aeronáutica informa que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) ainda não encerrou o relatório final sobre o acidente do Airbus A-320 da TAM, ocorrido em 17 de julho de 2007 no aeroporto de Congonhas - SP.
Cabe destacar que esse documento não apontará culpados pelo acidente e sim os fatores que contribuíram para que o mesmo ocorresse, visando unicamente a segurança da atividade aérea.
Além disso, no momento em que for concluída a investigação desse acidente, o resultado será primeiramente apresentado aos familiares das vítimas e, posteriormente, divulgado à mídia, sem qualquer forma de privilégio a jornalistas ou veículos específicos de comunicação.
Por fim, cabe ao Comando da Aeronáutica lamentar que profissionais de imprensa estejam veiculando informações distorcidas sobre um trabalho ainda em execução e atribuindo erroneamente ao CENIPA a responsabilidade sobre essas informações.”
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