A Halliburton teve e tem fortes vínculos com o Vice-Presidente dos EUA, Richard Bruce "Dick" Cheney, que foi “Chairman and Chief Executive Officer” da Halliburton Company de 1995 a 2000.
A Halliburton foi a principal articuladora da invasão militar norte-americana no Iraque e a principal beneficiada com aquela “guerra” pelo domínio das reservas de petróleo iraquiano. Invasão que, segundo instituição da Inglaterra, já causou a morte de mais de um milhão de iraquianos. Um crime de guerra. Um genocídio.
E para nós o pior: a Halliburton está administrando o Banco de Dados de Exploração e Produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP)!
Este blog já tratou dessa perigosa dependência brasileira à Halliburton. Em 10 de julho, na postagem “PETRÓLEO - TEMOS QUE MUDAR A LEI 9478/97”, oriunda do blog “de um sem mídia”, constou entre outros trechos:
“(...) Devemos reverter o mal já feito aos brasileiros pelo governo PSDB/FHC/DEM-PFL ao vender para estrangeiros, por valor quase simbólico, grande parte da Petrobras, e ao garantir a posse do petróleo brasileiro às multinacionais beneficiadas pelas dadivosas medidas de FHC.
(...) A lei, no seu artigo 22, obriga que a Petrobrás entregue à ANP todos os seus dados técnicos de exploração e produção. O banco de dados da ANP é administrado, há 10 anos, por uma subsidiária da Halliburton, que é uma empresa americana, cujo maior acionista é o vice-presidente Dick Chenney e é concorrente da Petrobrás.
(...) A ANP é a substituta do Conselho Nacional do Petróleo e é necessária para regular o setor. Mas tem que ser revista. Ela está mal posicionada e mal comandada. No início, foi dirigida por David Zilbertstajn, enquanto genro de FHC. Ele, na ânsia de entregar logo as áreas para empresas estrangeiras, estabeleceu blocos com tamanhos 220 vezes maiores do que os blocos leiloados no Golfo do México. Hoje, a ANP tem um diretor que veio da Halliburton (era diretor em Angola), e que está comandando os leilões.”
Este blog, também, em outra postagem de 1º de julho, em transcrição de artigo de Leandro Mazzini do Jornal do Brasil, publicou:
(...) “dados secretos sobre as reservas [petrolíferas brasileiras] foram roubados no Rio [no início deste ano]. A PF tratou como furto comum. Cheney tem participação na empresa que cuidava do transporte desses dados no Brasil, em parceria com a Petrobras. Acionista de petrolíferas, foi Cheney quem fez o maior lobby para a reativação da IV Frota dos EUA [dedicada a “ações humanitárias” nas nossas costas marítimas]”.
Hoje (26/07), leio a preocupante notícia da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) publicada no blog “Vi o Mundo”, de Luiz Carlos Azenha:
“A RAPOSA ESTÁ NO GALINHEIRO
“Importantes fontes revelaram à AEPET que a multinacional norte-americana Halliburton, através da sua subsidiária no Brasil, Landmark Digital and Consulting Solutions, está administrando o Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP), da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), sem ter passado por processo licitatório.
E mais: as fontes informaram, ainda, que tiveram acesso ao parecer da Procuradoria Geral da República (PROGE), emitido em 2004, no qual exige que serviços prestados no BDEP sejam feitos mediante licitação. Mas, incrivelmente, a ANP até hoje não cumpriu a determinação da PROGE.
A Landmark recebe e tem acesso a todos os dados estratégicos de exploração e produção da Petrobrás, além de receber R$ 600 mil por mês. A Halliburton administra o BDEP há 10 anos.
Lembramos que a Halliburton, que já foi presidida pelo vice-presidente norte-americano Dick Cheney, atua no Brasil há mais de 40 anos e recentemente colocou um diretor de sua subsidiária em Angola [Nelson Narciso] na direção da Agência Reguladora, para gerenciar os leilões e o BDEP.
Recentemente, Nelson Narciso trouxe para sua diretoria a SDB - Superintendência de Definição de Blocos, que vão a leilão. Ou seja, a Halliburton é quem manda na ANP, sendo responsável pela principais áreas de atuação da Agência Reguladora.
A raposa está ditando as regras do galinheiro e parece que as nossas autoridades estão cegas diante de tal gravidade, que precisa ser corrigida o quanto antes. A sociedade brasileira precisa ficar de olho vivo e agir contra tais ilegalidades.
Especialistas dão conta de que esse tipo de atividade [administração do BDEP] só existe no Brasil, assim como a jabuticaba. Nessa história toda, vemos que o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, não passa de uma simples "Rainha da Inglaterra" e "garoto propaganda" da entrega das áreas petrolíferas nos leilões, enquanto a Landmark [Halliburton] é paga para acessar dados altamente estratégicos, resultado de décadas de pesquisas realizadas pela Petrobrás, que foi constrangida a cedê-los com o advento da Lei 9478/97.
A Halliburton, principal articuladora da invasão ao Iraque, tem executado uma série de atividades de bilhões de dólares, sem licitações. A Halliburton é o principal membro da corporotocracia norte-americana, que junto com CIA, Sistema Financeiro e outras corporações exploram os recursos dos países em desenvolvimento.”
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