A agência inglesa de notícias BBC publicou ontem a seguinte reportagem que li no UOL:
“A Índia lançou com sucesso, nesta quarta-feira, sua primeira missão não-tripulada à Lua. A espaçonave, construída na Índia, leva uma satélite de uma tonelada e meia que irá orbitar a Lua por dois anos para examinar a distribuição mineral e química do satélite natural da Terra e criar um atlas dimensional da superfície lunar.
O lançamento, realizado no Centro Espacial Satish Dhawan, na costa sul do país, é considerado um passo importante para a Índia na corrida espacial entre os países asiáticos, da qual também fazem parte a China e o Japão.
O custo estimado da missão, batizada de Chandrayaan-1, é de US$ 78 milhões (R$175 mi).
A espaçonave foi projetada pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (Isro). O satélite será alimentado por um painel solar que gera cerca de 700 Watts. Entre os 11 instrumentos a bordo da Chandrayaan-1, cinco foram produzidos na Índia e seis em outros países. Entre os instrumentos indianos está uma sonda de 30 quilos, que será lançada pelo satélite para examinar a superfície e a atmosfera lunar.
"Chandrayaan-1 tem uma combinação competitiva de instrumentos e trará benefícios à ciência", disse Barry Kellet, cientista do Laboratório Rutherford-Appleton, na Inglaterra. Entre os principais objetivos da missão será detectar hélio-3, um isótopo do elemento químico hélio bastante raro na Terra, mas com grande potencial para se tornar uma importante fonte de energia no futuro. Além disso, a missão deve ainda mapear a abundância de elementos na crosta lunar para ajudar a responder questões importantes sobre a origem e evolução do único satélite natural da Terra.
Segundo os cientistas, ao analisar a distribuição de magnésio e ferro nas rochas lunares, por exemplo, seria possível confirmar se a Lua já foi coberta por um oceano de magma. "O ferro teria afundado no magma, enquanto o magnésio teria boiado", disse Kellet à BBC.
Ásia Além da Índia, os países China, Coréia do Sul e Japão estão de olho no mercado dos lançamentos comerciais de satélites e consideram seus programas espaciais como um símbolo importante da estatura internacional do país e de seu desenvolvimento econômico.
Mas os esforços do governo indiano na corrida espacial foram bastante criticados. Muitos consideram o programa como um desperdício de recursos em um país onde milhões de pessoas não tem acesso a serviços básicos.
PS: Relembro aqui parte de texto já postado neste blog:
“O Brasil, nas décadas de 60, 70 e 80, estava mais avançado que a Índia e a China na área espacial.
Na década de 90, medidas governamentais (PSDB/PFL/FHC) asfixiaram até zerar o desenvolvimento espacial brasileiro no tocante a foguetes lançadores de satélites e a centros de lançamento.
Tudo indicava que o Brasil, ao se autocondenar a ser submisso e dependente, atendia interesses das grandes potências, especialmente dos EUA, que formal e explicitamente comunicaram que não queriam o desenvolvimento brasileiro naqueles setores.
Assim, até hoje, o Brasil ficou condenado a subordinar-se à vontade e às condições draconianas dos EUA e das demais potências para colocar em órbita satélites necessários desenvolvimento do país.
A China e a Índia, ao contrário, foram altivos e soberanos. Continuaram investindo e estão na iminência de realizar expedições lunares.”
Devemos isso tudo a FHC e sua turma de canalhas.
ResponderExcluirComo dizia Nelson Rodrigues :
Invejo a burrice pois ela é eterna
Prezado Iurikorolev,
ResponderExcluirÉ... Faltou uma política mais brasileira, mais estratégica, menos dependente da vontade de atender aos interesses das grandes potências, EUA especialmente.
Obrigado pela visita
Maria Tereza