quarta-feira, 22 de abril de 2009

LULA ENSINA "COMPORTAMENTO" A FHC

Li hoje no site “vi o mundo”, do jornalista Luiz Carlos Azenha, o seguinte texto:

“Em entrevista ao jornal argentino La Nación o presidente Lula disse que José Serra é "progressista" e que o país está muito bem de candidato para 2010.

Interpretem a declaração do jeito que preferirem.

Há uma amiga minha que diz que o presidente brasileiro escolheu com quem quer vencer (Dilma) e para quem prefere perder (Serra).

Há os fãs de teorias conspiratórias -- dentre os quais me incluo -- para os quais Lula quer voltar em 2014 e, para esse projeto, seria melhor perder agora.

Há os que dizem que o PT e o PSDB estão fazendo um "grande acordo", a versão brasileira do pacto de Punto Fijo, que reservou o governo venezuelano, alternadamente, aos partidos AD e Copei. Quem detonou esse pacto foi Hugo Chávez, quando se elegeu em 1998.

Há os que dizem que o PT e o PSDB combinaram: "Dantas nem Dantas é. Ele estava passando por acaso diante do banco, que nem no nome dele está, quando foi indevidamente preso".

Quanto a Serra ser ou não "progressista", depende. O governador de São Paulo não é FHC. Nem um Zé Sarney.

Embora Sarney tenha lidado melhor que Serra com as críticas. Quem pode falar sobre isso são os dirigentes da mídia que receberam ligações de prepostos de Serra pedindo a cabeça de jornalistas, como se diz nos bastidores das redações.

Nem é esse o ponto. O ponto é que Lula pode ter inaugurado um novo tipo de comportamento para um futuro ex-presidente: não se fala mal do Brasil, nem de adversários políticos, fora do Brasil ou para publicações estrangeiras.

Nem mesmo quando os que pagam milhares de dólares pela palestra esperam isso ardorosamente, para justificar o "investimento".

Antes que digam que a regra é coisa dos militares, que inventaram o "Ame-o ou Deixe-o", esclareço: a regra é seguida pelos presidentes dos Estados Unidos. No cargo e fora dele.

A gente presume que um homem ilustrado como FHC deveria ter aprendido essa regrinha básica de bons modos no berço.

Mas fazer o papel de mico colonizado diante de platéias estrangeiras parece exercer um fascínio incontrolável nos luminares da República. Se for em inglês macarrônico, então, é irresistível!”

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