sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O ESTRANHO ROUBO DA PROVA DO ENEM DENTRO DA GRÁFICA DA “FOLHA DE SÃO PAULO”

Momento do roubo dentro da gráfica da “Folha”


UNIÃO COBRA INDENIZAÇÂO PELO ROUBO DA PROVA DO ENEM DENTRO DE GRÁFICA DA “FOLHA DE SÃO PAULO”

[OBS deste blog ‘democracia&política’: esse "roubo" foi muito estranho. Na época, tanto a "Folha de São Paulo" quanto o jornal "O Estado de S.Paulo" estavam forte e declaradamente engajados na campanha eleitoral a favor do candidato da direita José Serra. Às vésperas da realização dos exames, “ladrões” roubaram as provas do ENEM 2009 no interior da gráfica Plural, pertencente ao Grupo Folha e Quad Graphics, que as imprimia, e foram vendê-las não para alunos que quisessem criminosamente conhecer as provas antecipadamente, mas, "ladrões apolíticos", para o "O Estado de S. Paulo"!!!

O jornal, "surpreso" (?), botou a boca no mundo. Foi uma festa. A Folha, o Estadão, a TV Globo, TV Band, a Veja e toda a grande mídia em geral, que batalhavam pró-Serra, passaram até as eleições de outubro 2010 criticando fortemente o governo Lula e sua candidata pelo “fracasso do ENEM”. Muito estranho...

A justiça, contudo, não identificou ações criminosas da “Folha”, nem do “Estadão”, somente de funcionários do consórcio na gráfica Plural do Grupo Folha.

Sobre o assunto, ontem (18), a “Folha.com” publicou a seguinte reportagem
:

UNIÃO COBRA CONSÓRCIO DO ENEM NA JUSTIÇA APÓS VAZAMENTO DE PROVA

“A Advocacia-Geral da União entrou com uma ação no Judiciário, neste mês, pedindo ressarcimento do prejuízo que o MEC teve na aplicação do Enem 2009.

Quando a prova vazou, R$ 38 milhões já haviam sido pagos ao consórcio responsável pela aplicação do exame, o “Connasel”. Hoje, o valor atualizado do prejuízo é de cerca de R$ 46 milhões.

O MEC diz que esgotou todas as possibilidades de cobranças administrativas ao consórcio. (...)

Às vésperas do Enem 2009, a prova foi roubada. A fraude foi revelada pelo jornal "O Estado de S.Paulo".

Anteontem, a Procuradoria divulgou que quatro dos cinco acusados de participar do crime foram condenados.

Felipe Pradella, apontado pela PF como mentor da fraude, foi condenado a cinco anos e três meses de prisão por violação de sigilo funcional e corrupção passiva.

Filipe Ribeiro e Marcelo Sena, também ex-funcionários do consórcio, foram condenados a quatro anos e seis meses pelos mesmos crimes.

Segundo a denúncia, Pradella, Ribeiro e Sena furtaram a prova da gráfica Plural (parceria do Grupo Folha e da Quad Graphics), que imprimia os exames, e Gregory Camillo e Lucas Rodrigues ajudaram a intermediar o contato com a imprensa para vender a prova.

Camillo foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão -a pena foi substituída por prestação de serviços comunitários. Rodrigues foi absolvido. Todos os defensores disseram que vão recorrer.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, do ponto de vista administrativo, o processo está concluído. Falta agora o ressarcimento. "Queremos que os prejuízos sejam ressarcidos à União", disse ele, segundo a Agência Brasil.

Para a advogada de Pradella, Claudete da Silva, o ministro "deve responder pelo prejuízo". Ela questiona a veracidade da prova e diz que as penas foram aumentadas porque os acusados foram considerados funcionários públicos e, diz, não eram.

"Ficou patente que meu cliente e a maioria dos acusados não participaram de nenhuma negociação com os jornalistas", diz Marco Aurélio Toscano da Silva, advogado de Marcelo Sena Freire.

"O juiz já reconheceu a inocência em dois dos crimes, só falta um", diz Ralfi Silva, advogado de Camillo.

O Ministério Público também vai recorrer pedindo aumento das penas.”

FONTE: reportagem de Cristina Moreno de Castro publicada na “Folha.com”  (http://www1.folha.uol.com.br/saber/961569-uniao-cobra-consorcio-do-enem-na-justica-apos-vazamento-de-prova.shtml) [imagem do Google, título e introdução entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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