domingo, 20 de fevereiro de 2011
OBAMA VETA NA ONU RESOLUÇÃO FAVORÁVEL AO POVO PALESTINO
“As negociações de paz no Oriente Médio voltaram a viver, desde 18 fev, horizonte de incertezas depois do veto dos Estados Unidos a uma resolução da ONU contra os assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados.
A mão levantada da embaixadora norte-americana, Susan Rice, contra projeto apoiado por mais de 120 países, impediu na sexta-feira (18) uma condenação do Conselho de Segurança das Nações Unidas às atividades “colonizadoras” de Israel em terras palestinas.
Os outros 14 membros do órgão votaram a favor do texto, que qualificava de ilegal toda a atividade de Tel Aviv en matéria de assentamentos nos territórios ocupados, inclusive Jerusalém oriental.
Foram os votos do Brasil, da Colômbia, Grã Bretanha, França, Rússia, China, Líbano, Nigéria, Gabão, Portugal, Bósnia-Herzegovina, Índia, África do Sul e Alemanha [A "democracia", inclusive na ONU, defendida pelos EUA e que justifica suas invasões militares em outros países, é aquela em que vale a vontade da maioria, desde que ela seja a mesma dos EUA (e, implícita e obviamente, a de Israel)].
O documento considerava que essas ações israelenses são grande obstáculo à conquista de paz baseada na solução de dois Estados e exigia a cessação imediata e completa da instalação dessas colônias.
Foi o primeiro veto aplicado pela administração do presidente norte-americano, Barack Obama, em seus dois anos de gestão, e emitido depois que fracassaram enormes pressões internacionais para evitar a votação.
Para o representante da Palestina na ONU, Riyad Mansour, o que ocorreu na sexta-feira na ONU constitui fiasco para o Conselho de Segurança, ao não poder condenar a construção de colônias israelenses e poder estimular a intransigência e impunidade de Israel.
O Conselho falhou no cumprimento de sua responsabilidade de responder à atual crise em busca da paz e da segurança no Oriente Médio, afirmou.
Mansour destacou o consenso global existente e que exige de Israel que pare imediata e completamente a atividade de instalação de colônias e clamou a enviar mensagem clara e firme a Tel Aviv para que cumpra suas obrigações legais internacionais.
Não obstante, reiterou que o objetivo continua sendo obter o fim da colonização israelense e da ocupação dos territórios palestinos e a criação de ambiente apropriado para negociações de paz para a solução de dois Estados.
O Conselho de Segurança deve retomar seu papel com seriedade e consciência com respeito ao Oriente Médio em seus intentos de resolver o conflito árabe-israelense, cujo pilar se encontra no conflito palestino-israelense sublinhou.
Por sua parte, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, clamou a superar o atual impasse nas negociações de paz no Oriente Médio e a criar ambiente favorável para avançar nesse sentido.
Em declaração difundida por seu porta-voz oficial, Martin Nesirky, pontuou que as ações do Conselho respondem a decisões dos Estados membros e que a posição do titular da ONU sobre as colônias israelenses é bem conhecida.
A comunidade internacional coincide na urgência de acordo negociado que ponha fim à ocupação de territórios iniciada em 1967 e estabeleça um Estado palestino independente, democrático e viável que viva em paz e segurança ao lado de Israel, afirmou.”
FONTE: divulgado por “Prensa Latina” e transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=147954&id_secao=9) [imagem do google e trecho entre colchetes adicionados por este blog].
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