sábado, 28 de maio de 2011

PAÍSES RICOS AMPLIAM PRESSÃO PARA ASSEGURAR O CONTROLE DO FMI

                           Christine Lagarde e Sarkozy

“A reação do presidente da França, Nicolas Sarkozy, quinta-feira, mostrou o nível de tensão a que chegou a relação entre os países ricos e os emergentes para a indicação do novo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Europa já fez muitas concessões aos emergentes”, disse Sarkozy, para justificar a provável eleição de mais um europeu para dirigir o organismo. E acrescentou que a França já "trava um combate" para o Brasil fazer parte do Conselho de Segurança da ONU". Sarkozy fez as declarações após oito horas de reuniões com os outros líderes do G-8, o grupo dos países ricos, em Deauville, estação balneária a cerca de 200 km de Paris.

Na atual divisão de poderes, os ricos têm larga margem de votos -europeus e americanos contam com 50%- para eleger sem problemas sua principal candidata, a ministra da Economia da França, Christine Lagarde. Quinta -feira, em entrevista ao "Financial Times", ela prometeu que os países em desenvolvimento serão “razoavelmente” representados no alto escalão do Fundo. E anunciou que fará uma turnê pelas capitais de mercados emergentes para persuadi-los de que um europeu deveria, mais uma vez, ocupar o posto mais alto no mundo financeiro mundial -ela chegará a Brasília na segunda-feira.

Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China assinaram uma declaração conjunta pedindo o fim da "convenção não escrita e obsoleta", em vigor desde 1947, segundo a qual o diretor-gerente do FMI deve sempre ser um europeu.”

FONTE: publicado no jornal “Valor Econômico” (Págs. 1, A9 e A10) e transcrito na na sinopse da Radiobras (http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir) [imagem do Google adicionada por este blog].

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