Renda do trabalhador atinge média recorde em 2009, diz IBGE
"O trabalhador brasileiro vem recuperando as perdas em relação ao rendimento ao longo dos últimos anos, e em 2009, já registra o melhor nível da série histórica iniciada em março de 2002, segundo dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De março a novembro deste ano, a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 1.345,18, alta de 0,5% sobre a média de R$ 1.338,61, observada em igual período em 2002.
Se for avaliado o período de janeiro a novembro, a média de 2009 foi de R$ 1.347,83, alta de 3,4% frente aos R$ 1.303,51 registrados em período correspondente em 2008, melhor média até então.
Para o coordenador da PME, Cimar Azeredo, a inflação mais controlada e, principalmente, o aumento do salário mínimo, têm influência direta no comportamento da renda do trabalhador.
"O bom resultado do rendimento já vem de uma trajetória iniciada em 2005. O aumento do salário mínimo e o controle do processo inflacionário foi o que sustentou o rendimento em um patamar mais elevado, fazendo com que o rendimento em 2009 seja o maior da série", afirmou.
Em termos mensais, a renda recorde foi constatada em julho de 2002, quando o trabalhador recebia, em média, R$ 1.378, 32. Em novembro deste ano, a renda média foi de R$ 1.353,60, o que indica o melhor novembro da série histórica.
O melhor nível da renda em relação ao ano passado não é acompanhado pelo desempenho da taxa de desocupação, que encontra-se praticamente estável em relação a 2008. De janeiro a novembro, a taxa de desemprego média foi de 8,2%. Em igual período no ano passado, 8% da população economicamente ativa estava desempregada.
Azeredo avaliou que os efeitos da crise não abalaram as estruturas do mercado de trabalho, mas frearam o crescimento que vinha sendo notado no ano passado. A expectativa, no ano passado, era que o nível de desemprego, este ano, estivesse abaixo do ano passado, quando ocorreu o melhor desempenho desde 2002.
"Temos um ano de 2009 muito parecido com o de 2008. O maior efeito que a crise faz nessa trajetória é desacelerar aquele crescimento. Estávamos em um período muito favorável. 2008 era ano de crescimento, de aumento na qualidade do emprego, do rendimento. Isso, de certa forma, se estabilizou, não tivemos perdas expressivas", comentou."
FONTE: reportagem de CIRILO JUNIOR da Folha Online, no Rio, publicada hoje (18/12) no portal UOL.
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