sexta-feira, 13 de junho de 2008

OUTRO EXEMPLO DO “CHOQUE DE GESTÃO”

Sábado passado, 7 de junho, este blog postou o artigo “CHOQUE DE GESTÃO TUCANA NO RGS”, relatando fatos que comprometem seriamente a administração do PSDB no Rio Grande do Sul.

Perguntei naquela postagem: serão essas as tais características do famoso “choque de gestão” que, repetidamente, o candidato tucano à presidência da república, Geraldo Alkmin, prometia durante a sua campanha em 2006? Ou, a exemplo do noticiado pelo Estadão e jornais estrangeiros, “choque de gestão” significa instalar, com a participação de governos do PSDB em São Paulo, uma eficiente rede de propinodutos fornecidos pela francesa Alstom? Nunca entendi bem qual era aquela abstrata promessa da campanha tucana.

Por isso, exemplos, como o abaixo transcrito (parcialmente) da Folha Online de hoje, ajudam-me a melhor compreender o real significado do prometido “choque de gestão” do PSDB.

NO GOVERNO DE SP, EX-DIRETOR DA ALSTOM DISPENSA LICITAÇÃO

“Um ex-diretor da empresa francesa Alstom, o engenheiro eletricista José Sidnei Colombo Martini, tornou-se presidente em 1999 de uma companhia do governo de São Paulo, a EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia), e dois anos depois firmou negócio adicional com a Alstom de R$ 4,82 milhões sem concorrência, informa nesta sexta-feira reportagem de Mario Cesar Carvalho e José Ernesto Credendio, publicada pela Folha.

Martini foi indicado ao posto pelo secretário de Energia de Alckmin, Mauro Arce, que hoje integra o governo Serra.

Martini autorizou a EPTE a pagar R$ 4,82 milhões a mais à Alstom para que ela acondicionasse e armazenasse seis transformadores de 120 toneladas cada um, devido a um atraso nas obras civis de uma subestação no Cambuci, na região central de São Paulo. Os transformadores haviam sido comprados pela EPTE por R$ 110 milhões.

(...) A EPTE surgiu de uma cisão do patrimônio da Eletropaulo, privatizada em 1998. Em 2001, a EPTE foi incorporada pela CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista). Martini, que havia saído da Alstom em 1999, assumiu nesse processo a presidência da CTEEP.

Em 2006, a CTEEP foi vendida pelo governo paulista por R$ 1,19 bilhão para o grupo colombiano Interconexión Elétrica S.A.

Martini continua presidindo a empresa, rebatizada com o nome de Transmissão Paulista. O lucro da CTEEP em 2007 foi de 630%.”

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