quarta-feira, 22 de junho de 2011
DESBUROCRATIZAÇÃO NA CONTRATAÇÃO DE PESQUISADORES
Da Carta Capital (originalmente da Agência Brasil, em reportagem de Gilberto Costa)
“MERCADANTE QUER REPOSIÇÃO AUTOMÁTICA DE PESQUISADORES
“O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, quer que as 18 unidades de pesquisa vinculadas ao ministério possam substituir, automaticamente, um terço do quadro de pesquisadores que se desligarem da instituição. A regra vale desde o ano passado para os institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia vinculados ao Ministério da Educação.
Segundo o Decreto 7.312, de 2010, os institutos federais não dependem de autorização específica para realizar concurso público e prover cargos de professor.
A perspectiva de aposentadoria de muitos pesquisadores é problema comum a várias unidades de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia. A estimativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por exemplo, é que metade do seu corpo de pesquisadores esteja aposentada em cinco anos.
A falta de quadros e a necessidade de substituição da força de trabalho intelectual foram a tônica dos discursos dos novos diretores empossados por Mercadante na última quinta-feira (16), em Brasília. O ministro prometeu lutar pelas mesmas condições dos institutos federais e para realizar novos concursos públicos.
Segundo o novo diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Bruno Vaz de Castilho Souza, além do concurso, outras possibilidades mais imediatas seriam a contratação temporária de pesquisadores e o reforço do programa de bolsas para ter pesquisadores visitantes por mais tempo.
Castilho tomou posse junto com os novos diretores do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Ignácio Hernán Salcedo; do Centro de Tecnologia Renato Archer (CTI), Victor Pellegrini Mammana; e do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), Maria Margareth Lopes. Na mesma ocasião, foi reconduzido ao cargo o diretor do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Domingos Manfredi Naveiro.
A escolha dos novos diretores seguiu o rito dos comitês de busca que são encarregados oficialmente de receber currículos de candidatos, fazer entrevistas, selecionar e apresentar uma lista de nomes para a escolha do ministro. Mercadante afirmou que escolheu os primeiros colocados indicados e teve como critério a meritocracia. “Aqui não teve esse negócio de QI [quem indica]”, garantiu.
A escolha por meio dos comitês de busca foi instituída em 1999. O primeiro gestor escolhido por esse sistema foi o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o médico e pesquisador Marcus Barros.”
FONTE: publicado originalmente pela Agência Brasil e transcrito pela revista Carta Capital (http://www.cartacapital.com.br/politica/mercadante-quer-regra-de-reposic...) e pelo portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-desburocratizacao-na-contratacao-de-pesquisadores#more).
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