terça-feira, 26 de julho de 2011

MAIS DESINDUSTRIALIZAÇÃO: BRASIL TEM PIOR ÍNDICE ENTRE 13 PAÍSES


“O fenômeno da desindustrialização avança no Brasil —e já se torna uma ameaça para status obtido pelo país no governo Lula (2003-2010). Graças à absurda sobrevalorização do real, a indústria brasileira tem apresentado o pior desempenho entre os grandes mercados emergentes.

Os bens fabricados no Brasil estão ficando mais caros em relação ao que é produzido fora —o que torna o setor industrial do país menos competitivo em relação a seus pares. O chamado “Índice de Gerentes de Compras” (PMI, na sigla em inglês) —um indicador baseado em entrevistas feitas com executivos— apontou tendência de contração do setor no país em junho.

O PMI tenta prever o comportamento da indústria com base em informações como nível de estoques, ritmo de novas encomendas e contratações. Entre as 13 nações emergentes para o qual o índice é calculado, o Brasil foi o único a registrar queda no mês passado, embora outros países também tenham exibido tendência de desaceleração. Na média dos últimos 12 meses, o Brasil também teve expansão mais fraca que a de outras nações.

Para Fabio Akira, economista-chefe do ‘JP Morgan’ no Brasil, a fraqueza da indústria medida pelo PMI reflete, principalmente, o desempenho dos setores exportadores, mais afetados pelo câmbio valorizado. "Isso contribui para uma redução da produção industrial", diz Constantin Jancso, economista do HSBC. O HSBC, em parceria com a 'consultoria Markit', calcula o ‘Índice de Gerentes de Compras’ para um grupo de mercados emergentes (conhecido pela sigla EMI, em inglês).

Dados de produção industrial confirmam a debilidade relativa do Brasil. Entre os dez emergentes que estão no G20 (grupo que reúne importantes economias), a produção industrial brasileira em maio só teve desempenho melhor que a da África do Sul. Registrou expansão em relação ao mesmo mês de 2010 de 2,7%, ante 13,3% da China, 5,6% da Índia, 4,1% da Rússia e 6,3% da Argentina.

Segundo o economista Claudio Frischtak, da ‘InterB Consultoria’, o real forte prejudica a indústria —mas aumenta o poder aquisitivo da população. Produtos importados estão mais baratos. Porém, no longo prazo, o câmbio valorizado —resultado em parte de juros altos que atraem capitais de fora— limita o crescimento.

Em agosto, o governo deve lançar medidas de estímulo à exportação de produtos manufaturados. Segundo especialistas, incentivos pontuais ajudam setores específicos —mas não atacam a perda de competitividade do setor.”

FONTE: portal “Vermelho”, com informações da “Folha de S.Paulo”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=159579&id_secao=2) [imagem do Google adicionada por este blog].

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