Cheguei à essa dúvida após ler hoje o blog do jornalista Ricardo Noblat.
Ele defende as críticas das grandes potências sobre o nosso direito de propriedade sobre a Amazônia brasileira. Vejamos alguns trechos do artigo do Noblat:
“A Amazônia é nossa? Uma ova!”
(...) “Cresce o desmatamento na Amazônia, considerada o pulmão do mundo. E quantos de nós escolhemos em quem votar levando em conta a opinião dos candidatos quanto a esse e a outros temas verdes?
"A Amazônia é nossa", reagem os mais simplórios, os sem argumentos, os nacionalistas babacas em um mundo irreversivelmente globalizado.
É nossa uma ova! A Amazônia é um patrimônio da Humanidade - assim como a Antártida, o Everest, a Floresta Negra e tudo mais que possa afetar a qualidade de vida na Terra.”
Este blog compreende que o referido jornalista é contratado das Organizações Globo, notória defensora dos interesses das grandes potências, principalmente dos EUA.
Compreende também que a nossa grande mídia defende ardorosamente as idéias aqui implantadas fortemente durante o governo PSDB/DEM-PFL/FHC.
Vê-se, no texto do Noblat, aqueles conceitos da década de 90, que ele já defendia desde o seu tempo de editor do "Correio Braziliense", onde nacionalista significa “babaca” (sic) e a desculpa da "globalização" justificava darmos todo o nosso patrimônio para os estrangeiros.
Tudo isso compreendo, mas não concordo.
Então, como escreveu Noblat/Globo, se “tudo que possa afetar a qualidade de vida na Terra” é patrimônio da humanidade, é propriedade de outros países e dá direito de ingerência a terceiros, chego à conclusão de que o arsenal militar e atômico dos EUA, que podem afetar definitiva e drasticamente a qualidade de vida na Terra, também é patrimônio da humanidade. Os EUA devem perder a soberania sobre essas armas e nós temos também o direito de decidir como usá-las...
E o arsenal atômico da China e da ex-união soviética, de quem é???
ResponderExcluirPrezado Eduardo,
ResponderExcluirPelo mesmo critério da reciprocidade, também seriam "patrimônio da humanidade". Deveríamos ter o direito supranacional de, por exemplo, destruí-los. Infelizmente, o mundo não é assim. O critério é unívoco. Somente vale no sentido que interessa aos EUA e às demais grandes potências.
Maria Tereza