sábado, 26 de julho de 2008

TODAS AS NOSSAS TELECOMUNICAÇÕES ESTÃO NAS MÃOS DOS GRINGOS

Em 27 de março, escrevemos neste blog: “Na década de 90, no Brasil a prioridade era vender, desestatizar e desnacionalizar. Prioritariamente, desnacionalizar as empresas estrategicamente mais importantes para o desenvolvimento nacional e as mais lucrativas, especialmente as que vendem em moeda forte (exemplo: Vale do Rio Doce, EMBRATEL, Petrobras, e até a Embraer, que muitos erradamente ainda pensam que os seus proprietários, os donos da quase totalidade das suas ações ordinárias, são brasileiros).

(...) O Brasil, naquela loucura “neoliberal”, fez algo surpreendente e inédito no mundo, que foi muito elogiado no exterior e aqui também... Desprezou totalmente a Segurança Nacional. Passou 100% do controle de todos os serviços de telecomunicações de longa distância do país (a EMBRATEL) para somente uma empresa norte-americana! Foi para a pré-concordatária MCI, ex-WorldCom, que veio a ser famosa no mundo pelas gigantescas fraudes contábeis em seus balanços.” (depois, a MCI vendeu a “nossa” EMBRATEL para a mexicana Telmex, sem dar satisfação ao governo brasileiro).

Esse grave problema para todos os brasileiros veio-me à memória ao ler a muito boa exposição (abaixo transcrita) do internauta Stanley Burburinho, que postou seu comentário hoje, 26/07/2008, às 12h55, no blog “Vi o Mundo”, justamente sobre o artigo “A raposa está no galinheiro” do blog do Azenha que originou a nossa postagem imediatamente anterior a esta. Transcrevo o texto de Stanley Burburinho:

(...) “Toda a comunicação no Brasil, via satélite, passa pelos satélites B1, B2, B3, B4 e outros mais que são da Embratel que é de propriedade de um investidor do México (o Carlos Slim, que já disse ser contra a fusão das teles), que é um país aliado dos norte-americanos, isto é: Bush.

Acho isso um perigo. A Telefônica, que é espanhola, e a Telmex (que pertence ao mesmo dono da Embratel) que é mexicana, têm o monopólio da transmissão via satélite dos sinais de telefonia, Internet, TVs abertas e fechadas em toda a América Latina.

A localização e o assassinato dos membros das FARCs, por militares colombianos e norte-americanos, no meio da selva, em pleno território equatoriano, às 3 horas da madrugada, só foi possível porque os membros das FARCs fizeram ligações telefônicas, via satélite, minutos antes do ataque, e o satélite é da Telefônica que repassou para os colombianos e norte-americanos os dados de latitude e longitude que facilitaram a localização do grupo.

Toda comunicação dos militares brasileiros que estão nas fronteiras é transmitida por um dos satélites da Embratel.

Isso não é um risco? Estamos nas mãos dos gringos. Através do GPS do satélite, os gringos sabem, exatamente, onde os nossos militares se encontram na Amazônia e como se movimentam, através de satélites espiões dos USA.

Toda a comunicação entre as plataformas de petróleo da Petrobrás, que ficam em alto mar, com a sede, é transmitida por um desses satélites. Com a crise mundial do Petróleo e energia, a quem interessaria interceptar essas comunicações e garimpar informação privilegiada?

Os dados sobre desmatamento que são enviados pelo INPE também são transmitidos por um desses satélites.

Os dados das nossas plantações de cana, milho, soja e demais commodities em geral também são transmitidos por um desses satélites.

Será que Lula pode falar, tranqüilamente com o Chávez, o Corrêa, o Evo, a Bachelet , o Fidel etc por telefonia, para tratar de estratégias para preservar as nossas riquezas, sem correr o risco de interceptação do que se fala?

O Amorim que neste momento está na OMC tratando dos nossos interesses, se precisar falar com o Brasil para se autorizar a tomar qualquer decisão estratégica para ao Brasil, terá que falar por um desses satélites.

O Brasil não tem gerência sobre o algorítmo de encriptação dos dados veiculados pelos satélites.

Os satélites da Embratel, B1, B2, B3, B4, foram fabricados no exterior e montados em São José dos Campos - SP. Nós avançamos e já dominamos essa tecnologia de satélites e também dominamos a tecnologia de colocação de satélites em órbita e a manutenção. Não precisamos dos gringos.

Será que seria estratégico para o Brasil, através de uma PPP com a BrOi, ter os seus próprios satélites? Se sim, de quem se teria que ficar livre o mais rápido possível? Do Dantas? Será estou falando besteiras? Por quê? E os USA já estão com a IV Frota rondando por aqui.”

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