domingo, 25 de maio de 2008

OBAMA, O MENOS RUIM, ACENDE-NOS A LUZ AMARELA

Foi notória a tragédia dos governos republicanos “dos Bush”. Em diversos artigos, já expressamos ou transcrevemos as suas conseqüências nefastas para o mundo e, inclusive, para os Estados Unidos.

No momento, desponta, como provável sucessor de Bush, o candidato à Casa Branca do Partido Democrata, Barack Obama. Realmente, ele parece ser o menos ruim. Muitos esperam de Obama dias melhores para os EUA e o mundo.

Entretanto, ao ler hoje uma postagem no “blog do Azenha” (ver “recomendamos”), uma luz amarela acendeu. Transpareceram conceitos com forte suspeita de conterem venenos para os brasileiros. Assuntos como “os EUA exportarem segurança para a América Latina”, ou sobre considerar a nossa “Amazônia como um recurso global” nos são arrepiantes.

Transcrevo o texto do blog do Azenha:

OBAMA QUER "EXPORTAR" SEGURANÇA PARA A AMÉRICA LATINA

"WASHINGTON - O provável candidato do Partido Democrata à Casa Branca, Barack Obama, lançou hoje em discurso na Flórida sua plataforma para a América Latina, que fala em "restabelecer" a liderança dos Estados Unidos no hemisfério com o objetivo de fazer avançar as liberdades em três campos: político, econômico e de segurança pessoal.

Ele prometeu defender a segurança tanto da criança da favela brasileira quanto do policial da Cidade do México. Tudo indica que, em nome de dar "segurança" aos latino-americanos, Obama quer exportar para a região os conceitos e os equipamentos que bancam o aparato de segurança nacional dos Estados Unidos pós-11 de setembro.

O tom do documento é paternalista, protecionista e neocolonialista. Se o candidato democrata acusa os republicanos de raciocinarem como se a guerra fria não tivesse acabado, ele quer trazer de volta a aliança para o progresso de John Kennedy.

Sobre o Brasil o documento "Uma nova parceria para as Américas", que detalha a proposta de Obama para a América Latina, é francamente decepcionante. Embora reconheça o potencial da parceria com o Brasil para a produção de biocombustíveis, Obama assume a defesa dos produtores de álcool de milho dos Estados Unidos e define a Amazônia como "recurso global" para combater o aquecimento do planeta.”

Utilizando o link do referido blog do Azenha, acrescento um trecho (em inglês) tocante ao Brasil, extraído do discurso de Barack Obama publicado anteontem nos EUA:


WORK TOWARDS ENERGY SECURITY


THE CASE OF BRAZIL”:

“Brazil is an example of the great potential of renewable energy in Latin America, as well as some of the potential pitfalls that should be avoided. Brazil is the 10th-largest consumer of energy in the world.

Hydropower has long been a source of energy in Brazil and now provides 83 percent of the nation’s electricity demand. Brazil is also one of the largest producers of ethanol in the world. Ethanol in Brazil comes from sugar cane, which prospers in the country’s tropical climate.

In the 1970s, Brazil's former military dictators decided to subsidize ethanol production and require distribution. More than half of all cars in the country are flex-fuel, meaning that they can run on ethanol or gasoline. All gasoline in Brazil contains ethanol.

Brazil’s leadership in the renewable arena has not come without concerns. The Amazon region, an incredibly important global resource in the battle against global warming, covers nearly 60 percent of Brazil.

It has lost 20 percent of its forest — 1.6 million square miles — to development, logging and farming.

While sugarcane cultivation has not led to massive deforestation the way soybean production has, environmentalists worry that growing demand could push cane growers into the Amazon.

Domestic ethanol producers in the United States rightfully worry about competition from Brazil, which is the largest ethanol exporter in the world.

The United States last year entered into a Biofuels Partnership with Brazil to help both countries produce more biofuels and find global markets for these products. The agreement involves technology-sharing between the United States and Brazil, advancing the global development of biofuels and helping third countries develop their own domestic biofuels industries.

Barack Obama wants to expand production of renewable energy across Latin America in a way that at the same time promotes self-sufficiency and creates more markets for American green energy manufacturers and biofuels producers.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário